Primeira aula: 29/03/07 - 9:00 h
Prof. Gilberto Tema: A escola na sociedade da informação
A aula se baseou na discussão acerca das situações de Trabalho, porque na sociedade tecnológica que estamos adentrando no século XXI, teremos o “Fim do trabalho”. Já que o trabalho é particularmente afetado pelas novas tecnologias. A nova configuração do trabalho está pautada em 3 palavras chaves: Mobilidade, Transferência de Conhecimentos e Mudança.
A Mobilidade configura-se pela Capacidade do indivíduo em se adequar ao mercado, a escola e fora dela. Novas tecnologias surgem e o individuo precisa dessa mobilidade para se integrar e permanecer em seua esfera de convívio e atuação.
A Transferência de conhecimentos seria o Principal objetivo da escola, configurando-se Também como um problema. Travando a discussão do Aprendizado para fora da dos muros da escola, de uma Educação pautada na Transferência para solução de problemas dos mais simples aos mais complexos. E, tratando-se à nível profissional, a idéia de transferência se torna mais intença, pois há uma necessidade imediata, devido ao avanço constante das novas tecnologias.
A Mudança, trata-se da volaticidade do mercado de trabalho, pois está em constante movimento e muda cotidianamenrte independentemente do indivíduo.
Dessa forma, Novas tecnologias precisam estar a disposição das Escolas para formar e preparar o indivíduo para a mobilidade, a transferência de conhecimentos e para as mudanças.
É preciso repensar esta nascente sociedade de forma a proporcionar a escola os mecanismos para que haja a sua participação ativa neste processo de transformações.
Sendo que isto não é uma garantia de justiça, de democracia e de igualdade social.
A própria Competência não será mais garantia de trabalho devido a escassez dos postos de trabalho.
A Docencia está em mudança. A formação e educação continuada deverá enfocar o uso adequados das novas tecnologias.
Texto 1: Educação inovadora na Sociedade da Informação.
MORAN, José Manoel. Educação inovadora na Sociedade da Informação.
José Manoel Moran demonstra em seu artigo o desafio de aprender a gerenciar o processo de ensino aprendizagem, presencial e a distância, na transição para a Sociedade da Informação. O autor acredita que as organizações educacionais e empresariais precisam rever seus processos de organização, flexibilizar seus currículos, adaptar-se a novas situações, formar seus docentes no gerenciamento da aprendizagem com tecnologias, onde o professor passa a desempenhar o papel de orientador do processo ensino-aprendizagem, gerenciador de pesquisas e comunicações, estimulador de buscas e coordenador de resultados. Moran demonstra ainda que as novas tecnologias proporcionam diversas atividades: fóruns, e-mail, chats, aulas registradas para revisão, interatividade, cooperação e que devemos usar esses ambientes virtuais como ampliação e não substituição do espaço e tempo de sala de aula. O autor disserta sobre a integração de dinâmicas tradicional-inovadoras; escrita-audiovisual; texto sequencial-hipertexto; presencial-virtual. Em síntese, José Moran nos mostra o desenvolvimento das comunicações, onde o tempo de enviar e receber informações se tornou questão de segundos, proporcionando o intercâmbio de saberes. Aumentam-se os espaços de aprendizagem. Porém não devemos deixar de refletir sobre as desigualdades econômicas, de acesso, de maturidade e de motivação. Neste artigo, José Manoel Moran, procura demonstrar os resultados de experiências, de organizações de cursos em ambientes presenciais e virtuais, procurando ampliar o conceito de aula, de interação e pesquisa para além da presença física num mesmo espaço e ao mesmo tempo.
Texto 2: Educação na Sociedade da Informação.
TORRES, Rosa Maria.
Rosa Maria Torres nos mostra que na educação de hoje dar-se maior ênfase é ao ensino do que a aprendizagem, que prevalece indicadores quantitativos do que qualitativos. A autora coloca que o "aprender" está resumido em assimilar e repetir informações, coloca ainda que a infraestrutura, tornou-se mais importante do que as condições de ensino e de aprendizagem. Torres mostra-nos que há visões distintas da Sociedade da Informação: Uma está relacionada ao acesso a todas as TIC, que objetiva reduzir o "abismo digital" e alcançar seu ideal, ou seja, um mundo onde todos estariam conectados a rede, a outra, com um carater humanista, comprote-se com a aprendizagem, com a construção de um novo conhecimento social, com justiça econômica e bem estar para todos. A autora alerta-nos para o grande risco da SI, que utiliza as TICs, aumentando o abismo de diferenças econômicas e sociais. Torrs ressalta também que inexiste diferenciação entre informação-educação, capacitação-formação, educação-aprendizagem e que o caminho está traçado, rumo a uma sociedade da democracia da aprendizagem, onde teremos a alfabetização universal; a promoção da aprendizagem em todos os ambientes; o aproveitamento de todas as tecnologias disponíveis para uma forma integral de comunicação e de ensino e aprendizagem; a perpetiva do desenvolvimento da crítica na seleção de suas informações consideradas pertinetes, isto é, de seus conhecimentos e saberes, proporcionando o desenvolvimento do pensamento autônomo, critico e participativo.
Texto 3: A Escola e a Sociedade da Informação.
ESPADANA, Carlos António Maranhão.
Carlos Antonio Maranhão Espadana apresenta-nos um relato da experiência vivenciada em Portugal acerca do uso de computadores em sala de aula. Em seu relato, destaca que o computador deve fazer parte do ambiente educacional, e atendenda a condições Fundamentais como o número de computadores por aluno; ser comum a todos os graus de ensino; conhecimento dos agentes da educação para uso das tecnologias. Ressalta que não basta apenas equipar as escolas e depois não lhes fornecer as condições mínimas de utilização. Para o autor, os recursos tecnológicos devem ser encarados com bastante naturalidade no ambiente escolar e ser utilizado por todos, não como o único meio, mas como parte do processo de ensino aprendizagem. Acredita que deve-se democratizar a informação e a internet é um grande passo para isso (Grifo meu).
Texto 4: A educação na sociedade da informação:contribuições da Teoria Crítica
MANFRÉ, Ademir Henrique
Tratando-se de um trabalho que resultou de uma pesquisa em nível de iniciação científica, onde buscou-se identificar de que forma tem aparecido no contexto do debate educacional brasileiro as abordagens sobre educação e novas tecnologias.
Ademir Henrique Manfré procura demonstrar em seu texto o abismo existente entre o que se fala e o que se faz no Brasil em relação ao debate educacional brasileiro, sobre as abordagens da educação e as novas tecnologias existentes. O autor ressalta que o acesso as TIC no Brasil são extremamente precários e que, de fato, há um debate pedagógico, onde as tecnologias são encaradas como detentoras de um importante papel a ser cumprido, porem, na prática temos grandes problemas a serem enfrentados para o bom uso e implementação dessas tecnologias na sala de aula. Por exemplo, o acesso a educação de qualidade, preparo dos professores e ambientes de aprendizagem, conteúdos voltados para as experiências e vivências culturais dos alunos, a democratização do ensino no país. Manfré posiciona-se a favor das novas TI, como a solução para todos os problemas detectados por ele no campo educacional. Estabelece a educação como produtividade, como resultados e nos alerta para a intenção do capitalismo, que manipula as TI para a acumulação do poder econômico, sem se preocupar com o ser humano, em estabelecer a massificação da cultura, onde os indivíduos não conseguem assumir seu posto de sujeito, de seu próprio processo de conhecimento. Aprender a aprender, passa a ser o foco continuo, desvinculado-o do aprender a pensar, ou seja, a sociedade, para o capital, precisa apenas da eficiência e da boa produtividade, utilizado as tecnologias modernas com o objetivo especifico de preparar os indivíduos para uma sociedade onde as tecnologias servem, simplesmente, para ser utilizada como ferramenta do mundo do trabalho.
Texto 5: A internet na escola fundamental: sondagem de modos de uso por professores
SANTOS, Gilberto Lacerda
Gilberto Lacerda Santos em seu artigo procura esclarecer as modalidades de uso da internet no ensino fundamental, em escolas das redes pública e particular, especificamente as do Distrito Federal, que não deixa de ser um exemplo elucidativo para as demias cidades das cinco regiões brasileiras. É um artigo, que baseou-se em uma pesquisa de leitura qualitativa dos dados quantitativos em que, por meio de uma consulta empírica, abordou a atuação de vinte professores para explicitar de que forma os conteúdos disponibilizados por meio da internet estão sendo apreendidos e trabalhados em sala de aula, o tipo de navegação nos hipertextos eletrônicos que tem
sido proposto aos alunos e uma tipologia de modalidades de uso da internet na educação. Basea do nos dados coletados, Gilberto Santos indica que há quatro modalidades de navegação: aleatória e linear; orientada e problematizada; por meio de pedagogia de projetos e por meio de abordagens de construção de hipertextos. Indica também que os professores são capazes de avançar em uma utilização mais interessante da internet como meio de ensino e de aprendizagem e que a escola, com seu ritmo e ritos, constitui uma amarra importante. Se os alunos sentem-se pouco à vontade com a forma e o hermetismo com que as relações educativas vêm sendo conduzidas, que é traduzido na prática por um desinteresse sistemático pela escola, o mesmo parece acontecer com os professores, sobretudo quando eles são cobrados por gestores, pais, alunos e teóricos da educação para assumirem posturas docentes para as quais eles não foram preparados. Assim, Gilberto Santos nos mostra que as características da internet: informações textuais e audiovisuais, entrelaçamento de palavras, imagens e sons, Interligam o mundo, exigindo o dialogo, a interatividade, a intervenção, a participação e a colaboração do aluno internauta. Para tanto, o autor exemplifica com uma Situação do DF: Na rede pública há esporádicas tentativas do governo federal em equipar as escolas com computadores através do Programa nacional de informática na educação - PROINFO, procurando formar uma turma especialista em informática na educação, do núcleo de tecnologia educativa. Em suas constatações, demonstra que professores dispersados, após seu retorno a sala de aula, alcançaram resultados significativos. Para o autor, a internet torna-se um meio pedagógico que está relacionado com novas formas de construção de conhecimento, de novas linguagem de comunicação, informação e cognição. Nesse sentido, torna-se necessário esse estudo que prima por demonstrar as diverssas maneiras utilizadas pelos professores de interação das tecnologias e o processo ensino-aprendizagem.
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