Diana dos Santos Abreu*
A informática incorpora-se à vida cotidiana no virar do milênio, mesmo que seus modos e seus usos sejam ainda privilégio de poucos. Com a mediação digital e com o uso da Internet remodelando certas atividades cognitivas fundamentais que envolvem linguagem, sensibilidade, conhecimento e imaginação inventiva, o indivíduo vê-se diante de novas exigências a sua inclusão social, porque, se não tiver desenvolvidas habilidades e construídas as competências necessárias ao uso dessa ferramenta, terá limitada sua participação nos processos sociais – um entrave ao exercício da cidadania.
Considerada um dos meios de inclusão social, a educação vive, na atualidade, uma mudança de paradigmas diante de uma sociedade letrada e tecnológica, que demanda um novo perfil de cidadão. A EAD consolidou-se como uma modalidade alternativa de aprendizagem, que usa as novas Tecnologias de Comunicação e Informação como possibilidade de interação no espaço virtual. Assim, surgiram diversos programas de formação continuada para a capacitação de profissionais da educação, a fim de amenizar os impedimentos gerados pela distância geográfica, alargando a oferta de uma educação de boa qualidade à população.
Entretanto, emerge a necessidade de pensar quais serão os critérios de propagação de informações, bem como as mídias atreladas ao decorrer de um curso on-line. Vinculada a essa perspectiva, verificamos que a estrutura que delineará a construção e a utilização do ambiente de aprendizagem, desses cursos, deve ser baseada em três eixos, a saber: Sistema Administrativo; Sistema Acadêmico; Conteúdo do Curso, pois, o que torna a EAD via rede uma proposta inovadora é justamente a possibilidade de oferecer no ambiente virtual uma proposta de educação diferenciada da proposta oferecida na modalidade presencial, para que não ocorra uma materialização da prática educativa realizada nas salas de aula presencial para o ambiente virtual.
Para isso, busca-se nos ambientes virtuais e no material didático dos cursos de EAD uma linguagem que se distancie do "cuspe e giz" e se constitua como uma possibilidade de oferecer experiências de aprendizagem colaborativa que se traduzam como avanço cognitivo para os alunos.
Esse tipo de ambiente de aprendizagem deve estar relacionado a um modelo educacional voltado para o estímulo ao compartilhamento de informações e a construção do conhecimento individual e coletivo, de modo que possa favorecer a interação entre os indivíduos e o grupo, pois o fato de utilizar ferramentas tecnológicas e de interação não é o suficiente para garantir a qualidade, tão-pouco a construção do conhecimento na modalidade de educação realizada a distância. Consideramos essencial a definição prévia de uma metodologia educacional, para que a construção do ambiente virtual de aprendizagem possa atender as exigências pedagógicas.
* Diana dos Santos Abreu, doutora em Pedagogia.
dinhaabreu@yahoo.com.br
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