13/02/2007 - 13h10
Governo promove revolução nas
telecomunicações do Estado
DaRedação
Agência Pará
Para Renato Francês, presidente da Prodepa, a nova rede vai garantir mais qualidade aos serviços e maior economia
O sistema de telecomunicações do governo do Estado vai passar por uma revolução tecnológica com a entrada da administração pública estadual na Rede Metrobel, uma rede metropolitana dedicada à educação, que utiliza fibra ótica própria e que, no Pará, interliga 13 instituições de ensino e pesquisa e 29 sites. O uso da rede pela estrutura do Estado possibilitará não apenas uma economia para os cofres públicos como a melhoria substancial de serviços à população, viabilizando a inclusão digital.
A Rede Metrobel é um projeto da Universidade Federal do Pará (UFPA), financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, que surgiu em 2004 com o objetivo de facilitar o intercâmbio de informações entre instituições públicas de ensino superior na Região Metropolitana de Belém. Hoje, com 40 quilômetros de cabos lançados, a rede interliga também faculdades e organismos como o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
"Um dos maiores problemas do Estado na área da tecnologia da informação são as telecomunicações. Pagamos muito caro para as concessionárias de telefonia por um serviço que quase sempre é ruim", analisa o presidente da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), Renato Francês.
O governo do Estado foi convidado ano passado para integrar a Rede Metrobel - modelo que o governo Federal já replicou em 17 capitais brasileiras das regiões Sul e Sudeste -, mas, curiosamente, o convite foi declinado.
O governo já recebeu os equipamentos que ficarão nos quiosques multimídia e telecentros que serão instalados em escolas, postos de saúde e órgãos da administração pública, onde o público terá acesso aos serviços oferecidos pelo Estado. A política de inclusão digital terá o nome de Programa de Interação e Desenvolvimento Guiado à Universalização do Acesso, cuja sigla é uma expressão bem regional: "Pai d'égua". Inicialmente, serão instalados 20 quiosques, em cidades-pólo.
A entrada do governo na Metrobel também vai garantir qualidade superior aos serviços de telecomunicações de toda a máquina administrativa, levando benefícios para os funcionários e para a população. O acesso à internet ganhará em velocidade e a comunicação de órgãos estaduais localizados no interior será facilitada. Isso sem falar nos serviços à população, como emissão de documentos, educação à distância, telemedicina e sistemas de segurança eletrônica, que poderão ser feitos em tempo real.
Economia
A Metrobel também garantirá uma economia substancial aos cofres públicos. "Para termos idéia de como o Estado vai economizar, basta tomar o exemplo do sistema de câmeras do Centro Integrado de Operações (Ciop), da Polícia Civil. Hoje, o governo paga R$ 70 mil por mês para a Telemar apenas pelo serviço de telecomunicação e por um número muito limitado de câmeras. Com a Metrobel, esse custo não só será zero como será possível instalar câmeras em toda a RMB", compara o presidente da Prodepa.
A Prodepa, segundo ele, executa contratos no valor de R$ 200 mil por mês apenas para manter links de transmissão de dados no Estado, "com uma qualidade aquém do ideal". Fora os contratos de telefonia, que somam R$ 490 mil, mensalmente. A Metrobel vai diminui esses valores para R$ 210 mil, por ano. "Foi uma conquista da governadora a entrada do Estado nessa rede. O que custaria R$ 1,5 milhão para o governo, não custará nada, graças à articulação dela em Brasília, junto ao Ministério de Ciência e Tecnologia", conta.
A UFPA está instalando mais dez quilômetros de cabos ao longo da rodovia Augusto Montenegro, para garantir que as sedes do governo (Palácio dos Despachos) e de outros órgãos importantes - como o Departamento de Trânsito (Detran) - estejam conectadas à rede. "Essa é a melhor tecnologia do mundo, a luz. Além de ser a mais barata. Portanto, o Estado tem nas mãos uma grande ferramenta de gestão, que vai possibilitar, no fim das contas, ofercer um melhor serviço à população", resume Renato Francês.
>> Estado vai usufruir da rede de fibra ótica da Eletronorte
Texto: CCS
Foto: David Alves
13/02/2007 - 14h00
Estado vai usufruir da rede
de fibra ótica da Eletronorte
Da Redação
Agência Pará
Além da Rede Metrobel, o Estado contará ainda com uma tecnologia até então usada apenas pelas Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), detentora da maior rede de fibra ótica do País. Representantes da estatal e a governadora Ana Júlia Carepa assinarão, em março deste ano, um termo de cessão de uso que vai garantir à administração pública estadual chegar aos quatro cantos do Pará.
Havia cinco anos que o governo estadual tentava usar essa rede, sem sucesso. Segundo o presidente da Prodepa, Renato Francês, esta será a verdadeira integração da Amazônia. "Na década de 1970, quando a rodovia Transamazônica foi inaugurada, foi anunciada a integração de toda a região. Hoje, no século XXI, o uso dessa rede de cabos de fibra ótica da Eletronorte pelo governo representa mais do que isso: é a possibilidade de ligar a Amazônia com o resto do mundo", comemora.
Francês diz ainda que esta será a maior ação de inclusão digital do País. "Não temos notícia da interligação de uma estrutura tão grande como a do governo do Estado com uma rede como essa, que era, aliás, subaproveitada, já que, até então, a Eletronorte a usava apenas para consumo interno", avalia, informando que a garantia do uso dos cabos é fruto de articulação da governadora Ana Júlia junto ao Ministério de Minas e Energia e a Eletronorte.
Renato Francês diz ainda que será um desafio administrar a Prodepa neste momento de transformações. Com um orçamento anual de R$ 40 milhões e 320 funcionários, a empresa está desenvolvendo projetos que garantam o aprimoramento da base tecnológica e de telecomunicações da administração. Francês faz parte da equipe de especialistas que elaborou a Metrobel, composta, ainda, pelos professores Antônio Abelém e João Crisóstono Costa.
Texto: CCS
28/03/2007 - 10h02
Convênio viabiliza uso de fibra
ótica no interior do Estado
Da Redação
Agência Pará
Um Convênio de Cooperação Técnica entre as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Eletronorte e o Governo do Estado vai permitir, em curto espaço de tempo, o uso da rede de fibra ótica da concessionária de energia elétrica garantindo o acesso on-line em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará.
O ato de assinatura do convênio acontece nesta sexta-feira (30), às 16 horas no auditório da Prodepa, com o governo sendo representado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia-Sedect e sua interveniente executora, a Empresa de Processamento de Dados - Prodepa.
Na primeira fase do convênio, a ser executado este ano, serão interligadas as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí.
Na segunda fase, prevista para operar em 2008, diversos outros municípios poderão ser conectados ao longo dos mais de 1.000 quilômetros de fibra ótica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte.
Inclusão digital
Os benefícios da implantação da infra-estrutura de telecomunicações para a sociedade paraense são inúmeros. Entre as ações de inclusão digital e cidadania, podem ser destacadas: a criação de telecentros, infocentros e cyber-cafés comunitários, telemedicina, educação à distância, videoconferência, tecnologia de apoio à segurança pública, ações de e-Gov (Governança Eletrônica), telefonia sobre Internet (VoIP) e televisão sobre Internet (IPTV).
A celebração do Convênio contará com a presença da Governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, do Presidente Eletroneorte, Carlos Nascimento, do Secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, do Reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Melo, do Presidente da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino, Nelson Simões da Silva, e do Presidente da Prodepa, Carlos Renato Lisboa Francês, entre outras autoridades.
Texto: CCS
29/03/2007 - 12h29
Estado e Eletronorte firmam convênio
para uso de rede de fibra óptica
Da Redação
Agência Pará
O governo do Estado, por meio da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), e da secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), celebra nesta sexta-feira (30), um termo de cessão de uso com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), que vai permitir ao Estado a utilização da rede de fibra óptica da empresa, considerada a maior rede de fibra óptica do País. A assinatura do acordo vai garantir o acesso on-line em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará.
Com isso, comunidades inteiras poderão dispor de serviços de internet, de graça, e em alta velocidade. Cyber cafés comunitários, e telecentros, que garantem o acesso à internet à população carente, são alguns dos benefícios que poderão ser acessados pela população.
Havia cinco anos que o governo estadual tentava usar essa rede, sem sucesso, explica o presidente da Prodepa, Renato Francês, para quem esta será a verdadeira integração da Amazônia. "Na década de 1970, quando a rodovia Transamazônica foi inaugurada, foi anunciada a integração de toda a região. Hoje, no século XXI, o uso dessa rede de cabos de fibra óptica da Eletronorte pelo governo representa mais do que isso: é a possibilidade de ligar a Amazônia com o resto do mundo", comemora.
Para Francês, esta será a maior ação de inclusão digital do País. "Não temos notícia da interligação de uma estrutura tão grande como a do governo do Estado com uma rede como essa, que era, aliás, subaproveitada, já que, até então, a Eletronorte a usava apenas para consumo interno", avalia. A garantia do uso dos cabos é fruto de articulação da governadora Ana Júlia Carepa junto ao Ministério das Minas e Energia e a Eletronorte.
Renato Francês ressalta que será um desafio maior administrar a Prodepa neste momento de transformações. Com um orçamento anual de R$ 40 milhões e 320 funcionários, a empresa está desenvolvendo projetos que garantam o aprimoramento da base tecnológica e de telecomunicações da administração.
Na primeira fase do convênio serão interligadas as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí. Na segunda fase, prevista para operar em 2008, diversos outros municípios poderão ser conectados ao longo dos mais de 1.000 quilômetros de fibra óptica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte.
Inclusão digital
Os benefícios da implantação da infra-estrutura de telecomunicações para a sociedade paraense são inúmeros. Entre as ações de inclusão digital e cidadania, podem ser destacadas: a criação de telecentros, infocentros e cyber cafés comunitários, telemedicina, educação à distância, videoconferências, tecnologia de apoio à segurança pública, ações de e-Gov (Governança Eletrônica), telefonia sobre Internet (VoIP) e televisão sobre Internet (IPTV).
O ato de assinatura do convênio acontece nesta sexta-feira (30), às 16 horas, no auditório da Prodepa, em Belém, com a presença da governadora Ana Júlia Carepa e representantes da Sedect e Prodepa. O convênio será celebrado, on line, via teleconferência, no Quartel da Polícia Militar de Marabá.
Texto: CCS
30/03/2007 - 20h53
Convênio deslancha processo
de inclusão digital no Estado
Da Redação
Agência Pará
Ana Júlia destacou que o convênio possibilitará diversas ações de governo, entre elas qualidade de vida à população
A assinatura do Convênio de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado e a Eletronorte, realizado nesta sexta feira (30), no auditório da Prodepa, possibilitará ao Governo do Estado a cessão de uso de 1.800 quilômetros de fibra óptica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte. Nesta primeira fase, estarão interligados ao sistema, cinco grandes municípios: Belém, Marabá, Altamira, Santarém e Tucuruí, beneficiando cerca de 4 milhões de pessoas.
Presente na solenidade, o presidente da Prodepa, Renato Francês, lembrou que o processo de inclusão digital no Estado poderia ter iniciado anos atrás. “Foram várias as iniciativas por parte do Governo Federal para efetivar a inclusão digital em nosso Estado. Elas se traduziram em vários programas e em todos eles o Governo Federal exigia contrapartida do Governo Estadual. Mas este entendia que esta ação não era prioritária, criando um hiato de 10 anos no processo de inclusão digital”, destacou o titular da Prodepa, órgão estadual responsável pela execução do projeto em parceria com a Eletronorte.
A governadora Ana Júlia Carepa declarou que a assinatura do convênio se afina com as diretrizes propostas para sua administração. “O convênio que ora assinamos, está em consonância com os três eixos de ação que perpassam as dimensões estratégicas do governo, que são a qualidade de vida, a inovação para o desenvolvimento e a gestão participativa. E a rede de fibra óptica, disponibilizada pela Eletronorte ao Estado, possibilitará diversas ações de governo nesses eixos”, afirmou a governadora.
Segundo ela, a rede de fibra ótica, além de encurtar distâncias, representa a economia de R$ 900 milhões que teriam que ser investidos pelo governo e tem um “incomensurável alcance social”, além de propiciar outras ações inclusivas nas áreas da educação, saúde e segurança pública.
Segundo o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, no Pará, somente 7,5% da população possuem computadores e apenas 3,5% têm acesso à internet. “Não há dúvidas que o Estado deve dedicar especial atenção à incorporação dos segmentos sociais menos favorecidos e de baixa renda à sociedade do conhecimento, utilizando as tecnologias de informação e comunicação disponíveis como instrumento para avançar no combate às desigualdades econômicas e sociais”, informou.
Além de diversos secretários de Estado e dirigentes de órgãos públicos, participaram da solenidade de assinatura do convênio, o vice-governador, Odair Corrêa, e a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Albanira Bemerguy.
Texto: Rosa Borges - CCS
Foto: Eliseu Dias
22/05/2007 - 16h04
UEPA assina acordo de cooperação
técnica sobre fibra ótica
Da Redação
Agência Pará
A Universidade do Estado do Pará (UEPA) assina, nesta terça-feira (22), o Acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Seicom) e a rede de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa) para adesão da instituição ao Convênio de Cooperação Técnica entre o governo do Pará e a Eletronorte, assinado no último dia 30 de março, pela governadora Ana Júlia Carepa e o presidente da estatal, Carlos Nascimento.
A cooperação técnica possibilitará ao Estado a utilização dos cabos de fibra ótica da Eletronorte para fazer a transmissão de dados em alta velocidade entre as cidades do interior do Estado e a capital Belém. A entrada da UEPA no convênio garantirá aos Campi do interior, por onde os cabos passarão, acesso estável e mais veloz à internet.
Tais mudanças trarão ganhos substanciais à realidade dos acadêmicos desses núcleos que poderão contar com ações mais efetivas em termos de educação a distância, através das teleconferências, inclusão digital e pela sólida rede de comunicação interna entre os núcleos da UEPA e outras instituições de ensino e pesquisa. Outra vantagem será a redução dos custos de aluguel para operadora de telecomunicações responsável em manter a conexão da universidade no ar.
O convênio promoverá a integração e interligação digital Estado, através do acesso em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará. Na primeira fase do projeto, a ser executada ainda este ano, as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí serão atendidas, a previsão é de que quatro milhões de pessoas sejam beneficiadas com o convênio. Em 2008, quando entrará em operação a segunda fase das obras, outros municípios serão conectados ao longo dos mais de 1 mil quilômetros de fibra ótica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica.
Texto: Fabrício de Paula - UEPA
29/05/2007 - 11h50
Belém é a 1ª cidade do Brasil com
fibra ótica para ensino e pesquisa
Da Redação
Agência Pará
Ana Júlia assinou o convênio que vai interligar instituições de ensino no Pará, através de rede de fibra ótica
O reitor da UFPA, Alex Fiúza de Melo, também assinou o convênio com o Governo do Estado
"O futuro a gente não faz amanhã, faz agora", enfatizou a governadora Ana Júlia Carepa
O secretário Maurílio Monteiro destacou o papel do Estado no novo modelo de desenvolvimento implantado no Pará
25º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos
Belém é a primeira cidade do Brasil a ter rede ótica para instituições de ensino e pesquisa. O anúncio foi feito na segunda-feira (28), durante o 25º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos, SBRC, que teve a presença da governadora Ana Júlia Carepa e do secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro. A importância desta rede, que vai interligar 12 instituições de pesquisa, em Belém e Ananindeua, é democratizar informações.
O Governo do Estado é parceiro na chamada Rede Metrobel. A parceria foi oficializada com a assinatura de um convênio, entre o governo e a Universidade Federal do Pará, coordenadora da Metrobel, que vai expandir a rede para o interior.
"Nosso maior desafio agora é levar as informações disponibilizadas na rede para as populações urbanas e rurais", disse Avílio Franco, subsecretário do ministério de Ciência e Tecnologia, que representou o ministro Sérgio Rezende.
"O desafio já está sendo enfrentado. Nós assinamos convênio com a Eletronorte que nos possibilita o uso de 1.500 quilômetros de fibra ótica, em vários municípios do Pará. Isso é uma mudança concreta. Com a ajuda da Rede Celpa, até o final do ano os municípios de Santarém e Itaituba já poderão se integrar a esta rede de conhecimentos”, disse a governadora Ana Júlia Carepa.
Para o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ênio Candotti, "o Pará dá um salto de qualidade no ensino e na pesquisa. É um passo necessário e oportuno para universidades e centros de pesquisas, com inclusão social. E a governadora Ana Júlia Carepa teve a sensibilidade e a importância de perceber isso", disse.
Democratização de informações
O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, disse que o novo modelo de desenvolvimento, que está sendo implantado no Pará é "uma forma do Estado ser um indutor do processo na área de circulação de informações, não deixando esta prática apenas na competência da iniciativa privada. Com força de vontade política, vamos ajudar a melhorar a vida da maioria da nossa população", ressaltou o secretário.
Para Antonio Jorge Belém, coordenador da Rede Metrobel, os ganhos com o uso da rede de fibra ótica são a velocidade na transmissão de informações e dados, redução de custos e democratização de informações. "Para se ter uma idéia, o Estado, por exemplo, vai economizar cerca de R$750 mil reais com a sua inclusão na rede."
Segundo informações de Jorge Belém, hoje o Estado gasta cerca de R$1 milhão em pagamentos a provedores de acessos à internet. Com a integração, todas as secretarias e órgãos do governo estarão interligados em uma única rede e o Estado vai custear apenas a manutenção, hoje orçada em R$250 mil. "Levamos este projeto para o governo anterior, mas não houve receptividade. Com o apoio do novo governo, damos um grande passo neste projeto da Metrobel", disse Jorge Belém.
Durante seu discurso, a governadora Ana Júlia Carepa manifestou enorme felicidade em poder, como dirigente do Estado, contribuir para que as populações de Belém e do interior do Estado tenham acesso às informações de ensino e pesquisa, de forma democrática e de alta qualidade. "O futuro a gente não faz amanhã, faz agora", enfatizou a governadora Ana Júlia Carepa.
Texto: Edir Gillet - Gabinete da Governadora
Fotos: Carlos Sodré
01/06/2007 - 17h56
Governo do Estado leva
internet de alta velocidade a Santarém
Da Redação
Agência Pará
Viabilizar o acesso a internet de alta velocidade em localidades sem acesso e a cidadãos e estudantes para quem o acesso é difícil. Este é objeto do termo de cooperação técnica a ser firmado neste sábado (02), entre o governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa) e a Prefeitura Municipal de Santarém (PMS).
O termo vai ser assinado às 9 horas, no Barão Center Hotel, pelo titular da Sedect, Maurílio Monteiro, pelo presidente da Prodepa, Itamar Francês, e pela prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima (PT). Na ocasião, será lançado o site oficial da PMS na internet.
Em seguida, será inaugurado o telecentro da escola municipal Maria Amália, que terá 40 computadores numa estrutura que compreende duas salas e serão utilizados por alunos da rede pública. Participam dos eventos secretários municipais e vereadores de Santarém, além de representantes de instituições de pesquisa e de classe, como empresários e sindicalistas.
Pelo termo de cooperação a ser firmado neste sábado, num prazo máximo de 30 dias o telecentro Maria Amália terá internet de alta velocidade, com a utilização da rede de fibra ótica da Eletronorte, a partir de convênio firmado, no dia 30 de março passado, entre o governo do Estado e a subsidiária de energia para usar a rede e viabilizar programas de inclusão digital no interior.
O termo de coperação prevê ainda a instalação, até o final do ano, em Santarém e localidades vizinhas, de um núcleo do projeto 'Cidade Digital', que, a partir de sinal emitido por rádio (wimax), viabilizará internet sem fio em locais sem acesso à telefonia. O mesmo termo prevê um terceiro item, ligado à tecnologia: a interligação de instituições públicas de Santarém - órgãos municipais, secretarias, escolas, sistema de segurança, judiciário e outros - pela internet de alta velocidade disponibilizada pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que por sua vez será construída no município a partir da transmissão pela rede da Eletronorte.
"Falar em inclusão digital hoje é não apenas comprar computadores, mas ligá-los a um telefone", lembra Maurílio Monteiro. "Por isso este esforço do governo do Estado em viabilizar programas de inclusão no interior, lembrando que estamos abertos a instituições e prefeituras que pretendem firmar convênios semelhantes."
Texto: Edson Coelho - Seicom
03/06/2007 - 17h40
Governo garante internet de
alta velocidade no oeste do Pará
Da Redação
Agência Pará
O secretário Maurílio Monteiro destacou os benefícios do convênio para otimizar os serviços públicos em Santarém
Maurílio Monteiro e a prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins, assinaram o convênio
Além da assinatura do convênio, foram inaugurados dois telecentros na escola municipal Maria Amália
Cada telecentro conta com 21 computadores conectados à internet
Esse final de semana foi dedicado à ciência e à tecnologia em Santarém, oeste do Pará. O governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), assinou com a prefeitura do município, no último sábado (02), termo de cooperação técnica que vai viabilizar o acesso à internet de alta velocidade em localidades sem acesso e a cidadãos e estudantes para quem o acesso é difícil.
O documento prevê três ações centrais: equipar os dois telecentros do município com internet de alta velocidade, num prazo de um mês, utilizando a rede de fibra ótica da Eletronorte, cedida ao governo do Estado por meio de convênio firmado em 30 de março passado; instalar em Santarém um núcleo do projeto Cidade Digital, que levará internet sem fio, por meio de rádio, a bairros e comunidades distantes do centro; e a construção de uma rede de fibra ótica para interligar as principais instituições municipais (secretarias, hospitais, delegacias, escolas) que, por sua vez, serão interligadas, via rede de fibra ótica da Eletronorte, à Rede Nacional de Pesquisa (RNP), formada, entre outras, por todas as universidades federais do Brasil.
Em seu discurso, o titular da Sedect, Maurílio Monteiro, destacou os benefícios do convênio para otimizar os serviços públicos em Santarém e na formação de cidadania a partir da inclusão digital. “O governo vai viabilizar no interior o que chamamos de alfabetização digital, garantindo a qualquer criança e jovem o acesso a internet, ao uso do computador como ferramenta de aprendizagem, para trabalhos com planilhas, e também para que ele possa fazer sua própria página, o seu blog, uma forma dele se mostrar, mostrar sua cultura, e não apenas receber informações e culturas de fora”, comentou.
A prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima, destacou a mudança de foco no governo do Estado e na administração municipal, “que tem na ciência e na tecnologia um dos pilares do programa de governo”, e afirmou que “estamos acostumados a reconhecer grandes obras de infra-estrutura, que são importantes, sim, mas não são tudo, e às vezes não vemos grandes obras na área social e de gestão. Nosso desafio aqui é formar pessoas, formar homens e mulheres independentes, com oportunidades de trabalho e de pensamento. Do jeito que o presidente Lula tirou milhões das trevas, com o programa ‘Luz para Todos', vamos tirar milhares de pessoas da escuridão tecnológica a partir do convênio assinado neste sábado (02)”.
Além da assinatura do convênio, o sábado foi destinado a inauguração de dois telecentros na escola municipal Maria Amália. Cada um deles conta com 21 computadores, conectados à internet, que serão utilizados pelos alunos e pela comunidade. Francisco Correa Lopes, presidente da Associação dos Moradores do Mapiri - bairro onde fica a escola - destacou que “estamos disponibilizando para nossas crianças e jovens a maior biblioteca de todos os tempos, a internet”.
“Santarém é o primeiro município onde os alunos das escolas públicas do interior terão acesso à internet mais veloz que existe, a partir de nosso convênio para usar a rede de fibra ótica da Eletronorte”, destacou Maurílio Monteiro. “Não é possível construir cidadania sem que nossas crianças tenham acesso ao computador e à internet, à informação. É com amor que podemos diminuir a enorme distância que nos separam daqueles que dominam o conhecimento”, completou.
Também neste final de semana, a prefeitura de Santarém lançou na internet o site oficial da cidade (www.santarem.pa.gov.br). Giovana Ramos, do núcleo de informática da administração municipal, fez uma demonstração das principais áreas da página, com destaque para as áreas de serviço (agora, o ISS pode ser tirado on line) e às dedicadas à cultura e ao turismo municipal, como a lista de 23 grandes atrações, com destaque para as praias.
Texto: Edson Coelho - Sedect
Fotos: David Alves
http://www.pa.gov.br
Fibra ótica levará internet ao interior
Caderno Poder de 30/03/2007 – O Liberal.
INCLUSÃO
Estado assina com Eletronorte convênio para utilização de rede
A inclusão digital é um dos grandes desafios do Brasil, e mais ainda para os Estados amazônicos, por causa das grandes distâncias e das condições geográficas. E é de inclusão digital, sobretudo, que tratamos com este convênio.' A declaração do secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia dá o foco do convênio a ser assinado hoje entre o governo do Estado e a Eletronorte, pelo qual o Pará vai utilizar a rede de fibra ótica da distribuidora de energia para levar internet de alta velocidade a vários municípios. O convênio será assinado às 16 horas, na Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa).
Os benefícios da rede serão praticamente imediatos nos municípios de Santarém, Rurópolis, Uruará, Altamira, Tucuruí, Jacundá, Marabá, Belém, Barcarena e Santa Maria. 'Vamos instalar nestes municípios, onde a rede de fibra já está seccionada, infocentros de 10 a 20 computadores, que não apenas poderão ser acessados pela comunidade, como também haverá treinamentos sobre a utilização das máquinas, softwares e aplicativos referentes à internet', anuncia Maurílio.
A internet de alta velocidade também vai proporcionar uma integração administrativa de órgãos do Estado e das prefeituras, promovendo uma interação entre os serviços prestados. 'A telemedicina será um dos setores mais beneficiados, com a oferta de serviços e informação na área da saúde dentro das próprias comunidades, excluindo a necessidade de locomoção para os centros de referência', diz Maurílio. 'Isso vai ampliar as ações de profissionais e agentes de saúde comunitários em prevenção, diagnóstico e tratamento de várias doenças. E permitirá, nas comunidades mais remotas, o acesso local a especialistas e a melhoria na assistência primária em saúde.'
Também serão imediatamente beneficiadas a pesquisa, a educação à distância, a segurança, o controle ambiental, entre outros setores. Hoje mesmo, durante a assinatura do convênio, será assinado um tempo termo de cooperação entre a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a prefeitura de Marabá, pela qual aquele município terá acesso, via internet de alta velocidade, ao banco de dados da secretaria, com mapas ambientais atualizados da região.
Maurílio lembra que, se o Estado fosse implantar 1.500 quilômetros de fibra ótica, gastaria hoje cerca de R$ 900 milhões, sem falar na questão do tempo, do licenciamento ambiental, da superação de barreiras geográficas etc. 'Ou seja, ganhamos, de forma imediata, uma obra de grandes proporções, que vai ampliar de maneira formidável o alcance social da rede de transmissão da Eletronorte.'
O titular da Sedect lembra ainda que a governadora Ana Júlia Carepa já está negociando com o Ministério da Ciência e Tecnologia recursos para estender a rede de Santa Maria até Bragança, beneficiando todos os municípios do percurso. 'É preciso destacar que o acesso à informação e à tecnologia é sobretudo uma questão de cidadania e qualidade vida. Todos os países desenvolvidos investiram de forma potencial na informação. 41% dos usuários da internet estão nos Estados e Canadá, os dois países mais desenvolvidos do continente', lembra Maurílio.
Convênio leva internet ao interior
Caderno Poder de 31/03/2007 – O Liberal.
A governadora Ana Júlia Carepa assinou convênio de cooperação técnica com as Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), representada na solenidade pelo presidente da instituição, Carlos Nascimento. A estatal federal cedeu o uso de mais de 1,1 mil quilômetros da rede de fibra ótica, sem nenhum custo aos cofres estaduais, o que vai possibilitar a inclusão digital de mais de dois milhões de pessoas, a contar dos habitantes de Belém, Marabá, Santarém, Altamira e Tucuruí. O titular da Secretaria Executiva de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, afirma que para operacionalizar e democratizar o acesso à internet nas demais cidades paraenses é preciso captar parte dos R$ 9,7 bilhões do governo federal.
Maurílio explica que parte deste recurso federal, cerca de 5,3%, será disponibilizado aos Estados para contemplar projetos que aumentem o acesso em banda larga da população mais carente à rede mundial de computadores. O Pará está no fim da fila quando o assunto é inclusão digital, porque somente 3,5% de quase sete milhões de habitantes acessam a internet. A intenção, segundo o secretário, é integrar os 143 municípios através de ramificações atreladas às estações nas cidades-pólos. Não seria necessário nova 'estrutura física', isto é, novas fiações. A próxima etapa deve usar a tecnologia 'Wi Mas', a que transmite os dados via ondas de rádio. Não há garantias de que a verba federal seja destinada ao Pará, mas o secretário garante que as condições conquistadas no convênio com a Eletronorte configuram uma vantagem para a proposta paraense de captação do dinheiro.
Amazônia é tema de debates
A insustentabilidade dos grandes projetos para a Amazônia e as estratégias dos movimentos sociais em 2007 estão entre os subtemas debatidos durante o seminário 'Os Grandes Projetos Para Amazônia', que está sendo realizado desde ontem, no auditório do Centro Integrado de Serviços para Necessidades Especiais (Cisne). Dom Erwin krautler, bispo da Prelazia do Xingu, e João Stédile, economista e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), foram os convidados especiais do primeiro dia de debates.
Lideranças de diversos movimentos sociais estão participando do seminário. 'Os debates relacionados às questões voltadas para a Amazônia são de fundamental importância, pois trata-se de uma região muito rica, mas muito explorada. Muitos também enriquecem na Amazônia e destroem o meio ambiente, enquanto o povo da região fica cada vez mais pobre. Nossa intenção é discutir os projetos para a Amazônia', disse Adriana Oliveira, do movimento CNBB Norte 2.
O leilão de venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que ocorreu no ano de 1997, foi um dos assuntos debatidos durante a plenária. De acordo com Lindomar Silva, da coordenação do evento, a venda da companhia teria que passar por consulta popular, 'Foi um leilão que não teve nenhuma validade e a Justiça teria afirmado isso. A população tem o direito de escolher se a empresa devia ou não ir a leilão, daí a necessidade do plebiscito que vai ser realizado no dia 7 de setembro. Somente uma forte mobilização popular pode conseguir resultados concretos para reverter a venda da Vale do Rio Doce para o capital privado'.
Inovação é a saída para desenvolver
Caderno Poder de 27/05/2007 – O Liberal.
Maurílio Monteiro propõe exploração qualificada das riquezas do Pará
Como tirar o Pará da condição de exportador de matéria-prima? Como agregar valor - maior intensidade de ciência e tecnologia - aos nossos produtos e processos? Como falar em desenvolvimento sustentável - para todos, de forma auto-suficiente, duradoura - numa região rica em recursos naturais, mas distante dos grandes centros econômicos e com um povo pobre e historicamente excluído? Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, as respostas a essas questões se resumem numa palavra: inovação. 'Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento que, em vez de concentração de renda, promova uma exploração mais qualificada de nossos recursos naturais', prega o secretário. 'Precisamos desenvolver produtos que tenham a cara do Pará, o nosso jeito da fazer, utilizando nosso capital humano, social e cultural', diz Maurílio Monteiro. Graduado em História pela Universidade Federal do Pará, com mestrado em Planejamento do Desenvolvimento e doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, ambos pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-Naea, da UFPA, ele sabe bem que inovação significa pesquisa e que não há pesquisa sem mestres e doutores, sem laboratórios e equipamentos. O grande desafio de implantar um novo modelo de desenvolvimento no Pará é, portanto, o desafio de se fazer ciência na Amazônia. Na entrevista a seguir, Maurílio detalha os planos do governo do Estado para enfrentar esse desafio, com a consciência de que os resultados da pesquisa - os benefícios da ciência - não são a curto prazo.
Em que consiste o novo modelo de desenvolvimento proposto pelo governo do Estado?
Historicamente, as tentativas de se desenvolver a Amazônia se baseavam em grandes espaços usados para culturas homogêneas: a plantação de milhões de árvores de pínus ou de eucalipto para produzir celulose; a pecuária de corte; grandes empresas e fazendas nas quais se pratica a monocultura; e as gigantescas empresas mineradoras, metalúrgicas e químicas. Tal modelo levou o Estado a estimular a concentração de capitais e a restringir a propriedade dos meios de produção. Além disso, se introduziram na região matrizes tecnológicas ambientalmente danosas, desenvolvidas na relação com outros ecossistemas, que negam o capital natural da diversidade biológica amazônica. Um projeto de desenvolvimento sustentável para a região deve romper com a replicação regional de tecnologias e técnicas. É baseando-se na associação do capital físico com o capital humano e com o capital social que se pode elaborar um programa duradouro de criação de vantagens competitivas. Uma nova estratégia requer, em termos práticos, uma nova lógica de desenvolvimento territorial, um sistema de proteção social, um sistema estadual de inovações, a reestruturação da política de aporte financeiro, tributário, creditício e tecnológico aos programas e iniciativas de desenvolvimento regional.
Como esse projeto pode virar realidade?
As ações propostas pelo governo do Estado visam ao que chamo de enraizamento social do desenvolvimento. Aos grandes produtores e indústrias, o Estado vai sinalizar, de forma clara, quais as áreas que poderão ser exploradas para culturas em alta escala e de forma homogênea (plantação de grãos, pecuária, etc). Também buscaremos identificar e eliminar, nos processos de produção em alta escala, os entraves de infra-estrutura, tecnológicos, de gestão, de financiamentos, que dificultam a verticalização da produção ou a agregação regional de maior valor. Qual o ponto de estrangulamento, por exemplo, que impede a fabricação e a industrialização de produtos? O que impede a maior transformação de soja em óleo, de carne em produtos enlatados? Também vamos estimular a pesquisa, aqui, entre as grandes empresas e produtores, que devem ter linhas de pesquisas próprias na região, e não somente importar processos desenvolvidos noutros lugares. Quanto aos pequenos produtores e empresários (de produção mais diversificada), serão atendidos de duas formas básicas: por meio da indução à produção científica, tecnológica e de inovação e também pelo reforço e ampliação de uma política diferenciada de linhas de crédito. (Na questão do crédito, por exemplo, a governadora lançou na sexta-feira passada, na Federação das Indústrias do Pará, o Fundo de Desenvolvimento Industrial Sustentável, que funcionará da seguinte forma: parte do dinheiro do ICMS formará o fundo, que voltará ao produtor em forma de empréstimo, a juros módicos e com prazo de 36 meses para começar a pagar. Isto vai financiar, sobretudo, iniciativas de micro e pequenas empresas.)
E como explorar, de forma mais qualificada, os recursos naturais, sem agredir ao meio ambiente?
Nós temos certeza de que o lócus privilegiado de inovação é a empresa; o governo atuará como agente indutor. Vamos induzir processos para transformar em competitividade nossa diversidade ambiental, cultural, social, climática, etc. incorporar ciência e tecnologia à inovação de processos e produtos únicos. Para você ter uma idéia, a pauta de exportação do Brasil de produtos com alta tecnologia é de 9,3%; a do Pará é 0%. A pauta nacional de alta e média tecnologia é de 30,80; a do Pará, de apenas 1,6%. Transpondo isto para as empresas: do nosso volume total exportado, as pequenas e micro empresas respondem por apenas 1,94%; as grandes empresas, por 90,36%. E estas grandes empresas exportam produtos quase que primários, sob o ponto de vista da intensidade tecnológica. O modelo atual, portanto, concentra a renda e nega a diversidade biológica da região.
O novo modelo de desenvolvimento já tem ações práticas de implementação?
Sim, várias. Primeiro, no nome da secretaria que criamos foi aliada a palavra 'desenvolvimento' às palavras 'ciência' e 'tecnologia', o que de certa forma resume as intenções de longo prazo. Já fizemos um acordo para utilizar os 1.500 quilômetros de fibra ótica da Eletronorte, o que viabilizará um grande programa de inclusão digital em pólos de desenvolvimento importantes, como Marabá e Santarém. A governadora Ana Júlia pediu ao presidente Lula, com amplas possibilidades de atendimento, duas novas universidades federais para o Pará, uma no oeste e outra no sul do Estado. Também requisitou para o Estado 200 doutores a mais do que o previsto pelo Ministério da Educação. O governo estadual também ofereceu contrapartidas importantes ao Ministério da Ciência e Tecnologia-CNPq e, com isso, pôde oferecer centenas de bolsas para formação de mestres e doutores, de estímulo à pesquisa entre estudantes da rede pública e também para projetos de pesquisa individual e em grupo. Também vamos criar a Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa) e já iniciamos a implementação de três centros de ciência e tecnologia no Estado (em Belém, Marabá e Santarém) com as pesquisas focadas na vocação de cada região. São ações práticas, que, no futuro, podem viabilizar o que sintetizo como um sistema regional de inovação.
Num futuro próximo, distante?
Se, em quatro anos, tivermos criado as condições para que este projeto ganhe a própria dinâmica, teremos desempenhado um grande papel. E temos consciência de que, para que este projeto ganhe forças e já produza os resultados sociais a curto e médio prazos, é necessário o engajamento de amplos setores da sociedade. É necessário pactuar com os principais agentes, dialogar e desenvolver estratégias para que este seja um projeto estadual e regional. Não apenas isso: precisa ser um projeto em nível de Brasil, e o governo federal também já sabe que os modelos que desenvolveram outros Estados não se aplicam à Amazônia. Nossa região é estratégica no plano internacional e precisa ser estratégica no plano nacional.
O que mais vai crescer nos próximos anos?
O setor mínero-metalúrgico. Acontece que há, aí, evidentes limitações à verticalização. Vamos implementar políticas específicas para eliminar esses entraves e promover o que chamamos de efeitos de transbordamento, ou seja, que os benefícios transbordem para o entorno das grandes empresas. Isso pode acontecer com transferência de técnicas gerenciais, de tecnologias, e também de compras, pelas grandes empresas, de insumos, serviços e equipamentos de empresas paraenses.
Internet via rádio em escolas
Caderno Notícias de 08/05/2007 – Amazônia Jornal
Quarenta escolas estaduais de Belém, Ananindeua, Marituba e Mosqueiro terão acesso à internet por meio de rádio. O uso da tecnologia será possível graças ao convênio assinado ontem entre a Secretaria Executiva de Educação (Seduc) e a Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa). No total, 200 colégios estão conectados, atualmente, à rede mundial de computadores, mas isso ainda representa apenas um terço da rede de ensino estadual.
O convênio permite à Seduc a utilização da torre da Funtelpa, na avenida Almirante Barroso, para transmitir o sinal que fará chegar a internet às escolas. Outras 160 unidades escolares já estão interligadas, mas por meio de outras formas pagas de conexão porque estão num raio de ação não alcançado pela torre de transmissão da fundação.
Por causa desse impedimento técnico, outras alternativas estão sendo estudadas para permitir a ampliação do número de escolas conectadas. Pode ser através de satélite ou fibra ótica. No caso do rádio, via Funtelpa, a principal vantagem é a redução de gastos.
Ontem à tarde, foi iniciada a discussão entre vários órgãos estaduais sobre a estrutura disponível no Estado para se alcançar a expansão. Mesmo na sede da Seduc, em Belém, ainda falta garantir o acesso à internet para 40% dos profissionais.
Para Melo, a criação da infra-estrutura é um desafio ao plano de inclusão digital que, prevê, entre outras coisas, a criação de telecentros com acesso gratuito à população. No caso das escolas já conectadas através do programa que vem sendo chamado 'Seduc Net', o acesso já será garantido com a disponilidade dos laboratórios de informática para a população em geral aos finais de semana.
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