Participantes: Marcelo Leite, Anderson Cruvinel, Márcia Rodrigues Machado e Rosilda Alves.
Texto 1 - Grupo 6
A compreensão da sociedade da informação
BORGES, Maria Alice Guimarães.
A autora, em seu artigo, trata do contexto de mudança na sociedade da informação e do conhecimento, das tendências atuais das organizações e do desafio da compreensão desse momento através do “conhecimento objetivo”, dentro de uma visão integrada de seus problemas e soluções, como uma oportunidade para se conseguir uma análise estrutural e conjuntural.
Para Maria Alice Guimarães Borges, o grande desafio é conseguir que na velocidade e desempenho, o virtual não interfira na identidade cultural dos povos, que um projeto de civilização centrado sobre os coletivos pensantes possa se sobrepor a este risco, já que o mundo virtual é inevitável.
Características da sociedade da informação:
- a grande alavanca do desenvolvimento da humanidade é realmente o homem;
- a informação é um produto, um bem comercial;
- o saber é um fator econômico;
- as tecnologias de informação e comunicação vem revolucionar a noção de “valor agregado” á informação;
- a distancia e o tempo entre a fonte de informação e o seu destinatário deixaram de ter qualquer importância ; as pessoas não precisam se deslocar porque são os dados que viajam;
- a probabilidade de se encontrarem respostas inovadoras a situações críticas é muito superior á situação anterior;
- as tecnologias de informação e de comunicação convertem o mundo em uma “aldeia global”(MacLuhan);
- as novas tecnologias criaram novos mercados, serviços, empregos e empresas;
- as tecnologias de informação e comunicação interferiram no “ciclo informativo”, tanto do ponto de vista dos processos, das atividades, da gestão, dos custos, etc.
A informação esteve historicamente interligada a idéia de desenvolvimento e de progresso. Hoje esta mesma informação se aperfeiçoou ao longo do tempo, passando a estar vinculada a inúmeros meios vinculação, ou seja, atualmente temos a propagação de informações a tempo real, caracterizando este grande processo de desenvolvimento dos meios de comunicações e de tecnologias que as possibilitam. Eles se auxiliam mutuamente. Segundo a autora, um grande salto está preste a acontecer através das novas tecnologias e das novas redes. Só quem pode fazê-lo é o homem, que é um ser dotado de vontade, inteligência e conhecimento capaz de compreender os desafios e definir os passos que direcionarão seu próprio futuro, e garantir, diante de tantas tecnologias e máquinas, o lado humano do processo.
Texto 2 - Grupo 6
História da Educação no Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A História da Educação no Brasil é o estudo da evolução da Educação, do ensino, da instrução e das práticas pedagógicas no Brasil.
O texto, originário da Internet de um site muito visitado para pesquisa, estabelece um panorama histórico sobre as fases da educação desde o período colonial até a nova república. Aborda o Período Jesuítico (1549-1759), onde os Jesuítas tentavam ensinar/catequisar os índios, impondo-lhes a cultura européia, passando pelas Reformas Pombalinas (1760-1808), quando os Jesuítas foram expulsos pelo Marquêsde Pombal, momento este onde a educação fora desordenada no país, relata o Período Joanino (1808–1821), período este em que o Brasil passou a ser a sede da coroa portuguesa, propiciando ao país uma maior visibilidade política e institucional perante o mundo foi quando a História do país passou a ter uma maior complexidade. O Período Imperial (1822-1889) também é trabalhado no texto, marcado pela idéia de aquele que aprendia deveria ensinar aos outros, as meninas tiveram, esporadicamente, em algumas províncias a possibilidade de estudarem em uma escola Normal. A República Velha (1889-1929), momento histórico marcado pela influencia do modelo educacional estadunidense, com forte influência da filosofia positivista. Nos acontecimentos da Segunda República (1930-1936), expõem a necessidade de uma mão-de-obra mais especializada. Quando trabalha o Estado Novo (1937-1945), ressalta acerca das competências que a União recebe para legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional na República Nova (1946-1963). No golpe de 1964 (1964-1985), onde embora com grande repressão aos professores, aconteceu a expansão das universidades no Brasil chegando à Nova República (1986-2003), onde a educação é tratada mais pelo lado político do que pelo pedagógico. Em síntese, o texto procura delinear conclusões como a da História da Educação Brasileira detentora de um princípio com meio e fim bem demarcado e facilmente observável. Ela é marcada por rupturas marcantes, onde em cada teve suas características ímpares e necessárias para o desenvolvimento da instituição educacional no país.
Textos 3 - Grupo 6: Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias
José Manuel Moran
Curitiba, Champagnat, 2004, páginas 245-253.
Segundo José Manuel Moran, a Internet e as novas tecnologias proporcionam novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Para o autor, os docentes dos cursos presenciais precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço seria o de uma nova sala de aula, melhor equipada e com atividades diferentes. Em alguns momentos o professor leva seus alunos ao laboratório conectado à Internet para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio das tecnologias (segundo espaço). Estas atividades se ampliam à distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet, o que permite diminuir o número de aulas e continuar aprendendo juntos a distância (terceiro espaço). Os cursos precisam prever espaços e tempos de contato com a realidade, de experimentação e de inserção em ambientes profissionais e informais em todas as matérias e ao longo de todos os anos (quarto espaço). Uma das tarefas mais importantes das universidades, escolas e secretarias de educação hoje é planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual e como integrar de forma criativa e inovadora esses espaços e tempos.
Moran reforça a necessidade de ampliar o conceito de integração de reflexão e ação, teoria e prática, sem confinar essa integração somente ao estágio, no fim do curso.
Text 4 - Grupo 6
O PROFESSOR DIANTE DAS NOVAS TECNOLOGIAS OU..
“ROFESSORES, O FUTURO É HOJE!”
Vani Moreira Kenski
Segundo Vani Moreira Kenski, nesta última década muitas foram às alterações que fizemos na nossa prática como professores e pesquisadores. Aprendemos muito. Desafiamos nossos preconceitos diante das máquinas e as colocamos "em seus Aprendemos a não temer as máquinas, a não achar que elas podem nos substituir em nossas funções.
Ainda sentimos insegurança, mas aprendemos a ousar, a ir além, a "aprender fazendo" ou "aprender pelo erro".
O processo desafiador da aprendizagem de uso das tecnologias nos coloca agora diante de novos questionamentos. O conhecimento da manipulação das máquinas e dos equipamentos eletrônicos é apenas um primeiro passo, muito pequeno, em relação a todos os demais desafios que nos circundam e os que se aproximam. Não há tempo a perder. O futuro é hoje.
A partir do domínio do conhecimento tecnológico básico, e de sua aplicação às atividades de ensino, novos desafios e preocupações nos assaltam.
O desenvolvimento de uma cultura informática é essencial na reestruturação da gestão da educação, na reformulação dos programas pedagógicos, na flexibilização das estruturas de ensino, na interdisciplinaridade dos conteúdos, no relacionamento dessas instituições com outras esferas sociais e com a comunidade de forma geral.
As mais modernas tecnologias de informação e comunicação exigem uma reestruturação ampla do sistema escolar de forma geral e não apenas a alteração dos objetivos, dos procedimentos e das metodologias de ensino.
A formação do professor para atender às novas exigências originárias da "cultura informática" na educação precisa refletir esses mesmos aspectos. O mais importante deles é, sem dúvida, a percepção de que a atualização permanente é condição fundamental para o bom exercício da profissão docente.
Em um mundo que muda rapidamente, o professor deve auxiliar seus alunos a analisar criticamente as situações complexas e inesperadas informadas pelas mídias; a desenvolver suas criatividades; a utilizar outros tipos de "racionalidades": a imaginação criadora, a sensibilidade táctil, visual-e auditiva, ser sempre um pesquisador, entre outras. O respeito às diferenças e o sentido de responsabilidade são outros aspectos que o professor deve trabalhar com seus alunos.
Uma política de pessoal que reconheça e valorize suas competências e sua importância, o oferecimento de cursos de aperfeiçoamento e de atualização, além de uma formação inicial de qualidade, um projeto de carreira consistente, a melhoria de suas condições de trabalho e de vida -tudo isso é fundamental para que os professores possam atuar com qualidade hoje e amanhã.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Ações do Governo do Estado do Pará - Inclusão Digital em diversos Municípios do Estado
13/02/2007 - 13h10
Governo promove revolução nas
telecomunicações do Estado
DaRedação
Agência Pará
Para Renato Francês, presidente da Prodepa, a nova rede vai garantir mais qualidade aos serviços e maior economia
O sistema de telecomunicações do governo do Estado vai passar por uma revolução tecnológica com a entrada da administração pública estadual na Rede Metrobel, uma rede metropolitana dedicada à educação, que utiliza fibra ótica própria e que, no Pará, interliga 13 instituições de ensino e pesquisa e 29 sites. O uso da rede pela estrutura do Estado possibilitará não apenas uma economia para os cofres públicos como a melhoria substancial de serviços à população, viabilizando a inclusão digital.
A Rede Metrobel é um projeto da Universidade Federal do Pará (UFPA), financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, que surgiu em 2004 com o objetivo de facilitar o intercâmbio de informações entre instituições públicas de ensino superior na Região Metropolitana de Belém. Hoje, com 40 quilômetros de cabos lançados, a rede interliga também faculdades e organismos como o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
"Um dos maiores problemas do Estado na área da tecnologia da informação são as telecomunicações. Pagamos muito caro para as concessionárias de telefonia por um serviço que quase sempre é ruim", analisa o presidente da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), Renato Francês.
O governo do Estado foi convidado ano passado para integrar a Rede Metrobel - modelo que o governo Federal já replicou em 17 capitais brasileiras das regiões Sul e Sudeste -, mas, curiosamente, o convite foi declinado.
O governo já recebeu os equipamentos que ficarão nos quiosques multimídia e telecentros que serão instalados em escolas, postos de saúde e órgãos da administração pública, onde o público terá acesso aos serviços oferecidos pelo Estado. A política de inclusão digital terá o nome de Programa de Interação e Desenvolvimento Guiado à Universalização do Acesso, cuja sigla é uma expressão bem regional: "Pai d'égua". Inicialmente, serão instalados 20 quiosques, em cidades-pólo.
A entrada do governo na Metrobel também vai garantir qualidade superior aos serviços de telecomunicações de toda a máquina administrativa, levando benefícios para os funcionários e para a população. O acesso à internet ganhará em velocidade e a comunicação de órgãos estaduais localizados no interior será facilitada. Isso sem falar nos serviços à população, como emissão de documentos, educação à distância, telemedicina e sistemas de segurança eletrônica, que poderão ser feitos em tempo real.
Economia
A Metrobel também garantirá uma economia substancial aos cofres públicos. "Para termos idéia de como o Estado vai economizar, basta tomar o exemplo do sistema de câmeras do Centro Integrado de Operações (Ciop), da Polícia Civil. Hoje, o governo paga R$ 70 mil por mês para a Telemar apenas pelo serviço de telecomunicação e por um número muito limitado de câmeras. Com a Metrobel, esse custo não só será zero como será possível instalar câmeras em toda a RMB", compara o presidente da Prodepa.
A Prodepa, segundo ele, executa contratos no valor de R$ 200 mil por mês apenas para manter links de transmissão de dados no Estado, "com uma qualidade aquém do ideal". Fora os contratos de telefonia, que somam R$ 490 mil, mensalmente. A Metrobel vai diminui esses valores para R$ 210 mil, por ano. "Foi uma conquista da governadora a entrada do Estado nessa rede. O que custaria R$ 1,5 milhão para o governo, não custará nada, graças à articulação dela em Brasília, junto ao Ministério de Ciência e Tecnologia", conta.
A UFPA está instalando mais dez quilômetros de cabos ao longo da rodovia Augusto Montenegro, para garantir que as sedes do governo (Palácio dos Despachos) e de outros órgãos importantes - como o Departamento de Trânsito (Detran) - estejam conectadas à rede. "Essa é a melhor tecnologia do mundo, a luz. Além de ser a mais barata. Portanto, o Estado tem nas mãos uma grande ferramenta de gestão, que vai possibilitar, no fim das contas, ofercer um melhor serviço à população", resume Renato Francês.
>> Estado vai usufruir da rede de fibra ótica da Eletronorte
Texto: CCS
Foto: David Alves
13/02/2007 - 14h00
Estado vai usufruir da rede
de fibra ótica da Eletronorte
Da Redação
Agência Pará
Além da Rede Metrobel, o Estado contará ainda com uma tecnologia até então usada apenas pelas Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), detentora da maior rede de fibra ótica do País. Representantes da estatal e a governadora Ana Júlia Carepa assinarão, em março deste ano, um termo de cessão de uso que vai garantir à administração pública estadual chegar aos quatro cantos do Pará.
Havia cinco anos que o governo estadual tentava usar essa rede, sem sucesso. Segundo o presidente da Prodepa, Renato Francês, esta será a verdadeira integração da Amazônia. "Na década de 1970, quando a rodovia Transamazônica foi inaugurada, foi anunciada a integração de toda a região. Hoje, no século XXI, o uso dessa rede de cabos de fibra ótica da Eletronorte pelo governo representa mais do que isso: é a possibilidade de ligar a Amazônia com o resto do mundo", comemora.
Francês diz ainda que esta será a maior ação de inclusão digital do País. "Não temos notícia da interligação de uma estrutura tão grande como a do governo do Estado com uma rede como essa, que era, aliás, subaproveitada, já que, até então, a Eletronorte a usava apenas para consumo interno", avalia, informando que a garantia do uso dos cabos é fruto de articulação da governadora Ana Júlia junto ao Ministério de Minas e Energia e a Eletronorte.
Renato Francês diz ainda que será um desafio administrar a Prodepa neste momento de transformações. Com um orçamento anual de R$ 40 milhões e 320 funcionários, a empresa está desenvolvendo projetos que garantam o aprimoramento da base tecnológica e de telecomunicações da administração. Francês faz parte da equipe de especialistas que elaborou a Metrobel, composta, ainda, pelos professores Antônio Abelém e João Crisóstono Costa.
Texto: CCS
28/03/2007 - 10h02
Convênio viabiliza uso de fibra
ótica no interior do Estado
Da Redação
Agência Pará
Um Convênio de Cooperação Técnica entre as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Eletronorte e o Governo do Estado vai permitir, em curto espaço de tempo, o uso da rede de fibra ótica da concessionária de energia elétrica garantindo o acesso on-line em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará.
O ato de assinatura do convênio acontece nesta sexta-feira (30), às 16 horas no auditório da Prodepa, com o governo sendo representado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia-Sedect e sua interveniente executora, a Empresa de Processamento de Dados - Prodepa.
Na primeira fase do convênio, a ser executado este ano, serão interligadas as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí.
Na segunda fase, prevista para operar em 2008, diversos outros municípios poderão ser conectados ao longo dos mais de 1.000 quilômetros de fibra ótica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte.
Inclusão digital
Os benefícios da implantação da infra-estrutura de telecomunicações para a sociedade paraense são inúmeros. Entre as ações de inclusão digital e cidadania, podem ser destacadas: a criação de telecentros, infocentros e cyber-cafés comunitários, telemedicina, educação à distância, videoconferência, tecnologia de apoio à segurança pública, ações de e-Gov (Governança Eletrônica), telefonia sobre Internet (VoIP) e televisão sobre Internet (IPTV).
A celebração do Convênio contará com a presença da Governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, do Presidente Eletroneorte, Carlos Nascimento, do Secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, do Reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Melo, do Presidente da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino, Nelson Simões da Silva, e do Presidente da Prodepa, Carlos Renato Lisboa Francês, entre outras autoridades.
Texto: CCS
29/03/2007 - 12h29
Estado e Eletronorte firmam convênio
para uso de rede de fibra óptica
Da Redação
Agência Pará
O governo do Estado, por meio da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), e da secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), celebra nesta sexta-feira (30), um termo de cessão de uso com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), que vai permitir ao Estado a utilização da rede de fibra óptica da empresa, considerada a maior rede de fibra óptica do País. A assinatura do acordo vai garantir o acesso on-line em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará.
Com isso, comunidades inteiras poderão dispor de serviços de internet, de graça, e em alta velocidade. Cyber cafés comunitários, e telecentros, que garantem o acesso à internet à população carente, são alguns dos benefícios que poderão ser acessados pela população.
Havia cinco anos que o governo estadual tentava usar essa rede, sem sucesso, explica o presidente da Prodepa, Renato Francês, para quem esta será a verdadeira integração da Amazônia. "Na década de 1970, quando a rodovia Transamazônica foi inaugurada, foi anunciada a integração de toda a região. Hoje, no século XXI, o uso dessa rede de cabos de fibra óptica da Eletronorte pelo governo representa mais do que isso: é a possibilidade de ligar a Amazônia com o resto do mundo", comemora.
Para Francês, esta será a maior ação de inclusão digital do País. "Não temos notícia da interligação de uma estrutura tão grande como a do governo do Estado com uma rede como essa, que era, aliás, subaproveitada, já que, até então, a Eletronorte a usava apenas para consumo interno", avalia. A garantia do uso dos cabos é fruto de articulação da governadora Ana Júlia Carepa junto ao Ministério das Minas e Energia e a Eletronorte.
Renato Francês ressalta que será um desafio maior administrar a Prodepa neste momento de transformações. Com um orçamento anual de R$ 40 milhões e 320 funcionários, a empresa está desenvolvendo projetos que garantam o aprimoramento da base tecnológica e de telecomunicações da administração.
Na primeira fase do convênio serão interligadas as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí. Na segunda fase, prevista para operar em 2008, diversos outros municípios poderão ser conectados ao longo dos mais de 1.000 quilômetros de fibra óptica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte.
Inclusão digital
Os benefícios da implantação da infra-estrutura de telecomunicações para a sociedade paraense são inúmeros. Entre as ações de inclusão digital e cidadania, podem ser destacadas: a criação de telecentros, infocentros e cyber cafés comunitários, telemedicina, educação à distância, videoconferências, tecnologia de apoio à segurança pública, ações de e-Gov (Governança Eletrônica), telefonia sobre Internet (VoIP) e televisão sobre Internet (IPTV).
O ato de assinatura do convênio acontece nesta sexta-feira (30), às 16 horas, no auditório da Prodepa, em Belém, com a presença da governadora Ana Júlia Carepa e representantes da Sedect e Prodepa. O convênio será celebrado, on line, via teleconferência, no Quartel da Polícia Militar de Marabá.
Texto: CCS
30/03/2007 - 20h53
Convênio deslancha processo
de inclusão digital no Estado
Da Redação
Agência Pará
Ana Júlia destacou que o convênio possibilitará diversas ações de governo, entre elas qualidade de vida à população
A assinatura do Convênio de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado e a Eletronorte, realizado nesta sexta feira (30), no auditório da Prodepa, possibilitará ao Governo do Estado a cessão de uso de 1.800 quilômetros de fibra óptica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte. Nesta primeira fase, estarão interligados ao sistema, cinco grandes municípios: Belém, Marabá, Altamira, Santarém e Tucuruí, beneficiando cerca de 4 milhões de pessoas.
Presente na solenidade, o presidente da Prodepa, Renato Francês, lembrou que o processo de inclusão digital no Estado poderia ter iniciado anos atrás. “Foram várias as iniciativas por parte do Governo Federal para efetivar a inclusão digital em nosso Estado. Elas se traduziram em vários programas e em todos eles o Governo Federal exigia contrapartida do Governo Estadual. Mas este entendia que esta ação não era prioritária, criando um hiato de 10 anos no processo de inclusão digital”, destacou o titular da Prodepa, órgão estadual responsável pela execução do projeto em parceria com a Eletronorte.
A governadora Ana Júlia Carepa declarou que a assinatura do convênio se afina com as diretrizes propostas para sua administração. “O convênio que ora assinamos, está em consonância com os três eixos de ação que perpassam as dimensões estratégicas do governo, que são a qualidade de vida, a inovação para o desenvolvimento e a gestão participativa. E a rede de fibra óptica, disponibilizada pela Eletronorte ao Estado, possibilitará diversas ações de governo nesses eixos”, afirmou a governadora.
Segundo ela, a rede de fibra ótica, além de encurtar distâncias, representa a economia de R$ 900 milhões que teriam que ser investidos pelo governo e tem um “incomensurável alcance social”, além de propiciar outras ações inclusivas nas áreas da educação, saúde e segurança pública.
Segundo o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, no Pará, somente 7,5% da população possuem computadores e apenas 3,5% têm acesso à internet. “Não há dúvidas que o Estado deve dedicar especial atenção à incorporação dos segmentos sociais menos favorecidos e de baixa renda à sociedade do conhecimento, utilizando as tecnologias de informação e comunicação disponíveis como instrumento para avançar no combate às desigualdades econômicas e sociais”, informou.
Além de diversos secretários de Estado e dirigentes de órgãos públicos, participaram da solenidade de assinatura do convênio, o vice-governador, Odair Corrêa, e a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Albanira Bemerguy.
Texto: Rosa Borges - CCS
Foto: Eliseu Dias
22/05/2007 - 16h04
UEPA assina acordo de cooperação
técnica sobre fibra ótica
Da Redação
Agência Pará
A Universidade do Estado do Pará (UEPA) assina, nesta terça-feira (22), o Acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Seicom) e a rede de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa) para adesão da instituição ao Convênio de Cooperação Técnica entre o governo do Pará e a Eletronorte, assinado no último dia 30 de março, pela governadora Ana Júlia Carepa e o presidente da estatal, Carlos Nascimento.
A cooperação técnica possibilitará ao Estado a utilização dos cabos de fibra ótica da Eletronorte para fazer a transmissão de dados em alta velocidade entre as cidades do interior do Estado e a capital Belém. A entrada da UEPA no convênio garantirá aos Campi do interior, por onde os cabos passarão, acesso estável e mais veloz à internet.
Tais mudanças trarão ganhos substanciais à realidade dos acadêmicos desses núcleos que poderão contar com ações mais efetivas em termos de educação a distância, através das teleconferências, inclusão digital e pela sólida rede de comunicação interna entre os núcleos da UEPA e outras instituições de ensino e pesquisa. Outra vantagem será a redução dos custos de aluguel para operadora de telecomunicações responsável em manter a conexão da universidade no ar.
O convênio promoverá a integração e interligação digital Estado, através do acesso em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará. Na primeira fase do projeto, a ser executada ainda este ano, as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí serão atendidas, a previsão é de que quatro milhões de pessoas sejam beneficiadas com o convênio. Em 2008, quando entrará em operação a segunda fase das obras, outros municípios serão conectados ao longo dos mais de 1 mil quilômetros de fibra ótica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica.
Texto: Fabrício de Paula - UEPA
29/05/2007 - 11h50
Belém é a 1ª cidade do Brasil com
fibra ótica para ensino e pesquisa
Da Redação
Agência Pará
Ana Júlia assinou o convênio que vai interligar instituições de ensino no Pará, através de rede de fibra ótica
O reitor da UFPA, Alex Fiúza de Melo, também assinou o convênio com o Governo do Estado
"O futuro a gente não faz amanhã, faz agora", enfatizou a governadora Ana Júlia Carepa
O secretário Maurílio Monteiro destacou o papel do Estado no novo modelo de desenvolvimento implantado no Pará
25º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos
Belém é a primeira cidade do Brasil a ter rede ótica para instituições de ensino e pesquisa. O anúncio foi feito na segunda-feira (28), durante o 25º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos, SBRC, que teve a presença da governadora Ana Júlia Carepa e do secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro. A importância desta rede, que vai interligar 12 instituições de pesquisa, em Belém e Ananindeua, é democratizar informações.
O Governo do Estado é parceiro na chamada Rede Metrobel. A parceria foi oficializada com a assinatura de um convênio, entre o governo e a Universidade Federal do Pará, coordenadora da Metrobel, que vai expandir a rede para o interior.
"Nosso maior desafio agora é levar as informações disponibilizadas na rede para as populações urbanas e rurais", disse Avílio Franco, subsecretário do ministério de Ciência e Tecnologia, que representou o ministro Sérgio Rezende.
"O desafio já está sendo enfrentado. Nós assinamos convênio com a Eletronorte que nos possibilita o uso de 1.500 quilômetros de fibra ótica, em vários municípios do Pará. Isso é uma mudança concreta. Com a ajuda da Rede Celpa, até o final do ano os municípios de Santarém e Itaituba já poderão se integrar a esta rede de conhecimentos”, disse a governadora Ana Júlia Carepa.
Para o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ênio Candotti, "o Pará dá um salto de qualidade no ensino e na pesquisa. É um passo necessário e oportuno para universidades e centros de pesquisas, com inclusão social. E a governadora Ana Júlia Carepa teve a sensibilidade e a importância de perceber isso", disse.
Democratização de informações
O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, disse que o novo modelo de desenvolvimento, que está sendo implantado no Pará é "uma forma do Estado ser um indutor do processo na área de circulação de informações, não deixando esta prática apenas na competência da iniciativa privada. Com força de vontade política, vamos ajudar a melhorar a vida da maioria da nossa população", ressaltou o secretário.
Para Antonio Jorge Belém, coordenador da Rede Metrobel, os ganhos com o uso da rede de fibra ótica são a velocidade na transmissão de informações e dados, redução de custos e democratização de informações. "Para se ter uma idéia, o Estado, por exemplo, vai economizar cerca de R$750 mil reais com a sua inclusão na rede."
Segundo informações de Jorge Belém, hoje o Estado gasta cerca de R$1 milhão em pagamentos a provedores de acessos à internet. Com a integração, todas as secretarias e órgãos do governo estarão interligados em uma única rede e o Estado vai custear apenas a manutenção, hoje orçada em R$250 mil. "Levamos este projeto para o governo anterior, mas não houve receptividade. Com o apoio do novo governo, damos um grande passo neste projeto da Metrobel", disse Jorge Belém.
Durante seu discurso, a governadora Ana Júlia Carepa manifestou enorme felicidade em poder, como dirigente do Estado, contribuir para que as populações de Belém e do interior do Estado tenham acesso às informações de ensino e pesquisa, de forma democrática e de alta qualidade. "O futuro a gente não faz amanhã, faz agora", enfatizou a governadora Ana Júlia Carepa.
Texto: Edir Gillet - Gabinete da Governadora
Fotos: Carlos Sodré
01/06/2007 - 17h56
Governo do Estado leva
internet de alta velocidade a Santarém
Da Redação
Agência Pará
Viabilizar o acesso a internet de alta velocidade em localidades sem acesso e a cidadãos e estudantes para quem o acesso é difícil. Este é objeto do termo de cooperação técnica a ser firmado neste sábado (02), entre o governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa) e a Prefeitura Municipal de Santarém (PMS).
O termo vai ser assinado às 9 horas, no Barão Center Hotel, pelo titular da Sedect, Maurílio Monteiro, pelo presidente da Prodepa, Itamar Francês, e pela prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima (PT). Na ocasião, será lançado o site oficial da PMS na internet.
Em seguida, será inaugurado o telecentro da escola municipal Maria Amália, que terá 40 computadores numa estrutura que compreende duas salas e serão utilizados por alunos da rede pública. Participam dos eventos secretários municipais e vereadores de Santarém, além de representantes de instituições de pesquisa e de classe, como empresários e sindicalistas.
Pelo termo de cooperação a ser firmado neste sábado, num prazo máximo de 30 dias o telecentro Maria Amália terá internet de alta velocidade, com a utilização da rede de fibra ótica da Eletronorte, a partir de convênio firmado, no dia 30 de março passado, entre o governo do Estado e a subsidiária de energia para usar a rede e viabilizar programas de inclusão digital no interior.
O termo de coperação prevê ainda a instalação, até o final do ano, em Santarém e localidades vizinhas, de um núcleo do projeto 'Cidade Digital', que, a partir de sinal emitido por rádio (wimax), viabilizará internet sem fio em locais sem acesso à telefonia. O mesmo termo prevê um terceiro item, ligado à tecnologia: a interligação de instituições públicas de Santarém - órgãos municipais, secretarias, escolas, sistema de segurança, judiciário e outros - pela internet de alta velocidade disponibilizada pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que por sua vez será construída no município a partir da transmissão pela rede da Eletronorte.
"Falar em inclusão digital hoje é não apenas comprar computadores, mas ligá-los a um telefone", lembra Maurílio Monteiro. "Por isso este esforço do governo do Estado em viabilizar programas de inclusão no interior, lembrando que estamos abertos a instituições e prefeituras que pretendem firmar convênios semelhantes."
Texto: Edson Coelho - Seicom
03/06/2007 - 17h40
Governo garante internet de
alta velocidade no oeste do Pará
Da Redação
Agência Pará
O secretário Maurílio Monteiro destacou os benefícios do convênio para otimizar os serviços públicos em Santarém
Maurílio Monteiro e a prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins, assinaram o convênio
Além da assinatura do convênio, foram inaugurados dois telecentros na escola municipal Maria Amália
Cada telecentro conta com 21 computadores conectados à internet
Esse final de semana foi dedicado à ciência e à tecnologia em Santarém, oeste do Pará. O governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), assinou com a prefeitura do município, no último sábado (02), termo de cooperação técnica que vai viabilizar o acesso à internet de alta velocidade em localidades sem acesso e a cidadãos e estudantes para quem o acesso é difícil.
O documento prevê três ações centrais: equipar os dois telecentros do município com internet de alta velocidade, num prazo de um mês, utilizando a rede de fibra ótica da Eletronorte, cedida ao governo do Estado por meio de convênio firmado em 30 de março passado; instalar em Santarém um núcleo do projeto Cidade Digital, que levará internet sem fio, por meio de rádio, a bairros e comunidades distantes do centro; e a construção de uma rede de fibra ótica para interligar as principais instituições municipais (secretarias, hospitais, delegacias, escolas) que, por sua vez, serão interligadas, via rede de fibra ótica da Eletronorte, à Rede Nacional de Pesquisa (RNP), formada, entre outras, por todas as universidades federais do Brasil.
Em seu discurso, o titular da Sedect, Maurílio Monteiro, destacou os benefícios do convênio para otimizar os serviços públicos em Santarém e na formação de cidadania a partir da inclusão digital. “O governo vai viabilizar no interior o que chamamos de alfabetização digital, garantindo a qualquer criança e jovem o acesso a internet, ao uso do computador como ferramenta de aprendizagem, para trabalhos com planilhas, e também para que ele possa fazer sua própria página, o seu blog, uma forma dele se mostrar, mostrar sua cultura, e não apenas receber informações e culturas de fora”, comentou.
A prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima, destacou a mudança de foco no governo do Estado e na administração municipal, “que tem na ciência e na tecnologia um dos pilares do programa de governo”, e afirmou que “estamos acostumados a reconhecer grandes obras de infra-estrutura, que são importantes, sim, mas não são tudo, e às vezes não vemos grandes obras na área social e de gestão. Nosso desafio aqui é formar pessoas, formar homens e mulheres independentes, com oportunidades de trabalho e de pensamento. Do jeito que o presidente Lula tirou milhões das trevas, com o programa ‘Luz para Todos', vamos tirar milhares de pessoas da escuridão tecnológica a partir do convênio assinado neste sábado (02)”.
Além da assinatura do convênio, o sábado foi destinado a inauguração de dois telecentros na escola municipal Maria Amália. Cada um deles conta com 21 computadores, conectados à internet, que serão utilizados pelos alunos e pela comunidade. Francisco Correa Lopes, presidente da Associação dos Moradores do Mapiri - bairro onde fica a escola - destacou que “estamos disponibilizando para nossas crianças e jovens a maior biblioteca de todos os tempos, a internet”.
“Santarém é o primeiro município onde os alunos das escolas públicas do interior terão acesso à internet mais veloz que existe, a partir de nosso convênio para usar a rede de fibra ótica da Eletronorte”, destacou Maurílio Monteiro. “Não é possível construir cidadania sem que nossas crianças tenham acesso ao computador e à internet, à informação. É com amor que podemos diminuir a enorme distância que nos separam daqueles que dominam o conhecimento”, completou.
Também neste final de semana, a prefeitura de Santarém lançou na internet o site oficial da cidade (www.santarem.pa.gov.br). Giovana Ramos, do núcleo de informática da administração municipal, fez uma demonstração das principais áreas da página, com destaque para as áreas de serviço (agora, o ISS pode ser tirado on line) e às dedicadas à cultura e ao turismo municipal, como a lista de 23 grandes atrações, com destaque para as praias.
Texto: Edson Coelho - Sedect
Fotos: David Alves
http://www.pa.gov.br
Fibra ótica levará internet ao interior
Caderno Poder de 30/03/2007 – O Liberal.
INCLUSÃO
Estado assina com Eletronorte convênio para utilização de rede
A inclusão digital é um dos grandes desafios do Brasil, e mais ainda para os Estados amazônicos, por causa das grandes distâncias e das condições geográficas. E é de inclusão digital, sobretudo, que tratamos com este convênio.' A declaração do secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia dá o foco do convênio a ser assinado hoje entre o governo do Estado e a Eletronorte, pelo qual o Pará vai utilizar a rede de fibra ótica da distribuidora de energia para levar internet de alta velocidade a vários municípios. O convênio será assinado às 16 horas, na Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa).
Os benefícios da rede serão praticamente imediatos nos municípios de Santarém, Rurópolis, Uruará, Altamira, Tucuruí, Jacundá, Marabá, Belém, Barcarena e Santa Maria. 'Vamos instalar nestes municípios, onde a rede de fibra já está seccionada, infocentros de 10 a 20 computadores, que não apenas poderão ser acessados pela comunidade, como também haverá treinamentos sobre a utilização das máquinas, softwares e aplicativos referentes à internet', anuncia Maurílio.
A internet de alta velocidade também vai proporcionar uma integração administrativa de órgãos do Estado e das prefeituras, promovendo uma interação entre os serviços prestados. 'A telemedicina será um dos setores mais beneficiados, com a oferta de serviços e informação na área da saúde dentro das próprias comunidades, excluindo a necessidade de locomoção para os centros de referência', diz Maurílio. 'Isso vai ampliar as ações de profissionais e agentes de saúde comunitários em prevenção, diagnóstico e tratamento de várias doenças. E permitirá, nas comunidades mais remotas, o acesso local a especialistas e a melhoria na assistência primária em saúde.'
Também serão imediatamente beneficiadas a pesquisa, a educação à distância, a segurança, o controle ambiental, entre outros setores. Hoje mesmo, durante a assinatura do convênio, será assinado um tempo termo de cooperação entre a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a prefeitura de Marabá, pela qual aquele município terá acesso, via internet de alta velocidade, ao banco de dados da secretaria, com mapas ambientais atualizados da região.
Maurílio lembra que, se o Estado fosse implantar 1.500 quilômetros de fibra ótica, gastaria hoje cerca de R$ 900 milhões, sem falar na questão do tempo, do licenciamento ambiental, da superação de barreiras geográficas etc. 'Ou seja, ganhamos, de forma imediata, uma obra de grandes proporções, que vai ampliar de maneira formidável o alcance social da rede de transmissão da Eletronorte.'
O titular da Sedect lembra ainda que a governadora Ana Júlia Carepa já está negociando com o Ministério da Ciência e Tecnologia recursos para estender a rede de Santa Maria até Bragança, beneficiando todos os municípios do percurso. 'É preciso destacar que o acesso à informação e à tecnologia é sobretudo uma questão de cidadania e qualidade vida. Todos os países desenvolvidos investiram de forma potencial na informação. 41% dos usuários da internet estão nos Estados e Canadá, os dois países mais desenvolvidos do continente', lembra Maurílio.
Convênio leva internet ao interior
Caderno Poder de 31/03/2007 – O Liberal.
A governadora Ana Júlia Carepa assinou convênio de cooperação técnica com as Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), representada na solenidade pelo presidente da instituição, Carlos Nascimento. A estatal federal cedeu o uso de mais de 1,1 mil quilômetros da rede de fibra ótica, sem nenhum custo aos cofres estaduais, o que vai possibilitar a inclusão digital de mais de dois milhões de pessoas, a contar dos habitantes de Belém, Marabá, Santarém, Altamira e Tucuruí. O titular da Secretaria Executiva de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, afirma que para operacionalizar e democratizar o acesso à internet nas demais cidades paraenses é preciso captar parte dos R$ 9,7 bilhões do governo federal.
Maurílio explica que parte deste recurso federal, cerca de 5,3%, será disponibilizado aos Estados para contemplar projetos que aumentem o acesso em banda larga da população mais carente à rede mundial de computadores. O Pará está no fim da fila quando o assunto é inclusão digital, porque somente 3,5% de quase sete milhões de habitantes acessam a internet. A intenção, segundo o secretário, é integrar os 143 municípios através de ramificações atreladas às estações nas cidades-pólos. Não seria necessário nova 'estrutura física', isto é, novas fiações. A próxima etapa deve usar a tecnologia 'Wi Mas', a que transmite os dados via ondas de rádio. Não há garantias de que a verba federal seja destinada ao Pará, mas o secretário garante que as condições conquistadas no convênio com a Eletronorte configuram uma vantagem para a proposta paraense de captação do dinheiro.
Amazônia é tema de debates
A insustentabilidade dos grandes projetos para a Amazônia e as estratégias dos movimentos sociais em 2007 estão entre os subtemas debatidos durante o seminário 'Os Grandes Projetos Para Amazônia', que está sendo realizado desde ontem, no auditório do Centro Integrado de Serviços para Necessidades Especiais (Cisne). Dom Erwin krautler, bispo da Prelazia do Xingu, e João Stédile, economista e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), foram os convidados especiais do primeiro dia de debates.
Lideranças de diversos movimentos sociais estão participando do seminário. 'Os debates relacionados às questões voltadas para a Amazônia são de fundamental importância, pois trata-se de uma região muito rica, mas muito explorada. Muitos também enriquecem na Amazônia e destroem o meio ambiente, enquanto o povo da região fica cada vez mais pobre. Nossa intenção é discutir os projetos para a Amazônia', disse Adriana Oliveira, do movimento CNBB Norte 2.
O leilão de venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que ocorreu no ano de 1997, foi um dos assuntos debatidos durante a plenária. De acordo com Lindomar Silva, da coordenação do evento, a venda da companhia teria que passar por consulta popular, 'Foi um leilão que não teve nenhuma validade e a Justiça teria afirmado isso. A população tem o direito de escolher se a empresa devia ou não ir a leilão, daí a necessidade do plebiscito que vai ser realizado no dia 7 de setembro. Somente uma forte mobilização popular pode conseguir resultados concretos para reverter a venda da Vale do Rio Doce para o capital privado'.
Inovação é a saída para desenvolver
Caderno Poder de 27/05/2007 – O Liberal.
Maurílio Monteiro propõe exploração qualificada das riquezas do Pará
Como tirar o Pará da condição de exportador de matéria-prima? Como agregar valor - maior intensidade de ciência e tecnologia - aos nossos produtos e processos? Como falar em desenvolvimento sustentável - para todos, de forma auto-suficiente, duradoura - numa região rica em recursos naturais, mas distante dos grandes centros econômicos e com um povo pobre e historicamente excluído? Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, as respostas a essas questões se resumem numa palavra: inovação. 'Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento que, em vez de concentração de renda, promova uma exploração mais qualificada de nossos recursos naturais', prega o secretário. 'Precisamos desenvolver produtos que tenham a cara do Pará, o nosso jeito da fazer, utilizando nosso capital humano, social e cultural', diz Maurílio Monteiro. Graduado em História pela Universidade Federal do Pará, com mestrado em Planejamento do Desenvolvimento e doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, ambos pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-Naea, da UFPA, ele sabe bem que inovação significa pesquisa e que não há pesquisa sem mestres e doutores, sem laboratórios e equipamentos. O grande desafio de implantar um novo modelo de desenvolvimento no Pará é, portanto, o desafio de se fazer ciência na Amazônia. Na entrevista a seguir, Maurílio detalha os planos do governo do Estado para enfrentar esse desafio, com a consciência de que os resultados da pesquisa - os benefícios da ciência - não são a curto prazo.
Em que consiste o novo modelo de desenvolvimento proposto pelo governo do Estado?
Historicamente, as tentativas de se desenvolver a Amazônia se baseavam em grandes espaços usados para culturas homogêneas: a plantação de milhões de árvores de pínus ou de eucalipto para produzir celulose; a pecuária de corte; grandes empresas e fazendas nas quais se pratica a monocultura; e as gigantescas empresas mineradoras, metalúrgicas e químicas. Tal modelo levou o Estado a estimular a concentração de capitais e a restringir a propriedade dos meios de produção. Além disso, se introduziram na região matrizes tecnológicas ambientalmente danosas, desenvolvidas na relação com outros ecossistemas, que negam o capital natural da diversidade biológica amazônica. Um projeto de desenvolvimento sustentável para a região deve romper com a replicação regional de tecnologias e técnicas. É baseando-se na associação do capital físico com o capital humano e com o capital social que se pode elaborar um programa duradouro de criação de vantagens competitivas. Uma nova estratégia requer, em termos práticos, uma nova lógica de desenvolvimento territorial, um sistema de proteção social, um sistema estadual de inovações, a reestruturação da política de aporte financeiro, tributário, creditício e tecnológico aos programas e iniciativas de desenvolvimento regional.
Como esse projeto pode virar realidade?
As ações propostas pelo governo do Estado visam ao que chamo de enraizamento social do desenvolvimento. Aos grandes produtores e indústrias, o Estado vai sinalizar, de forma clara, quais as áreas que poderão ser exploradas para culturas em alta escala e de forma homogênea (plantação de grãos, pecuária, etc). Também buscaremos identificar e eliminar, nos processos de produção em alta escala, os entraves de infra-estrutura, tecnológicos, de gestão, de financiamentos, que dificultam a verticalização da produção ou a agregação regional de maior valor. Qual o ponto de estrangulamento, por exemplo, que impede a fabricação e a industrialização de produtos? O que impede a maior transformação de soja em óleo, de carne em produtos enlatados? Também vamos estimular a pesquisa, aqui, entre as grandes empresas e produtores, que devem ter linhas de pesquisas próprias na região, e não somente importar processos desenvolvidos noutros lugares. Quanto aos pequenos produtores e empresários (de produção mais diversificada), serão atendidos de duas formas básicas: por meio da indução à produção científica, tecnológica e de inovação e também pelo reforço e ampliação de uma política diferenciada de linhas de crédito. (Na questão do crédito, por exemplo, a governadora lançou na sexta-feira passada, na Federação das Indústrias do Pará, o Fundo de Desenvolvimento Industrial Sustentável, que funcionará da seguinte forma: parte do dinheiro do ICMS formará o fundo, que voltará ao produtor em forma de empréstimo, a juros módicos e com prazo de 36 meses para começar a pagar. Isto vai financiar, sobretudo, iniciativas de micro e pequenas empresas.)
E como explorar, de forma mais qualificada, os recursos naturais, sem agredir ao meio ambiente?
Nós temos certeza de que o lócus privilegiado de inovação é a empresa; o governo atuará como agente indutor. Vamos induzir processos para transformar em competitividade nossa diversidade ambiental, cultural, social, climática, etc. incorporar ciência e tecnologia à inovação de processos e produtos únicos. Para você ter uma idéia, a pauta de exportação do Brasil de produtos com alta tecnologia é de 9,3%; a do Pará é 0%. A pauta nacional de alta e média tecnologia é de 30,80; a do Pará, de apenas 1,6%. Transpondo isto para as empresas: do nosso volume total exportado, as pequenas e micro empresas respondem por apenas 1,94%; as grandes empresas, por 90,36%. E estas grandes empresas exportam produtos quase que primários, sob o ponto de vista da intensidade tecnológica. O modelo atual, portanto, concentra a renda e nega a diversidade biológica da região.
O novo modelo de desenvolvimento já tem ações práticas de implementação?
Sim, várias. Primeiro, no nome da secretaria que criamos foi aliada a palavra 'desenvolvimento' às palavras 'ciência' e 'tecnologia', o que de certa forma resume as intenções de longo prazo. Já fizemos um acordo para utilizar os 1.500 quilômetros de fibra ótica da Eletronorte, o que viabilizará um grande programa de inclusão digital em pólos de desenvolvimento importantes, como Marabá e Santarém. A governadora Ana Júlia pediu ao presidente Lula, com amplas possibilidades de atendimento, duas novas universidades federais para o Pará, uma no oeste e outra no sul do Estado. Também requisitou para o Estado 200 doutores a mais do que o previsto pelo Ministério da Educação. O governo estadual também ofereceu contrapartidas importantes ao Ministério da Ciência e Tecnologia-CNPq e, com isso, pôde oferecer centenas de bolsas para formação de mestres e doutores, de estímulo à pesquisa entre estudantes da rede pública e também para projetos de pesquisa individual e em grupo. Também vamos criar a Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa) e já iniciamos a implementação de três centros de ciência e tecnologia no Estado (em Belém, Marabá e Santarém) com as pesquisas focadas na vocação de cada região. São ações práticas, que, no futuro, podem viabilizar o que sintetizo como um sistema regional de inovação.
Num futuro próximo, distante?
Se, em quatro anos, tivermos criado as condições para que este projeto ganhe a própria dinâmica, teremos desempenhado um grande papel. E temos consciência de que, para que este projeto ganhe forças e já produza os resultados sociais a curto e médio prazos, é necessário o engajamento de amplos setores da sociedade. É necessário pactuar com os principais agentes, dialogar e desenvolver estratégias para que este seja um projeto estadual e regional. Não apenas isso: precisa ser um projeto em nível de Brasil, e o governo federal também já sabe que os modelos que desenvolveram outros Estados não se aplicam à Amazônia. Nossa região é estratégica no plano internacional e precisa ser estratégica no plano nacional.
O que mais vai crescer nos próximos anos?
O setor mínero-metalúrgico. Acontece que há, aí, evidentes limitações à verticalização. Vamos implementar políticas específicas para eliminar esses entraves e promover o que chamamos de efeitos de transbordamento, ou seja, que os benefícios transbordem para o entorno das grandes empresas. Isso pode acontecer com transferência de técnicas gerenciais, de tecnologias, e também de compras, pelas grandes empresas, de insumos, serviços e equipamentos de empresas paraenses.
Internet via rádio em escolas
Caderno Notícias de 08/05/2007 – Amazônia Jornal
Quarenta escolas estaduais de Belém, Ananindeua, Marituba e Mosqueiro terão acesso à internet por meio de rádio. O uso da tecnologia será possível graças ao convênio assinado ontem entre a Secretaria Executiva de Educação (Seduc) e a Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa). No total, 200 colégios estão conectados, atualmente, à rede mundial de computadores, mas isso ainda representa apenas um terço da rede de ensino estadual.
O convênio permite à Seduc a utilização da torre da Funtelpa, na avenida Almirante Barroso, para transmitir o sinal que fará chegar a internet às escolas. Outras 160 unidades escolares já estão interligadas, mas por meio de outras formas pagas de conexão porque estão num raio de ação não alcançado pela torre de transmissão da fundação.
Por causa desse impedimento técnico, outras alternativas estão sendo estudadas para permitir a ampliação do número de escolas conectadas. Pode ser através de satélite ou fibra ótica. No caso do rádio, via Funtelpa, a principal vantagem é a redução de gastos.
Ontem à tarde, foi iniciada a discussão entre vários órgãos estaduais sobre a estrutura disponível no Estado para se alcançar a expansão. Mesmo na sede da Seduc, em Belém, ainda falta garantir o acesso à internet para 40% dos profissionais.
Para Melo, a criação da infra-estrutura é um desafio ao plano de inclusão digital que, prevê, entre outras coisas, a criação de telecentros com acesso gratuito à população. No caso das escolas já conectadas através do programa que vem sendo chamado 'Seduc Net', o acesso já será garantido com a disponilidade dos laboratórios de informática para a população em geral aos finais de semana.
Governo promove revolução nas
telecomunicações do Estado
DaRedação
Agência Pará
Para Renato Francês, presidente da Prodepa, a nova rede vai garantir mais qualidade aos serviços e maior economia
O sistema de telecomunicações do governo do Estado vai passar por uma revolução tecnológica com a entrada da administração pública estadual na Rede Metrobel, uma rede metropolitana dedicada à educação, que utiliza fibra ótica própria e que, no Pará, interliga 13 instituições de ensino e pesquisa e 29 sites. O uso da rede pela estrutura do Estado possibilitará não apenas uma economia para os cofres públicos como a melhoria substancial de serviços à população, viabilizando a inclusão digital.
A Rede Metrobel é um projeto da Universidade Federal do Pará (UFPA), financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, que surgiu em 2004 com o objetivo de facilitar o intercâmbio de informações entre instituições públicas de ensino superior na Região Metropolitana de Belém. Hoje, com 40 quilômetros de cabos lançados, a rede interliga também faculdades e organismos como o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
"Um dos maiores problemas do Estado na área da tecnologia da informação são as telecomunicações. Pagamos muito caro para as concessionárias de telefonia por um serviço que quase sempre é ruim", analisa o presidente da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), Renato Francês.
O governo do Estado foi convidado ano passado para integrar a Rede Metrobel - modelo que o governo Federal já replicou em 17 capitais brasileiras das regiões Sul e Sudeste -, mas, curiosamente, o convite foi declinado.
O governo já recebeu os equipamentos que ficarão nos quiosques multimídia e telecentros que serão instalados em escolas, postos de saúde e órgãos da administração pública, onde o público terá acesso aos serviços oferecidos pelo Estado. A política de inclusão digital terá o nome de Programa de Interação e Desenvolvimento Guiado à Universalização do Acesso, cuja sigla é uma expressão bem regional: "Pai d'égua". Inicialmente, serão instalados 20 quiosques, em cidades-pólo.
A entrada do governo na Metrobel também vai garantir qualidade superior aos serviços de telecomunicações de toda a máquina administrativa, levando benefícios para os funcionários e para a população. O acesso à internet ganhará em velocidade e a comunicação de órgãos estaduais localizados no interior será facilitada. Isso sem falar nos serviços à população, como emissão de documentos, educação à distância, telemedicina e sistemas de segurança eletrônica, que poderão ser feitos em tempo real.
Economia
A Metrobel também garantirá uma economia substancial aos cofres públicos. "Para termos idéia de como o Estado vai economizar, basta tomar o exemplo do sistema de câmeras do Centro Integrado de Operações (Ciop), da Polícia Civil. Hoje, o governo paga R$ 70 mil por mês para a Telemar apenas pelo serviço de telecomunicação e por um número muito limitado de câmeras. Com a Metrobel, esse custo não só será zero como será possível instalar câmeras em toda a RMB", compara o presidente da Prodepa.
A Prodepa, segundo ele, executa contratos no valor de R$ 200 mil por mês apenas para manter links de transmissão de dados no Estado, "com uma qualidade aquém do ideal". Fora os contratos de telefonia, que somam R$ 490 mil, mensalmente. A Metrobel vai diminui esses valores para R$ 210 mil, por ano. "Foi uma conquista da governadora a entrada do Estado nessa rede. O que custaria R$ 1,5 milhão para o governo, não custará nada, graças à articulação dela em Brasília, junto ao Ministério de Ciência e Tecnologia", conta.
A UFPA está instalando mais dez quilômetros de cabos ao longo da rodovia Augusto Montenegro, para garantir que as sedes do governo (Palácio dos Despachos) e de outros órgãos importantes - como o Departamento de Trânsito (Detran) - estejam conectadas à rede. "Essa é a melhor tecnologia do mundo, a luz. Além de ser a mais barata. Portanto, o Estado tem nas mãos uma grande ferramenta de gestão, que vai possibilitar, no fim das contas, ofercer um melhor serviço à população", resume Renato Francês.
>> Estado vai usufruir da rede de fibra ótica da Eletronorte
Texto: CCS
Foto: David Alves
13/02/2007 - 14h00
Estado vai usufruir da rede
de fibra ótica da Eletronorte
Da Redação
Agência Pará
Além da Rede Metrobel, o Estado contará ainda com uma tecnologia até então usada apenas pelas Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), detentora da maior rede de fibra ótica do País. Representantes da estatal e a governadora Ana Júlia Carepa assinarão, em março deste ano, um termo de cessão de uso que vai garantir à administração pública estadual chegar aos quatro cantos do Pará.
Havia cinco anos que o governo estadual tentava usar essa rede, sem sucesso. Segundo o presidente da Prodepa, Renato Francês, esta será a verdadeira integração da Amazônia. "Na década de 1970, quando a rodovia Transamazônica foi inaugurada, foi anunciada a integração de toda a região. Hoje, no século XXI, o uso dessa rede de cabos de fibra ótica da Eletronorte pelo governo representa mais do que isso: é a possibilidade de ligar a Amazônia com o resto do mundo", comemora.
Francês diz ainda que esta será a maior ação de inclusão digital do País. "Não temos notícia da interligação de uma estrutura tão grande como a do governo do Estado com uma rede como essa, que era, aliás, subaproveitada, já que, até então, a Eletronorte a usava apenas para consumo interno", avalia, informando que a garantia do uso dos cabos é fruto de articulação da governadora Ana Júlia junto ao Ministério de Minas e Energia e a Eletronorte.
Renato Francês diz ainda que será um desafio administrar a Prodepa neste momento de transformações. Com um orçamento anual de R$ 40 milhões e 320 funcionários, a empresa está desenvolvendo projetos que garantam o aprimoramento da base tecnológica e de telecomunicações da administração. Francês faz parte da equipe de especialistas que elaborou a Metrobel, composta, ainda, pelos professores Antônio Abelém e João Crisóstono Costa.
Texto: CCS
28/03/2007 - 10h02
Convênio viabiliza uso de fibra
ótica no interior do Estado
Da Redação
Agência Pará
Um Convênio de Cooperação Técnica entre as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Eletronorte e o Governo do Estado vai permitir, em curto espaço de tempo, o uso da rede de fibra ótica da concessionária de energia elétrica garantindo o acesso on-line em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará.
O ato de assinatura do convênio acontece nesta sexta-feira (30), às 16 horas no auditório da Prodepa, com o governo sendo representado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia-Sedect e sua interveniente executora, a Empresa de Processamento de Dados - Prodepa.
Na primeira fase do convênio, a ser executado este ano, serão interligadas as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí.
Na segunda fase, prevista para operar em 2008, diversos outros municípios poderão ser conectados ao longo dos mais de 1.000 quilômetros de fibra ótica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte.
Inclusão digital
Os benefícios da implantação da infra-estrutura de telecomunicações para a sociedade paraense são inúmeros. Entre as ações de inclusão digital e cidadania, podem ser destacadas: a criação de telecentros, infocentros e cyber-cafés comunitários, telemedicina, educação à distância, videoconferência, tecnologia de apoio à segurança pública, ações de e-Gov (Governança Eletrônica), telefonia sobre Internet (VoIP) e televisão sobre Internet (IPTV).
A celebração do Convênio contará com a presença da Governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, do Presidente Eletroneorte, Carlos Nascimento, do Secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, do Reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Melo, do Presidente da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino, Nelson Simões da Silva, e do Presidente da Prodepa, Carlos Renato Lisboa Francês, entre outras autoridades.
Texto: CCS
29/03/2007 - 12h29
Estado e Eletronorte firmam convênio
para uso de rede de fibra óptica
Da Redação
Agência Pará
O governo do Estado, por meio da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), e da secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), celebra nesta sexta-feira (30), um termo de cessão de uso com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), que vai permitir ao Estado a utilização da rede de fibra óptica da empresa, considerada a maior rede de fibra óptica do País. A assinatura do acordo vai garantir o acesso on-line em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará.
Com isso, comunidades inteiras poderão dispor de serviços de internet, de graça, e em alta velocidade. Cyber cafés comunitários, e telecentros, que garantem o acesso à internet à população carente, são alguns dos benefícios que poderão ser acessados pela população.
Havia cinco anos que o governo estadual tentava usar essa rede, sem sucesso, explica o presidente da Prodepa, Renato Francês, para quem esta será a verdadeira integração da Amazônia. "Na década de 1970, quando a rodovia Transamazônica foi inaugurada, foi anunciada a integração de toda a região. Hoje, no século XXI, o uso dessa rede de cabos de fibra óptica da Eletronorte pelo governo representa mais do que isso: é a possibilidade de ligar a Amazônia com o resto do mundo", comemora.
Para Francês, esta será a maior ação de inclusão digital do País. "Não temos notícia da interligação de uma estrutura tão grande como a do governo do Estado com uma rede como essa, que era, aliás, subaproveitada, já que, até então, a Eletronorte a usava apenas para consumo interno", avalia. A garantia do uso dos cabos é fruto de articulação da governadora Ana Júlia Carepa junto ao Ministério das Minas e Energia e a Eletronorte.
Renato Francês ressalta que será um desafio maior administrar a Prodepa neste momento de transformações. Com um orçamento anual de R$ 40 milhões e 320 funcionários, a empresa está desenvolvendo projetos que garantam o aprimoramento da base tecnológica e de telecomunicações da administração.
Na primeira fase do convênio serão interligadas as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí. Na segunda fase, prevista para operar em 2008, diversos outros municípios poderão ser conectados ao longo dos mais de 1.000 quilômetros de fibra óptica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte.
Inclusão digital
Os benefícios da implantação da infra-estrutura de telecomunicações para a sociedade paraense são inúmeros. Entre as ações de inclusão digital e cidadania, podem ser destacadas: a criação de telecentros, infocentros e cyber cafés comunitários, telemedicina, educação à distância, videoconferências, tecnologia de apoio à segurança pública, ações de e-Gov (Governança Eletrônica), telefonia sobre Internet (VoIP) e televisão sobre Internet (IPTV).
O ato de assinatura do convênio acontece nesta sexta-feira (30), às 16 horas, no auditório da Prodepa, em Belém, com a presença da governadora Ana Júlia Carepa e representantes da Sedect e Prodepa. O convênio será celebrado, on line, via teleconferência, no Quartel da Polícia Militar de Marabá.
Texto: CCS
30/03/2007 - 20h53
Convênio deslancha processo
de inclusão digital no Estado
Da Redação
Agência Pará
Ana Júlia destacou que o convênio possibilitará diversas ações de governo, entre elas qualidade de vida à população
A assinatura do Convênio de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado e a Eletronorte, realizado nesta sexta feira (30), no auditório da Prodepa, possibilitará ao Governo do Estado a cessão de uso de 1.800 quilômetros de fibra óptica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica da Eletronorte. Nesta primeira fase, estarão interligados ao sistema, cinco grandes municípios: Belém, Marabá, Altamira, Santarém e Tucuruí, beneficiando cerca de 4 milhões de pessoas.
Presente na solenidade, o presidente da Prodepa, Renato Francês, lembrou que o processo de inclusão digital no Estado poderia ter iniciado anos atrás. “Foram várias as iniciativas por parte do Governo Federal para efetivar a inclusão digital em nosso Estado. Elas se traduziram em vários programas e em todos eles o Governo Federal exigia contrapartida do Governo Estadual. Mas este entendia que esta ação não era prioritária, criando um hiato de 10 anos no processo de inclusão digital”, destacou o titular da Prodepa, órgão estadual responsável pela execução do projeto em parceria com a Eletronorte.
A governadora Ana Júlia Carepa declarou que a assinatura do convênio se afina com as diretrizes propostas para sua administração. “O convênio que ora assinamos, está em consonância com os três eixos de ação que perpassam as dimensões estratégicas do governo, que são a qualidade de vida, a inovação para o desenvolvimento e a gestão participativa. E a rede de fibra óptica, disponibilizada pela Eletronorte ao Estado, possibilitará diversas ações de governo nesses eixos”, afirmou a governadora.
Segundo ela, a rede de fibra ótica, além de encurtar distâncias, representa a economia de R$ 900 milhões que teriam que ser investidos pelo governo e tem um “incomensurável alcance social”, além de propiciar outras ações inclusivas nas áreas da educação, saúde e segurança pública.
Segundo o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, no Pará, somente 7,5% da população possuem computadores e apenas 3,5% têm acesso à internet. “Não há dúvidas que o Estado deve dedicar especial atenção à incorporação dos segmentos sociais menos favorecidos e de baixa renda à sociedade do conhecimento, utilizando as tecnologias de informação e comunicação disponíveis como instrumento para avançar no combate às desigualdades econômicas e sociais”, informou.
Além de diversos secretários de Estado e dirigentes de órgãos públicos, participaram da solenidade de assinatura do convênio, o vice-governador, Odair Corrêa, e a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Albanira Bemerguy.
Texto: Rosa Borges - CCS
Foto: Eliseu Dias
22/05/2007 - 16h04
UEPA assina acordo de cooperação
técnica sobre fibra ótica
Da Redação
Agência Pará
A Universidade do Estado do Pará (UEPA) assina, nesta terça-feira (22), o Acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Seicom) e a rede de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa) para adesão da instituição ao Convênio de Cooperação Técnica entre o governo do Pará e a Eletronorte, assinado no último dia 30 de março, pela governadora Ana Júlia Carepa e o presidente da estatal, Carlos Nascimento.
A cooperação técnica possibilitará ao Estado a utilização dos cabos de fibra ótica da Eletronorte para fazer a transmissão de dados em alta velocidade entre as cidades do interior do Estado e a capital Belém. A entrada da UEPA no convênio garantirá aos Campi do interior, por onde os cabos passarão, acesso estável e mais veloz à internet.
Tais mudanças trarão ganhos substanciais à realidade dos acadêmicos desses núcleos que poderão contar com ações mais efetivas em termos de educação a distância, através das teleconferências, inclusão digital e pela sólida rede de comunicação interna entre os núcleos da UEPA e outras instituições de ensino e pesquisa. Outra vantagem será a redução dos custos de aluguel para operadora de telecomunicações responsável em manter a conexão da universidade no ar.
O convênio promoverá a integração e interligação digital Estado, através do acesso em alta velocidade a diversas localidades do interior do Pará. Na primeira fase do projeto, a ser executada ainda este ano, as cidades de Altamira, Marabá, Santarém e Tucuruí serão atendidas, a previsão é de que quatro milhões de pessoas sejam beneficiadas com o convênio. Em 2008, quando entrará em operação a segunda fase das obras, outros municípios serão conectados ao longo dos mais de 1 mil quilômetros de fibra ótica que acompanham a linha de transmissão de energia elétrica.
Texto: Fabrício de Paula - UEPA
29/05/2007 - 11h50
Belém é a 1ª cidade do Brasil com
fibra ótica para ensino e pesquisa
Da Redação
Agência Pará
Ana Júlia assinou o convênio que vai interligar instituições de ensino no Pará, através de rede de fibra ótica
O reitor da UFPA, Alex Fiúza de Melo, também assinou o convênio com o Governo do Estado
"O futuro a gente não faz amanhã, faz agora", enfatizou a governadora Ana Júlia Carepa
O secretário Maurílio Monteiro destacou o papel do Estado no novo modelo de desenvolvimento implantado no Pará
25º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos
Belém é a primeira cidade do Brasil a ter rede ótica para instituições de ensino e pesquisa. O anúncio foi feito na segunda-feira (28), durante o 25º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos, SBRC, que teve a presença da governadora Ana Júlia Carepa e do secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro. A importância desta rede, que vai interligar 12 instituições de pesquisa, em Belém e Ananindeua, é democratizar informações.
O Governo do Estado é parceiro na chamada Rede Metrobel. A parceria foi oficializada com a assinatura de um convênio, entre o governo e a Universidade Federal do Pará, coordenadora da Metrobel, que vai expandir a rede para o interior.
"Nosso maior desafio agora é levar as informações disponibilizadas na rede para as populações urbanas e rurais", disse Avílio Franco, subsecretário do ministério de Ciência e Tecnologia, que representou o ministro Sérgio Rezende.
"O desafio já está sendo enfrentado. Nós assinamos convênio com a Eletronorte que nos possibilita o uso de 1.500 quilômetros de fibra ótica, em vários municípios do Pará. Isso é uma mudança concreta. Com a ajuda da Rede Celpa, até o final do ano os municípios de Santarém e Itaituba já poderão se integrar a esta rede de conhecimentos”, disse a governadora Ana Júlia Carepa.
Para o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ênio Candotti, "o Pará dá um salto de qualidade no ensino e na pesquisa. É um passo necessário e oportuno para universidades e centros de pesquisas, com inclusão social. E a governadora Ana Júlia Carepa teve a sensibilidade e a importância de perceber isso", disse.
Democratização de informações
O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, disse que o novo modelo de desenvolvimento, que está sendo implantado no Pará é "uma forma do Estado ser um indutor do processo na área de circulação de informações, não deixando esta prática apenas na competência da iniciativa privada. Com força de vontade política, vamos ajudar a melhorar a vida da maioria da nossa população", ressaltou o secretário.
Para Antonio Jorge Belém, coordenador da Rede Metrobel, os ganhos com o uso da rede de fibra ótica são a velocidade na transmissão de informações e dados, redução de custos e democratização de informações. "Para se ter uma idéia, o Estado, por exemplo, vai economizar cerca de R$750 mil reais com a sua inclusão na rede."
Segundo informações de Jorge Belém, hoje o Estado gasta cerca de R$1 milhão em pagamentos a provedores de acessos à internet. Com a integração, todas as secretarias e órgãos do governo estarão interligados em uma única rede e o Estado vai custear apenas a manutenção, hoje orçada em R$250 mil. "Levamos este projeto para o governo anterior, mas não houve receptividade. Com o apoio do novo governo, damos um grande passo neste projeto da Metrobel", disse Jorge Belém.
Durante seu discurso, a governadora Ana Júlia Carepa manifestou enorme felicidade em poder, como dirigente do Estado, contribuir para que as populações de Belém e do interior do Estado tenham acesso às informações de ensino e pesquisa, de forma democrática e de alta qualidade. "O futuro a gente não faz amanhã, faz agora", enfatizou a governadora Ana Júlia Carepa.
Texto: Edir Gillet - Gabinete da Governadora
Fotos: Carlos Sodré
01/06/2007 - 17h56
Governo do Estado leva
internet de alta velocidade a Santarém
Da Redação
Agência Pará
Viabilizar o acesso a internet de alta velocidade em localidades sem acesso e a cidadãos e estudantes para quem o acesso é difícil. Este é objeto do termo de cooperação técnica a ser firmado neste sábado (02), entre o governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa) e a Prefeitura Municipal de Santarém (PMS).
O termo vai ser assinado às 9 horas, no Barão Center Hotel, pelo titular da Sedect, Maurílio Monteiro, pelo presidente da Prodepa, Itamar Francês, e pela prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima (PT). Na ocasião, será lançado o site oficial da PMS na internet.
Em seguida, será inaugurado o telecentro da escola municipal Maria Amália, que terá 40 computadores numa estrutura que compreende duas salas e serão utilizados por alunos da rede pública. Participam dos eventos secretários municipais e vereadores de Santarém, além de representantes de instituições de pesquisa e de classe, como empresários e sindicalistas.
Pelo termo de cooperação a ser firmado neste sábado, num prazo máximo de 30 dias o telecentro Maria Amália terá internet de alta velocidade, com a utilização da rede de fibra ótica da Eletronorte, a partir de convênio firmado, no dia 30 de março passado, entre o governo do Estado e a subsidiária de energia para usar a rede e viabilizar programas de inclusão digital no interior.
O termo de coperação prevê ainda a instalação, até o final do ano, em Santarém e localidades vizinhas, de um núcleo do projeto 'Cidade Digital', que, a partir de sinal emitido por rádio (wimax), viabilizará internet sem fio em locais sem acesso à telefonia. O mesmo termo prevê um terceiro item, ligado à tecnologia: a interligação de instituições públicas de Santarém - órgãos municipais, secretarias, escolas, sistema de segurança, judiciário e outros - pela internet de alta velocidade disponibilizada pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que por sua vez será construída no município a partir da transmissão pela rede da Eletronorte.
"Falar em inclusão digital hoje é não apenas comprar computadores, mas ligá-los a um telefone", lembra Maurílio Monteiro. "Por isso este esforço do governo do Estado em viabilizar programas de inclusão no interior, lembrando que estamos abertos a instituições e prefeituras que pretendem firmar convênios semelhantes."
Texto: Edson Coelho - Seicom
03/06/2007 - 17h40
Governo garante internet de
alta velocidade no oeste do Pará
Da Redação
Agência Pará
O secretário Maurílio Monteiro destacou os benefícios do convênio para otimizar os serviços públicos em Santarém
Maurílio Monteiro e a prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins, assinaram o convênio
Além da assinatura do convênio, foram inaugurados dois telecentros na escola municipal Maria Amália
Cada telecentro conta com 21 computadores conectados à internet
Esse final de semana foi dedicado à ciência e à tecnologia em Santarém, oeste do Pará. O governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), assinou com a prefeitura do município, no último sábado (02), termo de cooperação técnica que vai viabilizar o acesso à internet de alta velocidade em localidades sem acesso e a cidadãos e estudantes para quem o acesso é difícil.
O documento prevê três ações centrais: equipar os dois telecentros do município com internet de alta velocidade, num prazo de um mês, utilizando a rede de fibra ótica da Eletronorte, cedida ao governo do Estado por meio de convênio firmado em 30 de março passado; instalar em Santarém um núcleo do projeto Cidade Digital, que levará internet sem fio, por meio de rádio, a bairros e comunidades distantes do centro; e a construção de uma rede de fibra ótica para interligar as principais instituições municipais (secretarias, hospitais, delegacias, escolas) que, por sua vez, serão interligadas, via rede de fibra ótica da Eletronorte, à Rede Nacional de Pesquisa (RNP), formada, entre outras, por todas as universidades federais do Brasil.
Em seu discurso, o titular da Sedect, Maurílio Monteiro, destacou os benefícios do convênio para otimizar os serviços públicos em Santarém e na formação de cidadania a partir da inclusão digital. “O governo vai viabilizar no interior o que chamamos de alfabetização digital, garantindo a qualquer criança e jovem o acesso a internet, ao uso do computador como ferramenta de aprendizagem, para trabalhos com planilhas, e também para que ele possa fazer sua própria página, o seu blog, uma forma dele se mostrar, mostrar sua cultura, e não apenas receber informações e culturas de fora”, comentou.
A prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima, destacou a mudança de foco no governo do Estado e na administração municipal, “que tem na ciência e na tecnologia um dos pilares do programa de governo”, e afirmou que “estamos acostumados a reconhecer grandes obras de infra-estrutura, que são importantes, sim, mas não são tudo, e às vezes não vemos grandes obras na área social e de gestão. Nosso desafio aqui é formar pessoas, formar homens e mulheres independentes, com oportunidades de trabalho e de pensamento. Do jeito que o presidente Lula tirou milhões das trevas, com o programa ‘Luz para Todos', vamos tirar milhares de pessoas da escuridão tecnológica a partir do convênio assinado neste sábado (02)”.
Além da assinatura do convênio, o sábado foi destinado a inauguração de dois telecentros na escola municipal Maria Amália. Cada um deles conta com 21 computadores, conectados à internet, que serão utilizados pelos alunos e pela comunidade. Francisco Correa Lopes, presidente da Associação dos Moradores do Mapiri - bairro onde fica a escola - destacou que “estamos disponibilizando para nossas crianças e jovens a maior biblioteca de todos os tempos, a internet”.
“Santarém é o primeiro município onde os alunos das escolas públicas do interior terão acesso à internet mais veloz que existe, a partir de nosso convênio para usar a rede de fibra ótica da Eletronorte”, destacou Maurílio Monteiro. “Não é possível construir cidadania sem que nossas crianças tenham acesso ao computador e à internet, à informação. É com amor que podemos diminuir a enorme distância que nos separam daqueles que dominam o conhecimento”, completou.
Também neste final de semana, a prefeitura de Santarém lançou na internet o site oficial da cidade (www.santarem.pa.gov.br). Giovana Ramos, do núcleo de informática da administração municipal, fez uma demonstração das principais áreas da página, com destaque para as áreas de serviço (agora, o ISS pode ser tirado on line) e às dedicadas à cultura e ao turismo municipal, como a lista de 23 grandes atrações, com destaque para as praias.
Texto: Edson Coelho - Sedect
Fotos: David Alves
http://www.pa.gov.br
Fibra ótica levará internet ao interior
Caderno Poder de 30/03/2007 – O Liberal.
INCLUSÃO
Estado assina com Eletronorte convênio para utilização de rede
A inclusão digital é um dos grandes desafios do Brasil, e mais ainda para os Estados amazônicos, por causa das grandes distâncias e das condições geográficas. E é de inclusão digital, sobretudo, que tratamos com este convênio.' A declaração do secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia dá o foco do convênio a ser assinado hoje entre o governo do Estado e a Eletronorte, pelo qual o Pará vai utilizar a rede de fibra ótica da distribuidora de energia para levar internet de alta velocidade a vários municípios. O convênio será assinado às 16 horas, na Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa).
Os benefícios da rede serão praticamente imediatos nos municípios de Santarém, Rurópolis, Uruará, Altamira, Tucuruí, Jacundá, Marabá, Belém, Barcarena e Santa Maria. 'Vamos instalar nestes municípios, onde a rede de fibra já está seccionada, infocentros de 10 a 20 computadores, que não apenas poderão ser acessados pela comunidade, como também haverá treinamentos sobre a utilização das máquinas, softwares e aplicativos referentes à internet', anuncia Maurílio.
A internet de alta velocidade também vai proporcionar uma integração administrativa de órgãos do Estado e das prefeituras, promovendo uma interação entre os serviços prestados. 'A telemedicina será um dos setores mais beneficiados, com a oferta de serviços e informação na área da saúde dentro das próprias comunidades, excluindo a necessidade de locomoção para os centros de referência', diz Maurílio. 'Isso vai ampliar as ações de profissionais e agentes de saúde comunitários em prevenção, diagnóstico e tratamento de várias doenças. E permitirá, nas comunidades mais remotas, o acesso local a especialistas e a melhoria na assistência primária em saúde.'
Também serão imediatamente beneficiadas a pesquisa, a educação à distância, a segurança, o controle ambiental, entre outros setores. Hoje mesmo, durante a assinatura do convênio, será assinado um tempo termo de cooperação entre a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a prefeitura de Marabá, pela qual aquele município terá acesso, via internet de alta velocidade, ao banco de dados da secretaria, com mapas ambientais atualizados da região.
Maurílio lembra que, se o Estado fosse implantar 1.500 quilômetros de fibra ótica, gastaria hoje cerca de R$ 900 milhões, sem falar na questão do tempo, do licenciamento ambiental, da superação de barreiras geográficas etc. 'Ou seja, ganhamos, de forma imediata, uma obra de grandes proporções, que vai ampliar de maneira formidável o alcance social da rede de transmissão da Eletronorte.'
O titular da Sedect lembra ainda que a governadora Ana Júlia Carepa já está negociando com o Ministério da Ciência e Tecnologia recursos para estender a rede de Santa Maria até Bragança, beneficiando todos os municípios do percurso. 'É preciso destacar que o acesso à informação e à tecnologia é sobretudo uma questão de cidadania e qualidade vida. Todos os países desenvolvidos investiram de forma potencial na informação. 41% dos usuários da internet estão nos Estados e Canadá, os dois países mais desenvolvidos do continente', lembra Maurílio.
Convênio leva internet ao interior
Caderno Poder de 31/03/2007 – O Liberal.
A governadora Ana Júlia Carepa assinou convênio de cooperação técnica com as Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), representada na solenidade pelo presidente da instituição, Carlos Nascimento. A estatal federal cedeu o uso de mais de 1,1 mil quilômetros da rede de fibra ótica, sem nenhum custo aos cofres estaduais, o que vai possibilitar a inclusão digital de mais de dois milhões de pessoas, a contar dos habitantes de Belém, Marabá, Santarém, Altamira e Tucuruí. O titular da Secretaria Executiva de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, afirma que para operacionalizar e democratizar o acesso à internet nas demais cidades paraenses é preciso captar parte dos R$ 9,7 bilhões do governo federal.
Maurílio explica que parte deste recurso federal, cerca de 5,3%, será disponibilizado aos Estados para contemplar projetos que aumentem o acesso em banda larga da população mais carente à rede mundial de computadores. O Pará está no fim da fila quando o assunto é inclusão digital, porque somente 3,5% de quase sete milhões de habitantes acessam a internet. A intenção, segundo o secretário, é integrar os 143 municípios através de ramificações atreladas às estações nas cidades-pólos. Não seria necessário nova 'estrutura física', isto é, novas fiações. A próxima etapa deve usar a tecnologia 'Wi Mas', a que transmite os dados via ondas de rádio. Não há garantias de que a verba federal seja destinada ao Pará, mas o secretário garante que as condições conquistadas no convênio com a Eletronorte configuram uma vantagem para a proposta paraense de captação do dinheiro.
Amazônia é tema de debates
A insustentabilidade dos grandes projetos para a Amazônia e as estratégias dos movimentos sociais em 2007 estão entre os subtemas debatidos durante o seminário 'Os Grandes Projetos Para Amazônia', que está sendo realizado desde ontem, no auditório do Centro Integrado de Serviços para Necessidades Especiais (Cisne). Dom Erwin krautler, bispo da Prelazia do Xingu, e João Stédile, economista e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), foram os convidados especiais do primeiro dia de debates.
Lideranças de diversos movimentos sociais estão participando do seminário. 'Os debates relacionados às questões voltadas para a Amazônia são de fundamental importância, pois trata-se de uma região muito rica, mas muito explorada. Muitos também enriquecem na Amazônia e destroem o meio ambiente, enquanto o povo da região fica cada vez mais pobre. Nossa intenção é discutir os projetos para a Amazônia', disse Adriana Oliveira, do movimento CNBB Norte 2.
O leilão de venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que ocorreu no ano de 1997, foi um dos assuntos debatidos durante a plenária. De acordo com Lindomar Silva, da coordenação do evento, a venda da companhia teria que passar por consulta popular, 'Foi um leilão que não teve nenhuma validade e a Justiça teria afirmado isso. A população tem o direito de escolher se a empresa devia ou não ir a leilão, daí a necessidade do plebiscito que vai ser realizado no dia 7 de setembro. Somente uma forte mobilização popular pode conseguir resultados concretos para reverter a venda da Vale do Rio Doce para o capital privado'.
Inovação é a saída para desenvolver
Caderno Poder de 27/05/2007 – O Liberal.
Maurílio Monteiro propõe exploração qualificada das riquezas do Pará
Como tirar o Pará da condição de exportador de matéria-prima? Como agregar valor - maior intensidade de ciência e tecnologia - aos nossos produtos e processos? Como falar em desenvolvimento sustentável - para todos, de forma auto-suficiente, duradoura - numa região rica em recursos naturais, mas distante dos grandes centros econômicos e com um povo pobre e historicamente excluído? Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, as respostas a essas questões se resumem numa palavra: inovação. 'Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento que, em vez de concentração de renda, promova uma exploração mais qualificada de nossos recursos naturais', prega o secretário. 'Precisamos desenvolver produtos que tenham a cara do Pará, o nosso jeito da fazer, utilizando nosso capital humano, social e cultural', diz Maurílio Monteiro. Graduado em História pela Universidade Federal do Pará, com mestrado em Planejamento do Desenvolvimento e doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, ambos pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-Naea, da UFPA, ele sabe bem que inovação significa pesquisa e que não há pesquisa sem mestres e doutores, sem laboratórios e equipamentos. O grande desafio de implantar um novo modelo de desenvolvimento no Pará é, portanto, o desafio de se fazer ciência na Amazônia. Na entrevista a seguir, Maurílio detalha os planos do governo do Estado para enfrentar esse desafio, com a consciência de que os resultados da pesquisa - os benefícios da ciência - não são a curto prazo.
Em que consiste o novo modelo de desenvolvimento proposto pelo governo do Estado?
Historicamente, as tentativas de se desenvolver a Amazônia se baseavam em grandes espaços usados para culturas homogêneas: a plantação de milhões de árvores de pínus ou de eucalipto para produzir celulose; a pecuária de corte; grandes empresas e fazendas nas quais se pratica a monocultura; e as gigantescas empresas mineradoras, metalúrgicas e químicas. Tal modelo levou o Estado a estimular a concentração de capitais e a restringir a propriedade dos meios de produção. Além disso, se introduziram na região matrizes tecnológicas ambientalmente danosas, desenvolvidas na relação com outros ecossistemas, que negam o capital natural da diversidade biológica amazônica. Um projeto de desenvolvimento sustentável para a região deve romper com a replicação regional de tecnologias e técnicas. É baseando-se na associação do capital físico com o capital humano e com o capital social que se pode elaborar um programa duradouro de criação de vantagens competitivas. Uma nova estratégia requer, em termos práticos, uma nova lógica de desenvolvimento territorial, um sistema de proteção social, um sistema estadual de inovações, a reestruturação da política de aporte financeiro, tributário, creditício e tecnológico aos programas e iniciativas de desenvolvimento regional.
Como esse projeto pode virar realidade?
As ações propostas pelo governo do Estado visam ao que chamo de enraizamento social do desenvolvimento. Aos grandes produtores e indústrias, o Estado vai sinalizar, de forma clara, quais as áreas que poderão ser exploradas para culturas em alta escala e de forma homogênea (plantação de grãos, pecuária, etc). Também buscaremos identificar e eliminar, nos processos de produção em alta escala, os entraves de infra-estrutura, tecnológicos, de gestão, de financiamentos, que dificultam a verticalização da produção ou a agregação regional de maior valor. Qual o ponto de estrangulamento, por exemplo, que impede a fabricação e a industrialização de produtos? O que impede a maior transformação de soja em óleo, de carne em produtos enlatados? Também vamos estimular a pesquisa, aqui, entre as grandes empresas e produtores, que devem ter linhas de pesquisas próprias na região, e não somente importar processos desenvolvidos noutros lugares. Quanto aos pequenos produtores e empresários (de produção mais diversificada), serão atendidos de duas formas básicas: por meio da indução à produção científica, tecnológica e de inovação e também pelo reforço e ampliação de uma política diferenciada de linhas de crédito. (Na questão do crédito, por exemplo, a governadora lançou na sexta-feira passada, na Federação das Indústrias do Pará, o Fundo de Desenvolvimento Industrial Sustentável, que funcionará da seguinte forma: parte do dinheiro do ICMS formará o fundo, que voltará ao produtor em forma de empréstimo, a juros módicos e com prazo de 36 meses para começar a pagar. Isto vai financiar, sobretudo, iniciativas de micro e pequenas empresas.)
E como explorar, de forma mais qualificada, os recursos naturais, sem agredir ao meio ambiente?
Nós temos certeza de que o lócus privilegiado de inovação é a empresa; o governo atuará como agente indutor. Vamos induzir processos para transformar em competitividade nossa diversidade ambiental, cultural, social, climática, etc. incorporar ciência e tecnologia à inovação de processos e produtos únicos. Para você ter uma idéia, a pauta de exportação do Brasil de produtos com alta tecnologia é de 9,3%; a do Pará é 0%. A pauta nacional de alta e média tecnologia é de 30,80; a do Pará, de apenas 1,6%. Transpondo isto para as empresas: do nosso volume total exportado, as pequenas e micro empresas respondem por apenas 1,94%; as grandes empresas, por 90,36%. E estas grandes empresas exportam produtos quase que primários, sob o ponto de vista da intensidade tecnológica. O modelo atual, portanto, concentra a renda e nega a diversidade biológica da região.
O novo modelo de desenvolvimento já tem ações práticas de implementação?
Sim, várias. Primeiro, no nome da secretaria que criamos foi aliada a palavra 'desenvolvimento' às palavras 'ciência' e 'tecnologia', o que de certa forma resume as intenções de longo prazo. Já fizemos um acordo para utilizar os 1.500 quilômetros de fibra ótica da Eletronorte, o que viabilizará um grande programa de inclusão digital em pólos de desenvolvimento importantes, como Marabá e Santarém. A governadora Ana Júlia pediu ao presidente Lula, com amplas possibilidades de atendimento, duas novas universidades federais para o Pará, uma no oeste e outra no sul do Estado. Também requisitou para o Estado 200 doutores a mais do que o previsto pelo Ministério da Educação. O governo estadual também ofereceu contrapartidas importantes ao Ministério da Ciência e Tecnologia-CNPq e, com isso, pôde oferecer centenas de bolsas para formação de mestres e doutores, de estímulo à pesquisa entre estudantes da rede pública e também para projetos de pesquisa individual e em grupo. Também vamos criar a Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa) e já iniciamos a implementação de três centros de ciência e tecnologia no Estado (em Belém, Marabá e Santarém) com as pesquisas focadas na vocação de cada região. São ações práticas, que, no futuro, podem viabilizar o que sintetizo como um sistema regional de inovação.
Num futuro próximo, distante?
Se, em quatro anos, tivermos criado as condições para que este projeto ganhe a própria dinâmica, teremos desempenhado um grande papel. E temos consciência de que, para que este projeto ganhe forças e já produza os resultados sociais a curto e médio prazos, é necessário o engajamento de amplos setores da sociedade. É necessário pactuar com os principais agentes, dialogar e desenvolver estratégias para que este seja um projeto estadual e regional. Não apenas isso: precisa ser um projeto em nível de Brasil, e o governo federal também já sabe que os modelos que desenvolveram outros Estados não se aplicam à Amazônia. Nossa região é estratégica no plano internacional e precisa ser estratégica no plano nacional.
O que mais vai crescer nos próximos anos?
O setor mínero-metalúrgico. Acontece que há, aí, evidentes limitações à verticalização. Vamos implementar políticas específicas para eliminar esses entraves e promover o que chamamos de efeitos de transbordamento, ou seja, que os benefícios transbordem para o entorno das grandes empresas. Isso pode acontecer com transferência de técnicas gerenciais, de tecnologias, e também de compras, pelas grandes empresas, de insumos, serviços e equipamentos de empresas paraenses.
Internet via rádio em escolas
Caderno Notícias de 08/05/2007 – Amazônia Jornal
Quarenta escolas estaduais de Belém, Ananindeua, Marituba e Mosqueiro terão acesso à internet por meio de rádio. O uso da tecnologia será possível graças ao convênio assinado ontem entre a Secretaria Executiva de Educação (Seduc) e a Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa). No total, 200 colégios estão conectados, atualmente, à rede mundial de computadores, mas isso ainda representa apenas um terço da rede de ensino estadual.
O convênio permite à Seduc a utilização da torre da Funtelpa, na avenida Almirante Barroso, para transmitir o sinal que fará chegar a internet às escolas. Outras 160 unidades escolares já estão interligadas, mas por meio de outras formas pagas de conexão porque estão num raio de ação não alcançado pela torre de transmissão da fundação.
Por causa desse impedimento técnico, outras alternativas estão sendo estudadas para permitir a ampliação do número de escolas conectadas. Pode ser através de satélite ou fibra ótica. No caso do rádio, via Funtelpa, a principal vantagem é a redução de gastos.
Ontem à tarde, foi iniciada a discussão entre vários órgãos estaduais sobre a estrutura disponível no Estado para se alcançar a expansão. Mesmo na sede da Seduc, em Belém, ainda falta garantir o acesso à internet para 40% dos profissionais.
Para Melo, a criação da infra-estrutura é um desafio ao plano de inclusão digital que, prevê, entre outras coisas, a criação de telecentros com acesso gratuito à população. No caso das escolas já conectadas através do programa que vem sendo chamado 'Seduc Net', o acesso já será garantido com a disponilidade dos laboratórios de informática para a população em geral aos finais de semana.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Crença Vagabunda
A todo momento sou felicidade
a minha vaidade não cobra oque diz
Do meu compromisso com a vagabundagem
a coragembonita e o afeto feliz
Aqui traço as linhas da sorte
se vem da morte, dá de cara no portão
Ladrão só se for de amor
a dor não passeia neste chão
Ninguém verá na minha mesa
uma proeza inventada de paixão
A beleza não mantém a chama acesa
queima por dentro o fogo azul do coração
É sempre assim, vamos acreditar
vivemos cantando
para sermos felizes, no ar, na terra ou no mar
Del
a minha vaidade não cobra oque diz
Do meu compromisso com a vagabundagem
a coragembonita e o afeto feliz
Aqui traço as linhas da sorte
se vem da morte, dá de cara no portão
Ladrão só se for de amor
a dor não passeia neste chão
Ninguém verá na minha mesa
uma proeza inventada de paixão
A beleza não mantém a chama acesa
queima por dentro o fogo azul do coração
É sempre assim, vamos acreditar
vivemos cantando
para sermos felizes, no ar, na terra ou no mar
Del
Seminário Equipe 5: Mediação virtual como alternativa de comunicação pedagógica.
Texto 1: Educação e Cybercultura
Pierre Lévy em seu artigo nos propõe uma reflexão sobre a nova relação com o saber que precisamos estabelecer. Uma análise prévia da metamorfose contemporânea desta relação deve embasar qualquer estudo dos sistemas de educação e formação. Assim o autor estabelece algumas constatações dentro deste contexto, levando em conta a velocidade do surgimento e da renovação dos saberes e do know-how e ainda a nova natureza do trabalho. O autor nos propõe algumas reformas nos sistemas de educação e de formação, passando pela adaptação dos dispositivos e do espírito de aprendizado aberto e a distância, entendendo a escola e a universidade como não mais detentoras exclusivas da criação e transmissão do conhecimento.
No desenvolvimento destas idéias, Lévy estabelece algumas explicações sobre a world wide web, que desempenha o papel de organizadora e estruturante do ciberespaço. A evolução histórica da relação com o saber também é lembrada desde o advento da enciclopédia que representava a esperança de um grupo de homens dominarem a totalidade dos saberes até o conhecimento atual não totalizável e indominável. A simulação como ocupante de um lugar central entre os novos gêneros de conhecimento carregados pela cybercultura também fora abordado pelo autor. Refletiu-se ainda sobre o aprendizado aberto e a distância que impulsionado pelos sistemas de educação atuais, com suas obrigações de quantidade, diversidade e velocidade de evolução, deixou de ser o “estepe” do ensino.
O autor estabeleceu ainda algumas reflexões sobre a necessidade de formação continuada e a necessidade de estruturas que, paralelas aos diplomas, nos permitam pensar em modos de reconhecimento dos saberes que possam prestar-se para uma visualização em rede da oferta de competência e a uma pilotagem dinâmica retroativa da oferta pela demanda
Algumas reflexões do Autor:
• A maioria das competências adquiridas por um indivíduo, no início de sua carreira profissional, tornar-se-ão obsoletas ao término de sua carreira.
• A transição dos conhecimentos é um processo contínuo, estando fortemente interligado a questão anterior, como uma nova natureza do trabalho.
• O ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas como a memória (bancos de dados, hipertextos, fichários digitais [numéricos] de todas as ordens), imaginação (simulações), a percepção (sensores digitais, telepresença, realidades virtuais) e os raciocínios (inteligência artificial, modelização de fenômenos complexos).
Texto 2: Cobertura On-Line
III Congresso Ibero-americano Educarede
Quarta-feira, 31 de maio de 2006
Este material discutido no referido congresso nos demonstra experiências isoladas de iniciativas assentadas na mediação virtual como alternativa de comunicação pedagógica.
O primeiro relato nos conta sobre a cobertura de um evento feito por alunos de escolas paulistas, evidenciando a importância de se incluir alunos nas ferramentas poderosas que a tecnologia oferece indo além do uso da internet para fazer pesquisas.
O segundo relato é de uma professora de matemática que propôs uma busca de informações sobre jogos antigos envolvendo três disciplinas, sendo também uma excelente maneira de se estabelecer a interdisciplinaridade, que considero ser de suma importância para o processo de ensino aprendizagem, pois como sabemos o conhecimento não pode ser construído de forma isolada.
O terceiro relato procurou enfatizar o papel de orientador que o professor precisa assumir na inclusão digital, lembrando que a facilidade do aluno no trato com as novas tecnologias não significa que ele saiba sozinho tirar o melhor proveito desses recursos. Daí a necessidade de capacitação e de formação continuada para o docente, porque todos sabemos que as tecnologias estão em constante aperfeiçoamento e inovação.
Já dizia o grande compositor brasileiro da década de 1980 CAZUZA: “eu vejo um museu de grandes novidades”, demonstrando justamente essa volatilidade das invenções contemporâneas. Por fim, o ambiente virtual nos possibilita encontrar idéias para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem na sala de aula.
Maneiras diferentes de ensinar e aprender fazem com que os professores disponibilizem aulas e trabalhos relacionados com temas de interesse dos alunos. Infelizmente, a inclusão digital dos professores brasileiros ainda está longe de alcançar o ideal. Faltam recursos, acesso e tempo para capacitação. Porém, já é grande o número de professores que dominam e usam essas ferramentas. A criatividade e a vontade de inovar é um grande caminho.
O incentivo à pesquisa de informações nos sites de busca não é uma tarefa fácil, precisa-se saber bem o que se quer achar e delimitar as buscas e pedir que os alunos façam análise sobre eles e não somente copiar e colar. Daí a importância fundamental da orientação e assistência dos docentes para os discentes.
Muitos jovens sabem manusear as tecnologias, mas não tem maturidade para, sozinhos, utilizarem as máquinas como ferramenta de aprendizagem. É preciso um aprendizado mútuo, ou seja, o trabalho colaborativo é o melhor caminho para o sucesso do processo de ensino aprendizagem.
Essas novas tecnologias quando utilizadas na sala de aula passam a estimular a capacidade de raciocínio lógico, a criatividade e a noção de tempo e espaço. A tarefa do educador é justamente tirar proveito dessas tecnologias, para acompanhar de perto o que seus alunos produzem e o que pensam sobre o mundo.
Texto 3 - Livro: Professores e Computadores – Introdução, capítulos 1, 2
Carlos Afonso, na obra em questão, tem o objetivo claro de refletir sobre a problemática da introdução do computador nas escolas. Para tanto, procura delinear os reduzidos impactos das mudanças educativas que acontecem, talvez, pela pluralidade do conceito mudança. O autor põe em a questão da inovação, levando em consideração, os elementos que podem condicionar sua implantação.
O autor estabelece que a idéia de inovação passou a ser o ponto das investigações em educação, que a escola deixou de ser um lugar para acesso a técnicas e vivências para se tornar o último bastão conservador de tradições e reprodutor de condicionalismos sociais, somando-se ainda a lógica do constante atraso as mudanças que a escola compadece. Após essas considerações, Carlos Afonso ressalta que a escola não pode se confinar aos seus limites, pois apesar de tudo é aberta a influenciar e a ser influenciada pelo meio. Deve também deixar de visar à utilização de novos eventos e sim gerar estudo e mudanças de comportamentos e atitudes. Dessa forma, no decorrer da obra o autor procurar enfatizar alguns problemas. A saber:
• Tratar o computador na escola como pedra fundamental da mudança de paradigmas e atitudes da nova era;
• Falta de estudos e trabalhos sobre a extensão da mudança realmente efetuada ou o grau real de aplicação e de integração de uma inovação numa dada organização escolar;
• Creditar ao professor o erro e a falta de mudanças que o computador por si só não realiza.
No primeiro capítulo Carlos Afonso trata da inovação em educação e dos subsídios para essa atual problemática. Para tanto disserta sobre o fato da pesquisa está no subsistema de ensino de Portugal e dentro de um plano maior de absorção e aplicação de novas tecnologias. Elucida alguns entraves ao projeto como:
• Concepção contraditória de inovação;
• Modelo de funcionamento da inovação que não leva em conta as limitações da realidade;
• Estratégia de implementação da inovação onde um centro outorga resoluções a uma periferia que não é convidada a opinar.
Ainda neste capítulo nos fornece algumas definições sobre mudança. Primeiro define a aplicação do conceito como abordagem parcial do fenômeno educativo, encarando a inovação como tentativa de melhorar alguns aspectos delimitados. Nos mostra também a possibilidade também de mudança significar uma abordagem global que busca transformar tudo e de forma substancial a realidade educacional.
Portanto, para se obter um bom êxito da inovação é preciso condições favoráveis em três níveis:
• Quadro institucional (exterior a escola);
• Organizacional (próprio da escola);
• Individual (atores sociais dos níveis anteriores).
Isso nos demonstra que é preciso focalizar esses três níveis, sem perder de vista a relação entre eles, como uma forma de conscientização dos fatores determinantes do êxito ou fracasso de uma inovação.
No segundo capítulo, “o computador na escola – Problemática de uma inovação particular”. O autor explicita a noção de computadores como tentativa de inovação nos sistemas educativos, abrindo caminho para enumerar os pressupostos que motivam a introdução do computador nas escolas que seriam:
• As necessidades da economia que exige novas competências dos estudantes;
• Interesses da industria nacional de informação;
• Fatores culturais, comerciais, tecnológicos e políticos.
A idéia é a de estabelecer um ambiente social onde todos devem conhecer e se familiarizar com o computador sobre pena de não conseguir viver num mundo onde eles estarão presentes em todas as tarefas. Quanto à ordem vocacional, há a essencialidade do computador para preparar alunos para postos bem remunerados, o chamado paradigma funcionalista. Fala-se também da ordem pedagógica, onde o conhecimento precisa estar associado a novas modalidades de utilização do computador no processo ensino-aprendizagem. O computador, em síntese, passa a ser encarado como elemento de mudança profunda na escola. A escola já não é mais o único lugar onde se pode buscar as informações e a técnica de executar as atividades do processo de ensino aprendizagem. As novas tecnologias de informação, particularmente o computador, constituem um desses “novos inventos”, que fundamentam as tentativas de renovação-inovação da escola.
Texto 4: A SOCIEDADE CONECTADA: CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Conect@ - número 3 - novembro/2000.
Resumo
Vivemos hoje sob a influência de um processo de globalização no qual as novas tecnologias se destacam, causando profundas alterações na sociedade em que vivemos.
A educação da atualidade, da sociedade conectada, deve privilegiar a renovação de conteúdos e de métodos pedagógicos para melhorar a eqüidade, desburocratizar e homogeneizar as oportunidades educacionais.
Dessa forma, Ligia Silva Leite e Christina Marília Teixeira da Silva tomam por base a realidade da sociedade tecnológica atual que gera a necessidade de mudanças nas diversas esferas educacionais, principalmente no trabalho do professor que precisa saber lidar com essas novas tecnologias. Esta realidade social sinaliza para a exigência de se repensar práticas docentes, que tradicionalmente privilegiam a comunicação oral em detrimento da construção coletiva do conhecimento. São apresentadas recomendações para o uso pedagógico das redes de computadores na formação de professores, ressaltando a necessidade de um novo paradigma educacional.
A formação dos professores é uma questão bem mais complexa e, ao se definir o modelo desejado, deve-se levar em conta questões relacionadas aos possíveis papéis do professor no processo de ensino-aprendizagem:
• Usuário de aplicativos;
• Elaborador de softwares educacionais;
• Avaliador de programas.
Todos sabemos que o professor precisa desenvolver diversos outros papéis como:
• Elaboração de material didático para os usuários;
• Escolher os tipos de mídias baseado nos objetivos de aprendizagem;
• Fornecer ao usuário grande tipo de interatividade;
• Planejar para que o material se adapte aos diferentes níveis de habilidade;
• Atender a uma variedade de estilos de aprendizagem;
• Preferir o modo não linear e respeitar o aluno.
Esses são fatores essenciais para a implantação destes programas que auxiliarão no processo de ensino aprendizagem sob firme orientação do professor/pesquisador.
Pierre Lévy em seu artigo nos propõe uma reflexão sobre a nova relação com o saber que precisamos estabelecer. Uma análise prévia da metamorfose contemporânea desta relação deve embasar qualquer estudo dos sistemas de educação e formação. Assim o autor estabelece algumas constatações dentro deste contexto, levando em conta a velocidade do surgimento e da renovação dos saberes e do know-how e ainda a nova natureza do trabalho. O autor nos propõe algumas reformas nos sistemas de educação e de formação, passando pela adaptação dos dispositivos e do espírito de aprendizado aberto e a distância, entendendo a escola e a universidade como não mais detentoras exclusivas da criação e transmissão do conhecimento.
No desenvolvimento destas idéias, Lévy estabelece algumas explicações sobre a world wide web, que desempenha o papel de organizadora e estruturante do ciberespaço. A evolução histórica da relação com o saber também é lembrada desde o advento da enciclopédia que representava a esperança de um grupo de homens dominarem a totalidade dos saberes até o conhecimento atual não totalizável e indominável. A simulação como ocupante de um lugar central entre os novos gêneros de conhecimento carregados pela cybercultura também fora abordado pelo autor. Refletiu-se ainda sobre o aprendizado aberto e a distância que impulsionado pelos sistemas de educação atuais, com suas obrigações de quantidade, diversidade e velocidade de evolução, deixou de ser o “estepe” do ensino.
O autor estabeleceu ainda algumas reflexões sobre a necessidade de formação continuada e a necessidade de estruturas que, paralelas aos diplomas, nos permitam pensar em modos de reconhecimento dos saberes que possam prestar-se para uma visualização em rede da oferta de competência e a uma pilotagem dinâmica retroativa da oferta pela demanda
Algumas reflexões do Autor:
• A maioria das competências adquiridas por um indivíduo, no início de sua carreira profissional, tornar-se-ão obsoletas ao término de sua carreira.
• A transição dos conhecimentos é um processo contínuo, estando fortemente interligado a questão anterior, como uma nova natureza do trabalho.
• O ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas como a memória (bancos de dados, hipertextos, fichários digitais [numéricos] de todas as ordens), imaginação (simulações), a percepção (sensores digitais, telepresença, realidades virtuais) e os raciocínios (inteligência artificial, modelização de fenômenos complexos).
Texto 2: Cobertura On-Line
III Congresso Ibero-americano Educarede
Quarta-feira, 31 de maio de 2006
Este material discutido no referido congresso nos demonstra experiências isoladas de iniciativas assentadas na mediação virtual como alternativa de comunicação pedagógica.
O primeiro relato nos conta sobre a cobertura de um evento feito por alunos de escolas paulistas, evidenciando a importância de se incluir alunos nas ferramentas poderosas que a tecnologia oferece indo além do uso da internet para fazer pesquisas.
O segundo relato é de uma professora de matemática que propôs uma busca de informações sobre jogos antigos envolvendo três disciplinas, sendo também uma excelente maneira de se estabelecer a interdisciplinaridade, que considero ser de suma importância para o processo de ensino aprendizagem, pois como sabemos o conhecimento não pode ser construído de forma isolada.
O terceiro relato procurou enfatizar o papel de orientador que o professor precisa assumir na inclusão digital, lembrando que a facilidade do aluno no trato com as novas tecnologias não significa que ele saiba sozinho tirar o melhor proveito desses recursos. Daí a necessidade de capacitação e de formação continuada para o docente, porque todos sabemos que as tecnologias estão em constante aperfeiçoamento e inovação.
Já dizia o grande compositor brasileiro da década de 1980 CAZUZA: “eu vejo um museu de grandes novidades”, demonstrando justamente essa volatilidade das invenções contemporâneas. Por fim, o ambiente virtual nos possibilita encontrar idéias para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem na sala de aula.
Maneiras diferentes de ensinar e aprender fazem com que os professores disponibilizem aulas e trabalhos relacionados com temas de interesse dos alunos. Infelizmente, a inclusão digital dos professores brasileiros ainda está longe de alcançar o ideal. Faltam recursos, acesso e tempo para capacitação. Porém, já é grande o número de professores que dominam e usam essas ferramentas. A criatividade e a vontade de inovar é um grande caminho.
O incentivo à pesquisa de informações nos sites de busca não é uma tarefa fácil, precisa-se saber bem o que se quer achar e delimitar as buscas e pedir que os alunos façam análise sobre eles e não somente copiar e colar. Daí a importância fundamental da orientação e assistência dos docentes para os discentes.
Muitos jovens sabem manusear as tecnologias, mas não tem maturidade para, sozinhos, utilizarem as máquinas como ferramenta de aprendizagem. É preciso um aprendizado mútuo, ou seja, o trabalho colaborativo é o melhor caminho para o sucesso do processo de ensino aprendizagem.
Essas novas tecnologias quando utilizadas na sala de aula passam a estimular a capacidade de raciocínio lógico, a criatividade e a noção de tempo e espaço. A tarefa do educador é justamente tirar proveito dessas tecnologias, para acompanhar de perto o que seus alunos produzem e o que pensam sobre o mundo.
Texto 3 - Livro: Professores e Computadores – Introdução, capítulos 1, 2
Carlos Afonso, na obra em questão, tem o objetivo claro de refletir sobre a problemática da introdução do computador nas escolas. Para tanto, procura delinear os reduzidos impactos das mudanças educativas que acontecem, talvez, pela pluralidade do conceito mudança. O autor põe em a questão da inovação, levando em consideração, os elementos que podem condicionar sua implantação.
O autor estabelece que a idéia de inovação passou a ser o ponto das investigações em educação, que a escola deixou de ser um lugar para acesso a técnicas e vivências para se tornar o último bastão conservador de tradições e reprodutor de condicionalismos sociais, somando-se ainda a lógica do constante atraso as mudanças que a escola compadece. Após essas considerações, Carlos Afonso ressalta que a escola não pode se confinar aos seus limites, pois apesar de tudo é aberta a influenciar e a ser influenciada pelo meio. Deve também deixar de visar à utilização de novos eventos e sim gerar estudo e mudanças de comportamentos e atitudes. Dessa forma, no decorrer da obra o autor procurar enfatizar alguns problemas. A saber:
• Tratar o computador na escola como pedra fundamental da mudança de paradigmas e atitudes da nova era;
• Falta de estudos e trabalhos sobre a extensão da mudança realmente efetuada ou o grau real de aplicação e de integração de uma inovação numa dada organização escolar;
• Creditar ao professor o erro e a falta de mudanças que o computador por si só não realiza.
No primeiro capítulo Carlos Afonso trata da inovação em educação e dos subsídios para essa atual problemática. Para tanto disserta sobre o fato da pesquisa está no subsistema de ensino de Portugal e dentro de um plano maior de absorção e aplicação de novas tecnologias. Elucida alguns entraves ao projeto como:
• Concepção contraditória de inovação;
• Modelo de funcionamento da inovação que não leva em conta as limitações da realidade;
• Estratégia de implementação da inovação onde um centro outorga resoluções a uma periferia que não é convidada a opinar.
Ainda neste capítulo nos fornece algumas definições sobre mudança. Primeiro define a aplicação do conceito como abordagem parcial do fenômeno educativo, encarando a inovação como tentativa de melhorar alguns aspectos delimitados. Nos mostra também a possibilidade também de mudança significar uma abordagem global que busca transformar tudo e de forma substancial a realidade educacional.
Portanto, para se obter um bom êxito da inovação é preciso condições favoráveis em três níveis:
• Quadro institucional (exterior a escola);
• Organizacional (próprio da escola);
• Individual (atores sociais dos níveis anteriores).
Isso nos demonstra que é preciso focalizar esses três níveis, sem perder de vista a relação entre eles, como uma forma de conscientização dos fatores determinantes do êxito ou fracasso de uma inovação.
No segundo capítulo, “o computador na escola – Problemática de uma inovação particular”. O autor explicita a noção de computadores como tentativa de inovação nos sistemas educativos, abrindo caminho para enumerar os pressupostos que motivam a introdução do computador nas escolas que seriam:
• As necessidades da economia que exige novas competências dos estudantes;
• Interesses da industria nacional de informação;
• Fatores culturais, comerciais, tecnológicos e políticos.
A idéia é a de estabelecer um ambiente social onde todos devem conhecer e se familiarizar com o computador sobre pena de não conseguir viver num mundo onde eles estarão presentes em todas as tarefas. Quanto à ordem vocacional, há a essencialidade do computador para preparar alunos para postos bem remunerados, o chamado paradigma funcionalista. Fala-se também da ordem pedagógica, onde o conhecimento precisa estar associado a novas modalidades de utilização do computador no processo ensino-aprendizagem. O computador, em síntese, passa a ser encarado como elemento de mudança profunda na escola. A escola já não é mais o único lugar onde se pode buscar as informações e a técnica de executar as atividades do processo de ensino aprendizagem. As novas tecnologias de informação, particularmente o computador, constituem um desses “novos inventos”, que fundamentam as tentativas de renovação-inovação da escola.
Texto 4: A SOCIEDADE CONECTADA: CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Conect@ - número 3 - novembro/2000.
Resumo
Vivemos hoje sob a influência de um processo de globalização no qual as novas tecnologias se destacam, causando profundas alterações na sociedade em que vivemos.
A educação da atualidade, da sociedade conectada, deve privilegiar a renovação de conteúdos e de métodos pedagógicos para melhorar a eqüidade, desburocratizar e homogeneizar as oportunidades educacionais.
Dessa forma, Ligia Silva Leite e Christina Marília Teixeira da Silva tomam por base a realidade da sociedade tecnológica atual que gera a necessidade de mudanças nas diversas esferas educacionais, principalmente no trabalho do professor que precisa saber lidar com essas novas tecnologias. Esta realidade social sinaliza para a exigência de se repensar práticas docentes, que tradicionalmente privilegiam a comunicação oral em detrimento da construção coletiva do conhecimento. São apresentadas recomendações para o uso pedagógico das redes de computadores na formação de professores, ressaltando a necessidade de um novo paradigma educacional.
A formação dos professores é uma questão bem mais complexa e, ao se definir o modelo desejado, deve-se levar em conta questões relacionadas aos possíveis papéis do professor no processo de ensino-aprendizagem:
• Usuário de aplicativos;
• Elaborador de softwares educacionais;
• Avaliador de programas.
Todos sabemos que o professor precisa desenvolver diversos outros papéis como:
• Elaboração de material didático para os usuários;
• Escolher os tipos de mídias baseado nos objetivos de aprendizagem;
• Fornecer ao usuário grande tipo de interatividade;
• Planejar para que o material se adapte aos diferentes níveis de habilidade;
• Atender a uma variedade de estilos de aprendizagem;
• Preferir o modo não linear e respeitar o aluno.
Esses são fatores essenciais para a implantação destes programas que auxiliarão no processo de ensino aprendizagem sob firme orientação do professor/pesquisador.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Educação Superior a Distância
A Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Essa definição está presente no Decreto 5.622, de 19.12.2005 (que revoga o Decreto 2.494/98), que regulamenta o Art. 80 da Lei 9394/96 (LDB) .
Encontro discute educação profissional a distância
A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), em conjunto com a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), promove, no período de 4 a 6 de junho, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba, o Seminário Nacional de Educação Profissional a Distância. O evento tem como objetivo discutir as experiências da educação profissional a distância e construir estratégias para a utilização desta modalidade. Mais informações sobre o seminário nos telefones (41) 3310-4448/4509 ou pelo endereço eletrônico cleonice@utfpr.edu.br.
Seminário Equipe 4 - Objetos de Aprendizagem
Texto 1: Tecnologia:Objetos de Aprendizagem
Resumo
Segundo ESTEVES NETO, o Futuro de alunos com laptop e salas de aulas inteligentes já chegou. Assim a tecnologia tem que ser vista como parte do cotidiano, pois é uma ferramenta muito útil nos dias atuais.
Em sua dissertação o autor destaca os Objetos de Aprendizagem das “entidades digitais” que procuram divulgar e organizar as informações na net. Porém, a qualidade depende da participação integral do professor neste processo de ensino aprendizagem.
• Objetos de aprendizagem (Learning objetcts):
Qualquer entidade, digital ou não, que possa ser utilizada, reutilizada ou referenciada durante o aprendizado.
• Requisitos para construção dos OA:
Armazenamento de metadados em categorias, armazenamento de conteúdos instrucionais e suporte à modelagem conceitual.
• Característica:
Flexibilidade, facilidade de utilização, customização, Interoperabilidade, aumentar o valor do conhecimento e indexação e procura.
A principal característica deste meio é sua reusabilidade, pois todo o conhecimento é fruto de experiência de longos anos e cada experiência é vivida de modo diferenciado.
Para uma melhor compreensão da problemática é necessário conhecer o lugar social de quem olha. Compreender é uma interpretação. Cada leitor é co-autor. A informação passa por vários filtros emocionais, racionais, analíticos, julgadores ao mesmo tempo em cada indivíduo.
A tecnologia é um agende de mudanças educacionais e sociais. Tem perspectivas de perigo e de oportunidade. Deve ter um movimento para reflexão e reorientação da prática.
• Recursos educacionais devem ser simples, digital e reutilizável:
1. Componentes de software educacional;
2. Conteúdos de objetos compartilháveis;
3. Objetos de conhecimento;
4. Objetos educacionais;
5. Objetos de aprendizagem.
Assim, desenvolver um objeto que possa ser utilizado para vários cursos, diminui os custos ou até sem custos quando se tornam públicos.
• Problemas: direitos autorais.
• Exemplos:
1. Aprendizagem interativa;
2. Computação assistida;
3. Educação a distância;
4. Ambientes de aprendizagem colaborativa.
Dessa forma, o professor necessita estar preparado também para estratégias pedagógicas dinâmicas. Os objetos servem para fazer experiências, simulações e demonstrações. É importante a padronização para ter interoperabilidade.
OA divididos em: Objetivos, conteúdo instrucional, prática e Feedback. Acredita-se que os OAs tornem-se um padrão mundial de trocas de informações entre sistemas de ensino.
Texto 2: Objetos de aprendizagem colaborativos
Resumo
SOUZA em seu artigo mostra-nos um planejamento de uso e construção colaborativa de Objetos de Aprendizagem, que são recursos digitais utilizados na prática pedagógica que vai:
• de textos completos;
• imagens em movimento;
• som
• E até simulações que podem ser utilizados por diferentes professores e alunos.
Segundo o autor, essas diferentes mídias são agregadas e disponibilizadas no Repositório de Objetos de Aprendizagem, possibilitando o aumento do valor do conhecimento e, por ser desenvolvido dentro de um padrão, garante a interoperabilidade, reutilização, acessibilidade e a produção colaborativa. Essa produção pode acontecer em forma de comentários do uso dos objetos de aprendizagem e, inclusive, o desenvolvimento colaborativo desses elementos.
• ROA – Repositórios de Objetos de Aprendizagem. Locais onde são depositados os objetos de aprendizagem (textos, imagens, animações, sons, mapas, simulações, etc) para que possam ser compartilhados, reutilizados e desenvolvidos por todos, num ambiente de aprendizagem colaborativo. São armazenados de forma sistemática, seguindo itens de classificação definidos pela IEEE Learning Object metadados Standard.
• Conceito de AO.: “qualquer recurso digital que pode ser reutilizado para assistir o aprendizado e distribuídos pela rede.” (Wiley, 2000)
• Estrutura: Objetivos, conteúdo instrucional, prática e feedback.
Para o autor, o diferencial dos objetos de aprendizagem é que permitem a simulação e a prática. Os objetos não podem ser estáticos, de transmissão e deixar de potencializar a produção do conhecimento. Os participantes devem ser emissores e receptores simultaneamente.
Assim, o trabalho coletivo e colaborativo deve produzir a participação dinâmica de professores e alunos nas atividades e definição das mesmas.
A Perspectiva sócio-interacionista enfatiza a troca entre sujeitos e objetos do conhecimento. E a utilização de código aberto (Open Source) evita se tornar refém das tecnologias proprietárias. Software livre é um bem público que está à disposição da sociedade.
Esses objetos poderão ser aperfeiçoados via web, no repositório onde estão armazenados. Sendo assim, rompe-se com a produção colaborativa, a idéia do copyright, dos direitos reservados e surge o copyleft, produção de domínio público.
Texto 3: Metodologia de desenvolvimento de objetos de aprendizagem
Resumo
MONTEIRO, ANDRADE, GOUVEIA, TAVARES e ANJOS procuram enfatizar em seu artigo que o ensino e a aprendizagem de conceitos físicos tem sido um desafio para professores e alunos de todo o país. Assim, facilitar estes processos e torná-los mais eficazes, tem-se tornado um desafio para o uso de objetos digitais de aprendizagem como uma valiosa ferramenta pedagógica. E é na teoria ausubeliana da aprendizagem significativa que são encontrados conceitos que servem de alicerce na idealização destas ferramentas.
Com base nessa idéia, o objeto de aprendizagem é composto pelos seguintes componentes:
• Textos eletrônicos– apoio teórico devem conter simplicidade, clareza e objetividade;
• Mapas conceituais– representações gráficas semelhantes a diagramas que organizam conceitos;
• Animação interativa– imagens que simulam evento real.
Que buscam explorar o lúdico, os conhecimentos prévios do aprendiz e sua experiência pessoal com o material pedagógico.
A aprendizagem significativa se torna realidade quando o aprendiz incorpora significados ao seu aprendizado, quando isso não ocorre temos a aprendizagem mecânica. Para que aconteça AS, o conteúdo ensinado tem que ser relacionável com sua estrutura cognitiva.
• Interatividade: participação ativa do aluno de forma bidirecional. Receber e ser capaz de transformar.
Tecnologias envolvidas na construção dos AO:
• Java Apllets;
• Flash;
• Modellus;
• Javascript;
• HTML;
• XML.
Fases Desenvolvimento:
• Definição do tema e contexto;
• desenvolvimento do mapa conceitual (protótipo 1 – fenômeno físico);
• desenvolvimento de textos (Protótipo 2 – contextualização e integração do mapa conceitual);
• verificação de erros conceituais (integração dos textos) e ajustes finais.
Framework:
• “um conjunto de classes que incorporam um projeto abstrato para solucionar uma família de problemas relacionados”. (Johnson e Foote, 1988).
Seus componentes:
• Loading;
• Gráficos;
• Vetores;
• Personagens;
• painel de ajuda e de créditos;
• botões e mapa conceitual.
Sempre devem considerar os processos cognitivos e a formação da cognição do aprendiz. Permitem navegação, animação interativa e aprofundamento em conceitos.
Texto 4: Teoria de Ausubel
Resumo
RAQUEL em trabalho sobre a teoria de Ausubel prioriza a discussão sobre a Aprendizagem Cognitiva.
Segundo a autora, a aprendizagem Cognitiva é a integração do conteúdo aprendido numa edificação mental ordenada, a estrutura Cognitiva que é toda a informação armazenada. É influenciador do processo de aprendizagem. Utilização de âncoras. Um novo conhecimento é assimilado mais facilmente se ancorado em conhecimentos prévios. Esse processo de associação de informações inter-relacionadas denomina-se Aprendizagem Significativa.
Assim, a aprendizagem mecânica é aquela em que há pouca ou nenhuma informação prévia. Depois de assimilada para a integrar ou criar novas estruturas cognitivas.
Para a autora, a AS constitui um método simples, prático e eficiente.
Subsunçor é uma estrutura específica ao qual uma n ova informação pode se integrar ao cérebro humano.
A Aprendizagem mecânica é necessária e inevitável, mas depois se transforma em Significativa.
Para AS necessitamos:
• Material a ser assimilado deve ser potencialmente significativo e deve haver disposição do aprendiz para aprender.
Tipos de Aprendizagem Significativa:
• Representacional – associação simbólica
• Conceitos – associação de significados a símbolos.
Proposicional – necessita de conceitos e símbolos prévios. Promove a compreensão sobre uma conclusão.
• A aquisição de significados se dá através da assimilação.
Naturezas a Aprendizagem Significativa:
• Subordinada – a informação nova é assimilada pelo subsunçor.
• Superordenada - quando a nova informação é abrangente e necessita de vários subsunçor.
• Combinatória – nova informação não é ampla mas é muito abrangente. Relaciona-se a fatos menores e maiores.
A estrutura cognitiva pode ser muito estimulada através de métodos de integração e unificação de conceitos.
Papel pedagógico:
• Organização seqüencial – organizar a matéria de ensino para ser fácil assimilação (dar Significado)
• Identificar subsunçores para co-relacionar com o conhecimento do aprendiz.
• Identificar as estruturas cognitivas já consolidadas do aprendiz.
• Aplicação de um método de ensino que valorize a associação de novos conceitos com conceitos já assimilados pelos aprendizes.
Conceitos Apresentados:
• Aprendizagem Cognitiva
• Estrutura Cognitiva (ponto de ancoragem, subsunçor)
• Aprendizagem Mecânica
• Aprendizagem Significativa
• Representacional, Conceitual e Proposicional
• Subordinada, Superordenada e Combinatória
• Diferenciação Progressiva, Reconciliação Integrativa, Organização Sequencial e Consolidação.
Texto 5: Novas Aprendizagens
Resumo
SILVA em seu artigo trabalha os objetos de aprendizagem como uma nova tendência de estudo. Que, segundo ela, Poderá se transformar no “DNA” da educação “do futuro”.
A autora suscita que é extremamente necessária uma análise crítica de sua utilização. O modelo pedagógico deverá contemplar os conceitos de ensino e aprendizagem colaborativa.
Os AO são segmentos de informações autônomas destinadas às aprendizagens. São arquivos digitais que podem ser utilizados e reutilizados, armazenados em repositórios catalogados para serem identificados. Os metadados são dados que descrevem o conteúdo dos arquivos digitais desde o nome dos autores até informações sobre seu conteúdo, público alvo, etc.
Comparam-se os AO a caixas etiquetadas: caixas com conteúdo e múltiplos objetos e etiquetas que auxiliam na organização e busca.
Podem ser conteúdos multimídia, instrucionais, software instrucionais e até pessoas organizações e eventos.
Existem várias definições. Suas características:
• Autônomo;
• Interativo;
• Reutilizável;
• Agrupável;
• Identificado por metadados.
Que devem ser desenvolvidos segundo especificações e padrões técnicos, assim se estiver disponibilizado na internet pode ser utilizado por um maior número de pessoas.
Características de desenvolvimento:
• Interoperabilidade;
• Reutilização;
• Acessibilidade;
• Durabilidade;
• Estabilidade;
• Custo.
A Padronização é muito importante para garantir a viabilidade, para não depender de uma única tecnologia.
Metáforas:
• O LEGO: OA podem ser agrupados ou reagrupados de diferentes maneiras, para compor novas e diferentes formas.
• ÁTOMO: Estidades pequenas que podem ser combinadas e recombinadas para formar entidades maiores.
• CONSTRUÇÃO: materiais pré-fabricados , possuem especificações técnicas e padrões, oportunizam diferentes oportunidades para criação e inovação, podem ser combinados para pequenas ou grandes formas e permitem economia de escala.
Hierarquia de conteúdos granulares.
Primeiro nível:
• Dados brutos;
Segundo nível:
• Objetos de informações formados por conjuntos dos elementos ou dados brutos;
Terceiro nível:
• Conjunto de objetos de informações.
Desse processo resulta um repositório de objetos de informação reutilizáveis que podem ser aproveitados por diferentes modalidades de aprendizagem e tipos de distribuição de mídias. Inclui o e-learning, aulas tradicionais, soluções educacionais híbridas e diferentes tipos de mídia como impressa, CD interativo e Web.
Mudança de paradigma educacional, pois possibilita:
• Fonte de recursos didáticos – conteúdos, interações, simulações ou orientações didáticas e outras, seguindo padrões.
• Aprendizagem sob demanda – O aluno pode gerenciar sua própria aprendizagem. Podendo ter acesso a qualquer hora em qualquer lugar. Aprendizagem correta para uma situação específica.
• Aprendizagem colaborativa e construção coletiva – Usar e colaborar com ele. Fazer comentários para o desenvolvimento. Poderá colaborar alterando sua forma e conteúdo, construção coletiva.
Torna-se necessário que os alunos desenvolvam estruturas para criar experiências e contextualização.
Os educadores serão os planejadores, gestores, orientadores e mediadores, criando novos currículo e metodologias que levem a uma educação inclusiva, contextualizada e significativa.
Texto 6: Objetos de aprendizagem a serviço do professor
Resumo
MICROSOFT em Obejtos de aprendizagem a serviço do professor – LO (Learning Objects), acredita que estes mecanismos tecnológicos Podem melhorar a forma de ensino aprendizagem sendo o professor o protagonista. É uma ferramenta poderosa para transformar o aprendizado em prazer.
Nesse sentido, o texto enfatiza a Entrevista com Dr. César Augusto Nunes – pesquisador da Escola do Futuro da USP e Dr. Alexandre Gallota – Gerente de programas educacionais da Microsoft.
Vantagens para o aluno em usar LO – Sendo bem escolhidas permite o relacionamento de novos conhecimentos com os que já sabiam; fazem e testam hipóteses; aprende aplicabilidade e ser critico. Podem motivar e permitem contextualização, visualização de assuntos complexos, interação e apropriação. Uso fr ferramentas midiáticas (musica, desenho, gráficos, simulações, jogos, etc) .
Vantagens para o professor em usar LO – Semelhante ao aluno. Consegue flexibilidade para adaptar ao ritmo e interesse do aluno. Permite ao professor chegar mais facilmente no mundo dos interesses do aluno. Permite maior colaboração e participação do aluno.
Preparação dos professor - discutir os processos de ensino e aprendizagem e disponibilizar recurso. Elaborar objetivos e a partir dele atividades com os novos recursos. Deve ser capacitado para utilizar todos os recursos tecnológicos como mais uma ferramenta. Deve estar preparado para se comunicar com a nova geração digital que tem níveis de exigência e de exposição às novas tecnologias muito maior que a dele.
LO estão sendo empregados: Estão, mas não em todo o seu potencial. Primeiro deve-se popularizar e aumentar a oferta. Existem poucos LO públicos.
LO podem auxiliar todas as disciplinas: Sim. O professor propõe a partir dos interesses dos alunos.
Tem maior facilidades nas disciplinas que usam simulação, mas são flexíveis para todas.
Não existem restrições de idade, pode sar a partir do momento em que consiga interagir com o computador. Não existem receitas pois depende dos objetivos e da montagem das atividades.
Restrições dos LO: nunca substitui o professor e deve ser visto como mais uma ferramenta de apoio.
LO aumenta a qualidade: Se os alunos forem utilizadores e criadores de objetos de aprendizagem, pois assim ele participa ativamente do processo de construção do seu próprio conhecimento e do conhecimento coletivo. Pode diminuir a diferença de escolas públicas e particulares.
Experiências inovadoras LO: Canadá investe em repositórios (EduSource), Europa (Learning Networks). Hungria e Estados Unidos possuem iniciativas, mas comerciais. Brasil MEC (Rived) e USP (LabVirt-LOF).
Resumo
Segundo ESTEVES NETO, o Futuro de alunos com laptop e salas de aulas inteligentes já chegou. Assim a tecnologia tem que ser vista como parte do cotidiano, pois é uma ferramenta muito útil nos dias atuais.
Em sua dissertação o autor destaca os Objetos de Aprendizagem das “entidades digitais” que procuram divulgar e organizar as informações na net. Porém, a qualidade depende da participação integral do professor neste processo de ensino aprendizagem.
• Objetos de aprendizagem (Learning objetcts):
Qualquer entidade, digital ou não, que possa ser utilizada, reutilizada ou referenciada durante o aprendizado.
• Requisitos para construção dos OA:
Armazenamento de metadados em categorias, armazenamento de conteúdos instrucionais e suporte à modelagem conceitual.
• Característica:
Flexibilidade, facilidade de utilização, customização, Interoperabilidade, aumentar o valor do conhecimento e indexação e procura.
A principal característica deste meio é sua reusabilidade, pois todo o conhecimento é fruto de experiência de longos anos e cada experiência é vivida de modo diferenciado.
Para uma melhor compreensão da problemática é necessário conhecer o lugar social de quem olha. Compreender é uma interpretação. Cada leitor é co-autor. A informação passa por vários filtros emocionais, racionais, analíticos, julgadores ao mesmo tempo em cada indivíduo.
A tecnologia é um agende de mudanças educacionais e sociais. Tem perspectivas de perigo e de oportunidade. Deve ter um movimento para reflexão e reorientação da prática.
• Recursos educacionais devem ser simples, digital e reutilizável:
1. Componentes de software educacional;
2. Conteúdos de objetos compartilháveis;
3. Objetos de conhecimento;
4. Objetos educacionais;
5. Objetos de aprendizagem.
Assim, desenvolver um objeto que possa ser utilizado para vários cursos, diminui os custos ou até sem custos quando se tornam públicos.
• Problemas: direitos autorais.
• Exemplos:
1. Aprendizagem interativa;
2. Computação assistida;
3. Educação a distância;
4. Ambientes de aprendizagem colaborativa.
Dessa forma, o professor necessita estar preparado também para estratégias pedagógicas dinâmicas. Os objetos servem para fazer experiências, simulações e demonstrações. É importante a padronização para ter interoperabilidade.
OA divididos em: Objetivos, conteúdo instrucional, prática e Feedback. Acredita-se que os OAs tornem-se um padrão mundial de trocas de informações entre sistemas de ensino.
Texto 2: Objetos de aprendizagem colaborativos
Resumo
SOUZA em seu artigo mostra-nos um planejamento de uso e construção colaborativa de Objetos de Aprendizagem, que são recursos digitais utilizados na prática pedagógica que vai:
• de textos completos;
• imagens em movimento;
• som
• E até simulações que podem ser utilizados por diferentes professores e alunos.
Segundo o autor, essas diferentes mídias são agregadas e disponibilizadas no Repositório de Objetos de Aprendizagem, possibilitando o aumento do valor do conhecimento e, por ser desenvolvido dentro de um padrão, garante a interoperabilidade, reutilização, acessibilidade e a produção colaborativa. Essa produção pode acontecer em forma de comentários do uso dos objetos de aprendizagem e, inclusive, o desenvolvimento colaborativo desses elementos.
• ROA – Repositórios de Objetos de Aprendizagem. Locais onde são depositados os objetos de aprendizagem (textos, imagens, animações, sons, mapas, simulações, etc) para que possam ser compartilhados, reutilizados e desenvolvidos por todos, num ambiente de aprendizagem colaborativo. São armazenados de forma sistemática, seguindo itens de classificação definidos pela IEEE Learning Object metadados Standard.
• Conceito de AO.: “qualquer recurso digital que pode ser reutilizado para assistir o aprendizado e distribuídos pela rede.” (Wiley, 2000)
• Estrutura: Objetivos, conteúdo instrucional, prática e feedback.
Para o autor, o diferencial dos objetos de aprendizagem é que permitem a simulação e a prática. Os objetos não podem ser estáticos, de transmissão e deixar de potencializar a produção do conhecimento. Os participantes devem ser emissores e receptores simultaneamente.
Assim, o trabalho coletivo e colaborativo deve produzir a participação dinâmica de professores e alunos nas atividades e definição das mesmas.
A Perspectiva sócio-interacionista enfatiza a troca entre sujeitos e objetos do conhecimento. E a utilização de código aberto (Open Source) evita se tornar refém das tecnologias proprietárias. Software livre é um bem público que está à disposição da sociedade.
Esses objetos poderão ser aperfeiçoados via web, no repositório onde estão armazenados. Sendo assim, rompe-se com a produção colaborativa, a idéia do copyright, dos direitos reservados e surge o copyleft, produção de domínio público.
Texto 3: Metodologia de desenvolvimento de objetos de aprendizagem
Resumo
MONTEIRO, ANDRADE, GOUVEIA, TAVARES e ANJOS procuram enfatizar em seu artigo que o ensino e a aprendizagem de conceitos físicos tem sido um desafio para professores e alunos de todo o país. Assim, facilitar estes processos e torná-los mais eficazes, tem-se tornado um desafio para o uso de objetos digitais de aprendizagem como uma valiosa ferramenta pedagógica. E é na teoria ausubeliana da aprendizagem significativa que são encontrados conceitos que servem de alicerce na idealização destas ferramentas.
Com base nessa idéia, o objeto de aprendizagem é composto pelos seguintes componentes:
• Textos eletrônicos– apoio teórico devem conter simplicidade, clareza e objetividade;
• Mapas conceituais– representações gráficas semelhantes a diagramas que organizam conceitos;
• Animação interativa– imagens que simulam evento real.
Que buscam explorar o lúdico, os conhecimentos prévios do aprendiz e sua experiência pessoal com o material pedagógico.
A aprendizagem significativa se torna realidade quando o aprendiz incorpora significados ao seu aprendizado, quando isso não ocorre temos a aprendizagem mecânica. Para que aconteça AS, o conteúdo ensinado tem que ser relacionável com sua estrutura cognitiva.
• Interatividade: participação ativa do aluno de forma bidirecional. Receber e ser capaz de transformar.
Tecnologias envolvidas na construção dos AO:
• Java Apllets;
• Flash;
• Modellus;
• Javascript;
• HTML;
• XML.
Fases Desenvolvimento:
• Definição do tema e contexto;
• desenvolvimento do mapa conceitual (protótipo 1 – fenômeno físico);
• desenvolvimento de textos (Protótipo 2 – contextualização e integração do mapa conceitual);
• verificação de erros conceituais (integração dos textos) e ajustes finais.
Framework:
• “um conjunto de classes que incorporam um projeto abstrato para solucionar uma família de problemas relacionados”. (Johnson e Foote, 1988).
Seus componentes:
• Loading;
• Gráficos;
• Vetores;
• Personagens;
• painel de ajuda e de créditos;
• botões e mapa conceitual.
Sempre devem considerar os processos cognitivos e a formação da cognição do aprendiz. Permitem navegação, animação interativa e aprofundamento em conceitos.
Texto 4: Teoria de Ausubel
Resumo
RAQUEL em trabalho sobre a teoria de Ausubel prioriza a discussão sobre a Aprendizagem Cognitiva.
Segundo a autora, a aprendizagem Cognitiva é a integração do conteúdo aprendido numa edificação mental ordenada, a estrutura Cognitiva que é toda a informação armazenada. É influenciador do processo de aprendizagem. Utilização de âncoras. Um novo conhecimento é assimilado mais facilmente se ancorado em conhecimentos prévios. Esse processo de associação de informações inter-relacionadas denomina-se Aprendizagem Significativa.
Assim, a aprendizagem mecânica é aquela em que há pouca ou nenhuma informação prévia. Depois de assimilada para a integrar ou criar novas estruturas cognitivas.
Para a autora, a AS constitui um método simples, prático e eficiente.
Subsunçor é uma estrutura específica ao qual uma n ova informação pode se integrar ao cérebro humano.
A Aprendizagem mecânica é necessária e inevitável, mas depois se transforma em Significativa.
Para AS necessitamos:
• Material a ser assimilado deve ser potencialmente significativo e deve haver disposição do aprendiz para aprender.
Tipos de Aprendizagem Significativa:
• Representacional – associação simbólica
• Conceitos – associação de significados a símbolos.
Proposicional – necessita de conceitos e símbolos prévios. Promove a compreensão sobre uma conclusão.
• A aquisição de significados se dá através da assimilação.
Naturezas a Aprendizagem Significativa:
• Subordinada – a informação nova é assimilada pelo subsunçor.
• Superordenada - quando a nova informação é abrangente e necessita de vários subsunçor.
• Combinatória – nova informação não é ampla mas é muito abrangente. Relaciona-se a fatos menores e maiores.
A estrutura cognitiva pode ser muito estimulada através de métodos de integração e unificação de conceitos.
Papel pedagógico:
• Organização seqüencial – organizar a matéria de ensino para ser fácil assimilação (dar Significado)
• Identificar subsunçores para co-relacionar com o conhecimento do aprendiz.
• Identificar as estruturas cognitivas já consolidadas do aprendiz.
• Aplicação de um método de ensino que valorize a associação de novos conceitos com conceitos já assimilados pelos aprendizes.
Conceitos Apresentados:
• Aprendizagem Cognitiva
• Estrutura Cognitiva (ponto de ancoragem, subsunçor)
• Aprendizagem Mecânica
• Aprendizagem Significativa
• Representacional, Conceitual e Proposicional
• Subordinada, Superordenada e Combinatória
• Diferenciação Progressiva, Reconciliação Integrativa, Organização Sequencial e Consolidação.
Texto 5: Novas Aprendizagens
Resumo
SILVA em seu artigo trabalha os objetos de aprendizagem como uma nova tendência de estudo. Que, segundo ela, Poderá se transformar no “DNA” da educação “do futuro”.
A autora suscita que é extremamente necessária uma análise crítica de sua utilização. O modelo pedagógico deverá contemplar os conceitos de ensino e aprendizagem colaborativa.
Os AO são segmentos de informações autônomas destinadas às aprendizagens. São arquivos digitais que podem ser utilizados e reutilizados, armazenados em repositórios catalogados para serem identificados. Os metadados são dados que descrevem o conteúdo dos arquivos digitais desde o nome dos autores até informações sobre seu conteúdo, público alvo, etc.
Comparam-se os AO a caixas etiquetadas: caixas com conteúdo e múltiplos objetos e etiquetas que auxiliam na organização e busca.
Podem ser conteúdos multimídia, instrucionais, software instrucionais e até pessoas organizações e eventos.
Existem várias definições. Suas características:
• Autônomo;
• Interativo;
• Reutilizável;
• Agrupável;
• Identificado por metadados.
Que devem ser desenvolvidos segundo especificações e padrões técnicos, assim se estiver disponibilizado na internet pode ser utilizado por um maior número de pessoas.
Características de desenvolvimento:
• Interoperabilidade;
• Reutilização;
• Acessibilidade;
• Durabilidade;
• Estabilidade;
• Custo.
A Padronização é muito importante para garantir a viabilidade, para não depender de uma única tecnologia.
Metáforas:
• O LEGO: OA podem ser agrupados ou reagrupados de diferentes maneiras, para compor novas e diferentes formas.
• ÁTOMO: Estidades pequenas que podem ser combinadas e recombinadas para formar entidades maiores.
• CONSTRUÇÃO: materiais pré-fabricados , possuem especificações técnicas e padrões, oportunizam diferentes oportunidades para criação e inovação, podem ser combinados para pequenas ou grandes formas e permitem economia de escala.
Hierarquia de conteúdos granulares.
Primeiro nível:
• Dados brutos;
Segundo nível:
• Objetos de informações formados por conjuntos dos elementos ou dados brutos;
Terceiro nível:
• Conjunto de objetos de informações.
Desse processo resulta um repositório de objetos de informação reutilizáveis que podem ser aproveitados por diferentes modalidades de aprendizagem e tipos de distribuição de mídias. Inclui o e-learning, aulas tradicionais, soluções educacionais híbridas e diferentes tipos de mídia como impressa, CD interativo e Web.
Mudança de paradigma educacional, pois possibilita:
• Fonte de recursos didáticos – conteúdos, interações, simulações ou orientações didáticas e outras, seguindo padrões.
• Aprendizagem sob demanda – O aluno pode gerenciar sua própria aprendizagem. Podendo ter acesso a qualquer hora em qualquer lugar. Aprendizagem correta para uma situação específica.
• Aprendizagem colaborativa e construção coletiva – Usar e colaborar com ele. Fazer comentários para o desenvolvimento. Poderá colaborar alterando sua forma e conteúdo, construção coletiva.
Torna-se necessário que os alunos desenvolvam estruturas para criar experiências e contextualização.
Os educadores serão os planejadores, gestores, orientadores e mediadores, criando novos currículo e metodologias que levem a uma educação inclusiva, contextualizada e significativa.
Texto 6: Objetos de aprendizagem a serviço do professor
Resumo
MICROSOFT em Obejtos de aprendizagem a serviço do professor – LO (Learning Objects), acredita que estes mecanismos tecnológicos Podem melhorar a forma de ensino aprendizagem sendo o professor o protagonista. É uma ferramenta poderosa para transformar o aprendizado em prazer.
Nesse sentido, o texto enfatiza a Entrevista com Dr. César Augusto Nunes – pesquisador da Escola do Futuro da USP e Dr. Alexandre Gallota – Gerente de programas educacionais da Microsoft.
Vantagens para o aluno em usar LO – Sendo bem escolhidas permite o relacionamento de novos conhecimentos com os que já sabiam; fazem e testam hipóteses; aprende aplicabilidade e ser critico. Podem motivar e permitem contextualização, visualização de assuntos complexos, interação e apropriação. Uso fr ferramentas midiáticas (musica, desenho, gráficos, simulações, jogos, etc) .
Vantagens para o professor em usar LO – Semelhante ao aluno. Consegue flexibilidade para adaptar ao ritmo e interesse do aluno. Permite ao professor chegar mais facilmente no mundo dos interesses do aluno. Permite maior colaboração e participação do aluno.
Preparação dos professor - discutir os processos de ensino e aprendizagem e disponibilizar recurso. Elaborar objetivos e a partir dele atividades com os novos recursos. Deve ser capacitado para utilizar todos os recursos tecnológicos como mais uma ferramenta. Deve estar preparado para se comunicar com a nova geração digital que tem níveis de exigência e de exposição às novas tecnologias muito maior que a dele.
LO estão sendo empregados: Estão, mas não em todo o seu potencial. Primeiro deve-se popularizar e aumentar a oferta. Existem poucos LO públicos.
LO podem auxiliar todas as disciplinas: Sim. O professor propõe a partir dos interesses dos alunos.
Tem maior facilidades nas disciplinas que usam simulação, mas são flexíveis para todas.
Não existem restrições de idade, pode sar a partir do momento em que consiga interagir com o computador. Não existem receitas pois depende dos objetivos e da montagem das atividades.
Restrições dos LO: nunca substitui o professor e deve ser visto como mais uma ferramenta de apoio.
LO aumenta a qualidade: Se os alunos forem utilizadores e criadores de objetos de aprendizagem, pois assim ele participa ativamente do processo de construção do seu próprio conhecimento e do conhecimento coletivo. Pode diminuir a diferença de escolas públicas e particulares.
Experiências inovadoras LO: Canadá investe em repositórios (EduSource), Europa (Learning Networks). Hungria e Estados Unidos possuem iniciativas, mas comerciais. Brasil MEC (Rived) e USP (LabVirt-LOF).
Grupo 3: A breve história da EaD no Brasil: Do Instituto Universal Brasileiro à Universidade Aberta do Brasil.
Texto 1 - A trajetória da educação a distância no Brasil.
• A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Esse enfoque na distância como separação geográfica entre aquele que ensina e aquele que aprende, deve-se ao fato de nos últimos anos, devido ao avanço nos sistemas de comunicação, as distâncias entre os seres humanos em todo o mundo terem diminuído significativamente. Há não muito tempo, os meios de comunicação para grandes distâncias eram ainda bastante incipientes, processando-se quase que unicamente por correspondência, levando às vezes dias, meses ou mesmo anos, enquanto hoje nos comunicamos com qualquer parte do mundo em apenas minutos, quando não segundos, via telefone, internet, satélites e tantos outros meios de comunicação advindos do avanço tecnológico característico do nosso tempo, como aponta NISKIER (1999, p. 13). Dentre as características fundamentais do mundo contemporâneo, destacam-se o volume de informações e a hipervelocidade com que são veiculadas, acarretando transformações profundas em todos os níveis do conhecimento humano. É a era da comunicação por satélites, dos computadores, da hipermídia, da derrubada de fronteiras e limites de espaço e tempo entre as nações e os homens.
Os conhecimentos transmitidos, pelos primeiros viajantes, historiadores e descobridores, e depois por exploradores e antropólogos, poderiam talvez ser considerados como os primórdios de uma certa educação à distância, embora não contassem com qualquer sistematização voltada ao ensino propriamente, o que apenas viria a acontecer séculos mais tarde.
Embora não exista entre os autores das obras pesquisadas para dar sustentação teórica a este trabalho um consenso quanto à definição do termo educação à distância, nem tampouco quanto ao momento preciso de seu surgimento histórico, a maioria deles aponta o século XVIII como marco das primeiras elaborações de tal modalidade.
Sem pretender reconstruir a história detalhada da educação à distância, mas oferecer elementos para um referenciamento mais amplo do assunto, apresenta-se a seguir um panorama, a partir da literatura pesquisada, dos caminhos percorridos por essa modalidade ao longo do tempo, dividindo sua trajetória em duas etapas distintas: a primeira, mostrando os primórdios da educação a distância, os dados mais genéricos sobre o seu surgimento, e a segunda, discorrendo sobre os principais momentos de seu desenvolvimento histórico.
Em quase todas as obras pesquisadas neste estudo, a educação a distância no Brasil nem sequer é mencionada, e mesmo naquelas que de alguma maneira a ela se referem, fazem-no apenas a partir da sua implantação oficial no país, na década de 70.
Essa ausência de referências à educação a distância no Brasil causa espanto, uma vez que já há muito tempo os estudos por correspondência oferecidos pelo Instituto Monitor e pelo Instituto Universal Brasileiro são um fato. A falta de menção a essas instituições, nas obras que fundamentaram teoricamente este trabalho, deixa uma lacuna não só quanto à real dimensão do trabalho por elas realizado, enquanto pioneiras da área, mas principalmente quanto ao próprio surgimento da educação à distância no Brasil.
Nas poucas obras que se referem à educação à distância no Brasil, constata-se que as instituições acima referidas foram, sem dúvida, as pioneiras da modalidade à distância no país, de modo sistematizado, através do ensino por correspondência, embora os primeiros passos dos cursos a distância no Brasil tenham sido dados já na primeira década do século XX, mais exatamente em 1904, com a chegada ao Rio de Janeiro de uma instituição de origem norte-americana que oferecia cursos de idiomas por correspondência, mas sobre a qual nenhum dado foi encontrado na literatura aqui pesquisada.
É preciso também mencionar que no início dos anos 20, mais precisamente entre 1922 e 1925, houve no Brasil um importante trabalho educativo através do rádio: o trabalho de radiodifusão realizado por Roquette Pinto, como mostram CHERMANN e BONINI (2000, p.19):
No Brasil a EAD nasceu já no século XX. Para Saraiva (1966), a EAD tem início no Brasil entre 1922 e 1925, com Roquete Pinto e a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a partir da inserção de trechos da programação dedicados à radiofusão da cultura, com a finalidade de ampliar o acesso à Educação. Em seguida, temos algumas experiências feitas pela Marinha e pelo Exército brasileiros, pelo Instituto Rádio Monitor, criado em 1939, assim como pelo Instituto Universal Brasileiro, fundado em 1941. Estes últimos existem até hoje. A estes seguiram-se outras alternativas, como o Projeto Minerva, na década de 70, as tevês educativas, como a Fundação padre Anchieta, em São Paulo, e a Fundação Educacional Pe. Landel de Moura. Vale citar aqui o Telecurso 2º grau, o Telecurso 1º grau e o Telecurso 2000, iniciativas da Rede Globo de Televisão que contam com o apoio das tevês educativas e, finalmente, o IOB – Informações Objetivas, órgão voltado para a área de serviços. Podemos lembrar, também, o consórcio das universidades do Centro-Oeste, firmado recentemente, a Universidade Virtual de Brasília e a experiência feita pela Universidade de Santa Catarina.
Na escassa literatura sobre a educação a distância no Brasil, o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro são sempre reconhecidos como os pioneiros da área, mas muito raramente alguns autores citam ainda o trabalho de radiodifusão de Roquette Pinto como o primeiro ensaio da educação a distância no Brasil, sendo que, de qualquer maneira, o que se encontra são tão somente referências a tais trabalhos, sem nenhum detalhamento com relação às suas reais contribuições, trajetórias históricas ou realizações.
Essa clara falta de interesse dos estudiosos da educação à distância no Brasil para com a sua própria história, afinal, serviu aqui de estímulo a este trabalho, que pode ser de alguma relevância na área da nossa educação a distância, sobretudo no que se refere ao desafio de conhecer, compreender e analisar o surgimento da educação a distância no Brasil no contexto sócio-político do final da década de 30 e inicio da década de 40, objetivo específico deste trabalho.
• A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Como visto, embora a maioria dos autores consultados demonstre grande preocupação com o surgimento da educação a distância no mundo, ignoram quase que por completo a existência da educação a distância no Brasil no período anterior ao da sua implantação oficial na década de 70. Esse fato leva à indagação sobre os caminhos percorridos pela “nossa” educação à distância desde o seu surgimento até sua oficialização.
A literatura a esse respeito é quase inexistente, com exceção de duas obras que resultaram de pesquisas sobre o ensino por correspondência no Brasil, realizadas por instituições governamentais: a primeira, realizada pelo Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA) em conjunto com o Instituto de Planejamento (IPLAN) no início da década de 70, e organizada e publicada por Lúcia Radler dos Guaranys e Cláudio de Moura Castro, em 1979 (GUARANYZ e CASTRO, 1979), e a segunda, realizada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro em convênio com o Ministério da Educação e Cultura, concluída em 1977, e publicada em 1980 (MEC/UERJ, 1980).
Verifica-se que enquanto que a literatura a respeito da educação a distância implantada e regulamentada pelo governo na década de 70 é até bem razoável, a educação a distância praticada no país antes desta data, foi totalmente relegada a um segundo plano e, quando muito, é apenas mencionada por alguns poucos autores, com exceção das obras citadas no parágrafo anterior.
Essa falta de interesse dos estudiosos da educação a distância, quer sobre a educação a distância de um modo geral, quer sobre a educação a distância no Brasil de modo mais específico, sugere que só é possível compreender o surgimento e a trajetória histórica da nossa educação a distância, a partir da articulação de dois enfoques distintos: a educação a distância “oficial”, isto é, aquela implantada e regulamenta pelo governo na década de 70, e a educação a distância “não-oficial”, aquela que, sem nenhum vínculo com as esferas governamentais, tem sido praticada legalmente no país desde bem antes da oficialização.
• A educação a distância oficial no Brasil
• Implantação da educação a distância oficial no Brasil
Dentre os autores dessa literatura, Niskier (1999), já tinha dado a conhecer que a modalidade a distância no Brasil teve sua origem no Movimento de Educação de Base (MEB), na década de setenta, com o objetivo de alfabetizar adultos através do Rádio, tendo sido implantada com o Programa Nacional de Tele-educação (Prontel) na gestão de Jarbas Passarinho como Ministro da Educação, como atesta o próprio:
“[...] na orientação competente do Professor Niskier ministrava o MEC a educação a distância, os meios de comunicação de massa atingindo crescentes regiões distantes dos centros principais, envolvendo número considerável de pessoas, com a utilização da teledidática. Entre seus objetivos figurava a educação permanente de adultos, principalmente na alfabetização e na educação continuada, que tinha a seu cargo o vitorioso Projeto Minerva, de veiculação de cursos supletivos pelos milhares de radiopostos instalados e funcionando pelo território nacional; a Televisão Educativa, com seus projetos de caráter informativo, cultural e de instrução; a assistência a diversas Fundações Educativas dos Estados, bem como um projeto pioneiro da Fundação Educacional Padre Landell de Moura, que proporcionava ensino supletivo no Rio Grande do Sul, aplicando teledidática”. (PASSARINHO, apud NISKIER,1999, p. 10).
Alguns autores acreditam que o surgimento da educação a distância no Brasil na década de 70, representou, na verdade, uma alternativa encontrada pelo Governo Federal para tentar diminuir o analfabetismo no país, enquanto outros, acreditam que o governo foi levado a legalizar e regulamentar a educação a distância pelo fato de os meios de comunicação, já naquela época, mostrarem-se favoráveis a prática de ensino.
• Regulamentação da educação a distância oficial no Brasil
Embora se considere que a oficialização e a regulamentação da educação à distância no Brasil ocorreram com a Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, Artigo 26, não se pode deixar de observar que na verdade essa lei era específica para o ensino supletivo a distância diferentemente da lei de dezembro de 1996, como mostra Niskier (1999, p.16): “O sistema de ensino brasileiro obteve enorme flexibilidade com a promulgação da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, cuja regulamentação propicia a criação de novas modalidades de cursos, de modo a poder incorporar novos conteúdos, práticas pedagógicas e procedimentos de avaliação.” NISKIER (1.999, p. 79-81), mostra ainda que a Constituição brasileira, pelo Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, regulamentou o Art. 80 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as normas e regras da educação à distância no Brasil, conforme a seguir:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV da Constituição, e de acordo com o disposto no art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. DECRETA:
Art. 1º --- Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Parágrafo Único --- Os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horários e duração , sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente.”
Art. 2º --- Os cursos a distância que conferem certificado ou diploma de conclusão do ensino fundamental para jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional, e de graduação serão oferecidos por instituições públicas ou privadas especificamente credenciadas para esse fim, nos termos deste Decreto e conforme exigências a serem estabelecidas em ato próprio, expedido pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 1º --- a oferta de programas de mestrado e doutorado na modalidade a distância será objeto de regulamentação específica.
§ 2º --- O credenciamento de instituições do sistema federal de ensino, a autorização e o reconhecimento de programas a distância de educação profissional e de graduação de qualquer sistema de ensino deverão observar, além do que estabelece este Decreto, o que dispõe as normas contidas em legislação específica e as regulamentações a serem fixadas pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 3º --- A autorização, o reconhecimento de cursos e o credenciamento de instituições do sistema federal de ensino que oferecem cursos de educação profissional a distância deverão observar, além do que estabelece este Decreto, o que dispõem as normas contidas em legislação específica.
§ 4º --- O credenciamento das instituições e a autorização dos cursos serão limitados a cinco anos, podendo ser renovados após avaliação.
§ 5º --- A avaliação de que trata o parágrafo anterior obedecerá a procedimentos, critérios e indicadores de qualidade definidos em ato próprio, a ser expedido pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 6º --- A falta de atendimento aos padrões de qualidade e a ocorrência de irregularidade de qualquer ordem serão objeto de diligência, sindicância e, se for o caso, de processo administrativo que vise a apura-los, sustando-se, de imediato, a tramitação de pleitos de interesse a instituição, podendo ainda acarretar-lhe o descredenciamento.
Art. 3º --- A matrícula nos cursos a distância de ensino fundamental para jovens e adultos, ensino médio e educação profissional será feita independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
Parágrafo único --- A matrícula nos cursos de graduação e pós-graduação será efetivada mediante comprovação dos requisitos estabelecidos na legislação que regula esses níveis.
Art. 4º --- Os cursos a distância poderão aceitar transferência e aproveitar créditos obtidos pelos alunos em cursos presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas em cursos à distância poderão ser aceitas em cursos presenciais.
Art. 5º --- Os certificados e diplomas de cursos a distância autorizados pelos sistemas de ensino, expedidos por instituições credenciadas e registradas na forma da lei, terão validade nacional.
Art. 6º --- Os certificados e diplomas de cursos a distância emitidos por instituições estrangeiras, mesmo quando realizados em cooperação com instituições sediadas no Brasil, deverão ser revalidados para gerarem efeitos legais, de acordo com as normas vigentes para o ensino presencial.
Art. 7º --- A avaliação do rendimento do aluno para fins de promoção, certificação ou diplomação realizar-se-á no processo por meio de exames presenciais, de responsabilidade da instituição credenciada para ministrar o curso segundo procedimentos e critérios definidos no projeto autorizado.
Parágrafo único --- Os exames deverão avaliar competências descritas nas diretrizes curriculares nacionais, quando for o caso, bem como conteúdos e habilidades que cada curso se propõe a desenvolver.
Art. 8º --- Nos níveis fundamental para jovens e adultos, médio e educação profissional, os sistemas de ensino poderão credenciar instituições exclusivamente para a realização de exames finais, atendidas as normas gerais da educação nacional.
§ 1º --- Será exigência para credenciamento dessas instituições a construção e manutenção de banco de itens que será objeto de avaliação periódica.
§ 2º --- Os exames dos cursos de educação profissional devem contemplar conhecimentos práticos, avaliados em ambientes apropriados.
§ 3º --- Para exame dos conhecimentos práticos a que se refere o parágrafo anterior, as instituições credenciadas poderão estabelecer parcerias, convênios ou consórcios com instituições especializadas no preparo profissional, escolas técnicas, empresas e outras adequadamente aparelhadas.
Art. 9º --- O Poder Público divulgará periodicamente, a relação das instituições credenciadas, recredenciadas e os cursos ou programas autorizados.
Art. 10º --- As instituições de ensino que já oferecem cursos a distância deverão, no prazo de um ano de vigência deste Decreto, atender às exigências nele estabelecidas.
Art. 11º --- Fica delegada competência ao Ministro de Estado da Educação e do Desporto, em conformidade a estabelecido nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, para promover os atos de credenciamento de que trato o § 1º do Art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, das instituições vinculadas ao sistema federal de ensino e das instituições de educação profissional e de ensino superior dos demais sistemas.
Art. 12º --- Fica delegada competência às autoridades integrantes dos demais sistemas de ensino de que trata o Art. 80 da Lei 9.394, de 1996, para promover os atos de credenciamento de instituições localizadas no âmbito de suas respectivas atribuições, para oferta de cursos a distância dirigidos à educação de jovens e adultos e ensino médio.
Art. 13º --- Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de fevereiro de 1998; 177ª da Independência de 110ª da república.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, Paulo Renato de Souza. A cópia de “A Regulamentação da EAD no Brasil” atual, disponível no site do Ministério da Educação - Secretaria de Educação à Distância – disponível na internet em 10/07/2003, encontra-se no Anexo 02 deste trabalho.
Observa-se que a implantação oficial da educação a distância no Brasil é um fato bastante recente, especialmente se comparado à existência do ensino por correspondência existente no país desde a primeira metade do século XX. Talvez uma das razões pelas quais exista um espaço de mais de meio século entre o surgimento e a oficialização da educação a distância no Brasil, sejam as dificuldades de aceitação da mesma em nosso meio acadêmico, que por muito tempo julgou o ensino a distância uma forma “inferior” de prática pedagógica e, em conseqüência disso, acabou por rejeitá-lo.
Para Niskier (1999), um dos problemas mais sérios da educação a distância é a capacitação de professores para essa modalidade de educação, o que, segundo ele, não um problema só da educação a distância, mas da educação brasileira como um todo, embora isso não impeça que inúmeras instituições ofereçam diversos cursos através do ensino a distância.
Não se pode deixar de reconhecer que no atual mundo globalizado, maior conhecimento e capacitação para o trabalho são necessidades reais; que a educação há muito deixou de ser algo que ocorre apenas durante algumas etapas específicas da vida humana, tornando-se um processo de formação contínua; e que a educação a distância, se acessível a todas as classes sociais, poderá constituir-se num valioso instrumento no combate às desigualdades sociais. Porém, como no Brasil a busca do conhecimento sempre foi muito dispendiosa e por isso privilégio dos poucos que de alguma maneira podiam arcar com os gastos de uma escola tradicional, abdicando de um trabalho que lhes assegurasse o sustento, para muitos só restava o ensino das instituições públicas, que até o início dos anos sessenta garantia, até certo ponto, uma educação capaz de satisfazer as necessidades do povo, mas que nos últimos quarenta anos, especialmente as de ensino básico, tornaram-se totalmente deficientes. Restaram, então, as instituições privadas que passaram a ter melhor qualidade de ensino, mas que devido a seus altos custos também acabaram por beneficiar apenas uma pequena parcela da população. Assim, o acesso ao conhecimento e à capacitação profissional continuou sendo um privilégio dos já privilegiados economicamente, fazendo com que a proliferação de instituições de ensino básico e superior da rede privada, por mais críticas que possam merecer, tornou-se a única alternativa para aqueles que, mesmo com uma educação básica e nível socioeconômico precários, não desistem de tentar obter conhecimento e qualificação profissional. Mas, por ser esta uma alternativa também bastante inacessível a uma grande parcela da nossa população devido a seus altos custos, a educação a distância pode significar para muitos a única alternativa, o que provavelmente tem sido o motivo de a mesma vir ganhando cada dia mais adeptos.
Nessa perspectiva, pode-se pensar que, do ponto de vista econômico, a educação a distância pode ser a solução para muitas pessoas que jamais teriam condições de obter conhecimento e capacitação profissional pelas vias tradicionais e, por decorrência, obter uma melhor qualidade de vida. Se assim for, a educação a distância pode ser considerada extremamente positiva tanto para quem a adota porque precisa de um bom desempenho profissional e objetiva uma melhor qualidade de vida, quanto para quem precisa de profissionais qualificados, objetivando alcançar maior lucratividade. Se essa for realmente a sua função, também dos pontos de vista pedagógico e sociológico, a educação a distância pode significar um novo método de educação que poderá favorecer tanto o indivíduo quanto a sociedade, porque poderá contribuir para diminuir as diferenças sociais, já que possibilita às pessoas de classes sócio-econômicas menos privilegiadas o acesso ao conhecimento e à capacitação profissional, melhorando os salários, aumentando o poder aquisitivo e, conseqüentemente, possibilitando uma melhor qualidade de vida.
Talvez a idéia de que um curso a distância possa significar uma melhor qualidade vida, seja uma das razões para que hoje se depare com um verdadeiro boom da modalidade a distância, com uma infinidade de ofertas de cursos especialmente por internet, o que também deve ser visto com muita atenção. Pelo fato de ser tão jovem, a educação a distância oficial no Brasil conta, ainda hoje, com algumas pessoas que participaram ativamente de sua implantação e regulamentação pelo governo, na década de 70, e que até hoje continuam realizando trabalhos nessa mesma área. Algumas dessas pessoas, embora não atuem mais na área da educação a distância, têm seus nomes definitivamente vinculados à história da educação a distância no Brasil e, dada a importância de suas atuações na história da nossa educação a distância, decidiu-se, neste trabalho, conhecer as suas contribuições, através do que aqui foi denominado de “história viva da educação a distância no Brasil”, e que é mostrado a seguir.
• As instituições pioneiras
• O Instituto Monitor
Segundo Guarisi, o Instituto Monitor foi fundado em 1939, buscando atender a mão-de-obra especializada de técnicos em eletrônica demandada na época. Fundado por Nicolas Goldberger, ex-funcionário da RCA Victor de Buenos Aires (Argentina), o Instituto Rádio Técnico Monitor iniciou suas atividades oferecendo cursos por correspondência. Esses cursos tinham por objetivo preparar técnicos em instalação, consertos e montagem de receptores de rádio, aparelho eletrônico que acabara de ser introduzido no país. Como na época ainda não existiam, portanto, pessoas especializadas no manejo de tais aparelhos, os cursos oferecidos pelo Instituto Monitor visavam preparar pessoas que moravam tanto nos grandes centros urbanos quanto em localidades cujo acesso era bastante difícil, fornecendo-lhes a capacitação necessária para “mexer” com rádio.
Vivendo o Brasil, a partir do início da década de 30, aquilo que Bresser Pereira (1985) denominou de “Revolução Industrial Brasileira”, que nas palavras do próprio autor significou a transição do domínio do capital mercantil, latifundiário e especulativo para o capital industrial, o rádio constituiu-se no principal veículo de comunicação do país, necessitando, portanto, de indivíduos capacitados para operá-lo. Ainda segundo Bresser Pereira, a política protecionista do governo brasileiro para com a indústria nacional na década de 30, impulsionando o processo de industrialização em vários setores da indústria nacional, resultou no desenvolvimento do setor eletrônico em todo o território nacional, emergindo daí a urgência em preparar profissionais com conhecimento para montar e consertar receptores de rádio. Aproveitando sua experiência e conhecimento na área, o fundador do Instituto Monitor passou a oferecer cursos voltados à preparação de técnicos para atender tal demanda e, como o rádio não era privilégio apenas de quem morava nos grandes centros urbanos, e sim o aparelho eletrônico que chegava também aos mais longínquos cantos do território nacional, o ensino por correspondência poderia atender as necessidades do país como um todo. Inicialmente, o Instituto Monitor oferecia apenas cursos voltados a formar técnicos em eletrônica, passando a ofertar outros cursos, a partir da constatação de que poderia abarcar também outras demandas da sociedade naquele momento. Segundo Guarisi, um fato bastante peculiar fez com que o fundador da instituição pensasse em oferecer outros cursos além dos cursos de eletrônica: os primeiros cursos tinham por objetivo formar técnicos para atender exclusivamente a indústria eletrônica, mas como o Instituto Monitor recebia um grande número de alunos de regiões muito distantes, que vinham para São Paulo para receber instruções mais diretas e aqui chegavam acompanhados de suas mulheres, o Senhor Nicolas teve a idéia de oferecer cursos de interesse feminino, começando por corte e costura e caligrafia. Conforme a demanda, novos cursos foram sendo oferecidos, como datilografia e taquigrafia, dentre outros. Assim, o Instituto Monitor iniciou suas atividades em 1939 com o nome de Instituto Rádio Técnico Monitor – com Inscrição nº 100.379.260 na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Inscrição nº 60.943.974/0001-30 no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda e com Registro nº 5, Categoria COR, na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo - Departamento de Ensino Técnico. Instalado no mesmo bairro de Santa Efigênia, região central da cidade de São Paulo/SP, desde sua fundação, em 1942 mudou apenas da Rua Aurora para a Timbiras, onde permanece até hoje. O bairro de Santa Efigênia que à época da fundação do Instituto Monitor caracterizava-se pelo comércio de vestuário - roupas, chapéus, tecidos finos etc - é hoje conhecida como a “zona eletrônica” da cidade de São Paulo, devido a ser o local de maior concentração do comércio de produtos eletrônicos da Capital, o que para algumas pessoas deve-se à existência do Instituto Monitor.
Acompanhando as mudanças ocorridas na sociedade brasileira a partir da época de sua fundação, o Instituto Monitor foi criando novos cursos, buscando atender algumas demandas que surgiam em cada momento como, por exemplo, quando na década de 50 criou cursos voltados ao ensino de como “mexer” com aparelho de televisão – primeiro a tv preto e branco e depois a tv a cores. Era uma nova máquina que surgira e exigia pessoas com conhecimento para manejá-la. Assim como a televisão, outras inovações tecnológicas foram surgindo e novos cursos foram sendo oferecidos pelo Instituto. Segundo GUARANYS e CASTRO (1979, p.112-114), Por volta de 1970 o Instituto Monitor contava com 18 cursos profissionalizantes e um curso de suplência de 1º grau (antigo Curso Madureza Ginasial), com um total de aproximadamente 25.000 alunos espalhados por todo o país aos quais eram oferecidos os seguintes cursos:
Rádio Transistores, TV (Preto e Branco) e Eletrônica Geral com Multímetro Importado; Rádio Transistores, TV (Preto e Branco e a Cores) e Eletrônica Geral; TV a Cores e Eletrônica; Eletrotécnica; Eletricista de Automóvel; Eletricista Enrolador; Eletricista Instalador; Transistores e Semicondutores; Desenho Artístico-Publicitário; Desenho Arquitetônico; Desenho Mecânico; Português por Correspondência; Inglês Comercial; Português/Inglês; Caligrafia; Corte e Costura; Madureza Ginasial e (em preparação) Auxiliar de Escritório e Secretariado Prático. A maioria dos cursos tinha duração de 05 e 10 meses e alguns poucos 15 meses. Tendo passado por quatro proprietários-dirigentes distintos ao longo de mais de sessenta anos de existência e de atuação ininterrupta na área da educação a distância, o Instituto Monitor encontra-se desde 1985 nas mãos dos atuais proprietários-dirigentes. Sobrevivendo a todas as intempéries da sua própria história e enfrentando as transformações pelas quais passou a sociedade brasileira nas seis últimas décadas, o Instituto Monitor continuou oferecendo cursos a distância buscando atender as necessidades de cada momento. Desse modo, se em 1939 o país precisava de pessoas com conhecimento para montar e desmontar aparelhos de rádio, era isso que o Instituto Monitor oferecia; se na década de 50 o país precisava de pessoas com conhecimento para manejar aparelhos de televisão, era isso que o Instituto Monitor buscava oferecer; se hoje o país precisa de pessoas com conhecimento para montar e desmontar computadores, é a essa demanda que o Instituto Monitor visa a atender. Mas, enquanto em 1939, a comunicação entre o Instituto e o aluno era feita apenas por correspondência, hoje conta, também, com a internet, o vídeo etc.
De acordo com dados fornecidos por Guarisi, em depoimento em outubro de 2002, - até 2002, 20% do aluno do Instituto Monitor eram de São Paulo (Capital e Interior) e 80% de outros Estados; - a partir de 2002 - 70% eram de São Paulo (Capital e Interior) e 30% de outros Estados; - até há poucos anos os cursos eram feitos por correspondência e hoje 30% dos cursos são realizados por internet, 50% por telefone e 20% por correspondência; - o aluno conta com professores para tirar dúvidas e/ou orientá-lo a qualquer hora que precisar; - os contatos entre o aluno e o professor são feitos por carta, telefone, fax, internet ou diretamente; - os professores são especialmente treinados para atender e acompanhar os alunos; - os textos que vão para o aluno estudar são desenvolvidos pelos professores; - os professores são mensalistas e não horistas; - toda correspondência recebida é metodicamente separada, contada, classificada e encaminhada aos diversos setores da instituição; - todo controle de matrículas, pagamentos, remessa de lições e materiais didáticos, de catálogos informativos, registros de notas e consultas técnicas com os professores, é feito pelo Centro de Processamento de Dados.
De acordo com dados fornecidos por Guarisi, em e-mail de Janeiro de 2006, atualmente o Instituto Monitor oferece os seguintes cursos:
• Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental – 2º Segmento e Ensino Médio;
• Educação Profissional - Habilitações Profissionais de Nível Técnico;
• Cursos Técnicos em Eletrônica (com CREA); Informática, Secretariado (com DRT);
• Contabilidade, Transações Imobiliárias (com CRECI) e, com planos de curso em andamento, os cursos de Técnico em Gestão de Negócios e Técnico em Telecomunicações;
• Cursos Profissionalizantes Livres de Eletrônica, Eletricista Enrolador, Montagem e Reparação de Aparelhos Eletrônicos, Letrista e Cartazista, Silk-Screen, Caligrafia, Chaveiro, Desenho Artístico e Publicitário, Eletricista, Chocolate, Corte e Costura, Bijouteria, Licores, Bolos Doces e Festas, Sorvetes, Fotografia e Manequins e Modelos dentre outros;
• Cursos de Formação Profissional e e-learning.
• Oferece, ainda, Cursos Presenciais de Eletrônica, Afiação e Noções de Informática.
Os Cursos Supletivos à Distância de Ensino Fundamental e Ensino Médio e de Habilitação Profissional-Técnico em Secretariado; Técnico em Contabilidade; Técnico em Processamento de Dados; Técnico em Eletrônica e Técnico em Transações Imobiliárias, receberam, em 1995, autorização da 12ª Delegacia de Ensino da Capital, nos termos do Decreto 39.902, de –1/01/95 e Deliberação CEE 33/72 (publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 16/01/1997).
A Instituição conta atualmente com 24.937 alunos matriculados e oferece aos mesmos:
Plantão Educacional Presencial, Plantão Educacional Eletrônico, Sistema de Recuperação, Guia do Aluno, Revista Monitor, Carteira de Estudante, Diplomas e Certificados de Conclusão dos cursos e, dispõe, ainda, de estrutura para: adotar nos cursos técnicos módulos de aprendizado; criar e produzir materiais gráficos; formar professores; adotar o sistema de avaliação por competências; ser credenciado para exames de EJA; criar o Guia do Aluno; ter um site restrito ao aluno; manter convênios com o CIEE, o FUNDAP e o NUBE; manter convênios com empresas e instituições para grupos de estudo; oferecer cursos profissionalizantes de nível básico livres; desenvolver projetos experimentais e-learning livres; desenvolver wokshops para exames do CRC; instalar um ponto fixo em Curitiba/PR; participar da ABED; participar de feiras, congressos e demais eventos, e planejar diversos outros cursos que serão implantados em 2006.
Os dados fornecidos por Guarisi em depoimento, em outubro de 2002, sobre a trajetória do Instituto Monitor no período que especialmente interessa neste trabalho – final da década de 30 e início da década de 40 – são semelhantes aos dados encontrados na literatura, resumindo-se esta às duas obras já citadas neste trabalho: MEC/UERJ ( 1980 ) e Guaranyz e Castro (1979 ). Por serem estas as únicas obras que mostram alguma preocupação com o surgimento da educação a distância no Brasil, destacam-se as citações abaixo, as quais constam tal como aparecem nas referidas obras, respectivamente nos Anexos 04 e 05 deste trabalho.
Segundo a pesquisa MEC/UERJ (1980, p.111-112), O Instituto Rádio-Técnico Monitor S.A., foi fundado em 1939 por Nicolas Goldberger que permaneceu à frente da instituição até 1967. Trazendo experiência de outros países, com conhecimentos profundos de metodologia e didática adequados ao ensino à distância, sentiu que era a ocasião de implantar no Brasil um curso por correspondência, atingindo a população que dispersa e distante estava dos centros de ensino profissional existentes. Sua opção foi para um ramo da eletrônica – Rádio Técnico - Surge, então, o primeiro curso de rádio por correspondência com o objetivo de preparar profissionais para instalação, reparo e montagem de receptores de rádio.
Registrado na Prefeitura do município de São Paulo como contribuinte de Imposto sobre serviços de qualquer natureza, inscrição nº 1044478-5; na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo – isento – regime especial – do Imposto de Circulação de Mercadorias – inscrição nº 100.379.260; Cadastro Geral do Contribuinte do Ministério da Fazenda – inscrição nº 60.943.974/0001-30 e da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo – Departamento do Ensino Técnico – Registro nº 5, categoria COR. Partindo para uma expansão gradativa, o Instituto Monitor ampliou seu local de trabalho, e, em 1951, já ocupava uma área construída de 900 m2. Em 1954 adquiriu a Tipografia Aurora S/A que até hoje trabalha, exclusivamente, para o Instituto Monitor. Atualmente ocupa área superior a 2000 m2 no centro da cidade de São Paulo, mantendo 18 cursos profissionais na modalidade suprimento e um na modalidade suplência de 1º grau (antigo Madureza Ginasial). O Instituto Monitor hoje está enquadrado na Lei como Núcleo de Ensino Supletivo Livre por Correspondência. Público-Alvo Há um atendimento em média de 25.000 alunos espalhados por todo o território nacional.
Segundo GUARANYZ e CASTRO (1979, p. 18), O EPC iniciou-se no Brasil em 1939 com a fundação do Instituto Rádio- Técnico Monitor, que optou por um ramo da eletrônica, a Radiotécnica, tendo por objetivo preparar profissionais para instalação, reparo e montagem de receptores de rádio. Mais tarde, tendo novos cursos sido implantados, o Instituto mudou-se da sala que ocupava para um casarão de 8 cômodos e, em 1951, para um prédio de três andares. Em 1954, adquiriu uma gráfica e alugou um depósito. Esse estabelecimento parece ter-se expandido gradativamente, sendo hoje em tamanho, a segunda mais importante escola brasileira por correspondência. Edita uma revista mensal sobre Rádio e Televisão desde 1947 que é vendida nas bancas de jornal. Tem uma média anual de 25.000 alunos.
• O Instituto Universal Brasileiro
A década de 40 despontou no negro cenário Segunda Guerra Mundial, com sérias conseqüências para todas as nações do mundo. E é neste cenário que, em 1941, surgiu o Instituto Universal Brasileiro, segunda instituição a oferecer cursos por correspondência no Brasil, num momento em que o país acabara de atravessar um dos mais turbulentos períodos da sua história, vivendo, ainda, os duros anos da Ditadura Vargas, e tentando se ajustar às profundas transformações ocorridas em todos os setores da sociedade devidas a assim chamada ‘Revolução Industrial Brasileira’.
Mais uma vez, diante da falta de uma literatura que fornecesse dados a respeito do surgimento do Instituto Universal Brasileiro, bem como sobre a trajetória histórica desta instituição pioneira do ensino por correspondência no Brasil, decidiu-se buscar informações diretamente com aqueles que a vivenciaram. Assim, os dados que seguem foram compilados do depoimento concedido, em agosto de 2001, pelo atual Diretor-Presidente e proprietário do Instituto Universal Brasileiro, Luis Fernando Naso.
De acordo com Naso, o Instituto Universal Brasileiro foi fundado por um ex-sócioproprietário do Instituto Monitor e registrado em cartório no dia 14 de Outubro de 1941. Nos primeiros anos de atuação na área do ensino por correspondência no Brasil, o Instituto Universal Brasileiro oferecia cursos de datilografia, taquigrafia e estenografia, visando atender às demandas da época. Utilizando como meios de divulgação do seu produto não apenas a mídia escrita - jornais e revistas - mas também o rádio, veículo de comunicação que tinha uma abrangência muito maior, os cursos do Instituo Universal chegavam aos mais longínquos cantos do país.
Acompanhando as demandas do mercado de trabalho que vinham surgindo no país, o
Instituto Universal Brasileiro foi criando e ofertando novos cursos, como auxiliar de escritório, caixa, correspondente, secretariado, português e inglês, como anunciava a revista O Cruzeiro de 30/01/1943. Assim, em 1944 o Instituto Universal Brasileiro criou o curso de contabilidade, em 1945 o curso de corte e costura e, em 1949, os cursos de desenho artístico e mecânica, como anunciava a revista O Cruzeiro de 09/06/1949. Aos poucos foi oferecendo novos cursos e adquirindo modernos equipamentos para impressão de material didático. Ainda na década de 40 o Instituto Universal Brasileiro tornou-se uma das mais fortes instituições do ensino a distância no país, como conta Naso: “Lançou novos cursos, adquiriu os mais modernos equipamentos impressores para a produção de apostilas didáticas e impressos e utilizou um método próprio de linguagem didática, jornalística e educacional, tornando-se a mais importante instituição de ensino a distância do país a partir nos anos 40.”
No início da década de 50, aproveitando a chegada da televisão ao Brasil, o Instituto Universal Brasileiro lançou o curso “Aprenda Rádio e Televisão”, divulgando-o de maneira massiva num dos veículos de comunicação de maior expressão na época: a revista O Cruzeiro, que na época tinha uma tiragem semanal de 60.000 exemplares.
Ainda na década de 50, com o ensino por correspondência impulsionado pelas propagandas do Instituto Universal Brasileiro, algumas outras instituições surgiram tentando partilhar das vantagens deste mercado que parecia bastante promissor. Já na década de 40, tinham surgido no Brasil “A Voz da Profecia” em 1943, e o SENAC, em 1946, que ofereciam cursos por correspondência. Na década de 50 surgiram o IBAM e a Escola de Ensino Técnico Paulista por Correspondência, conforme informou NASO: “Ainda na década de 50 do século XX, uma outra instituição de Ensino a Distância começou a funcionar no país – a Escola de Ensino Técnico Paulista por Correspondência, fundada pelo Sr. José Naso. Essa escola oferecia cursos de relojoeiro, rádio-técnico e televisão, perfumista, desenho e costura.”
De acordo NASO, em 1962, enquanto no Brasil se vivia o turbulento início dos anos sessenta, a Inglaterra abria sua primeira instituição de ensino à distância - a Open University. O ensino à distância começou a ganhar força e, em 1967, foi divulgado em diversas partes do mundo que o então Primeiro Secretário do Partido Comunista Russo, Mikhail Gorbachev, formara-se em Economia Agrícola Científica num curso por correspondência, no Instituto Agrícola de Stavropov, na Rússia. Nesse mesmo ano foi criado no Brasil, o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL.
Em 1975, já com inúmeras instituições oferecendo cursos por correspondência no Brasil, localizadas em sua grande maioria em São Paulo e Rio de Janeiro, os irmãos Naso (Luis Fernando, José Carlos e Paulo Roberto) fundaram, na cidade de São Paulo/SP, as Escolas Associadas de Cursos Livres Ltda e, em 1982, quatro anos após o falecimento do fundador do Instituto Universal Brasileiro, os irmãos Naso tornaram-se seus proprietários. Assim, explica NASO, que em 1977 o Projeto ‘Ensino por Correspondência’, de iniciativa do Ministério da Educação e Cultura, desenvolvido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro sob a coordenação do Professor Arnaldo Niskier e consultoria do Professor Newton Sucupira, contou com as participações do Instituto Universal Brasileiro, Instituto Rádio Técnico Monitor, Escolas Associadas de Cursos Livres e outras instituições. Em 1979 faleceu o fundador do Instituto Universal Brasileiro.
Segundo GUARANYS e CASTRO (1979, p.105-109), Por volta de 1970 o Instituto Universal Brasileiro sediado em São Paulo/SP, com uma filial no Rio de Janeiro/RJ e outra em Brasília/DF, contava com 22 cursos profissionalizantes, além dos cursos Supletivos de 1º e 2º Graus, com um total de aproximadamente 150.000 alunos espalhados por todo o território nacional, aos quais eram oferecidos os cursos: Rádio Transistores-TV e TV a Cores; Eletricidade de Automóveis; Mecânica de Automóveis; Torneiro Mecânico; Mecânica Geral; Contabilidade Prática; Desenho Mecânico; Desenho Arquitetônico; Desenho Artístico e Publicitário; Física e Química; Matemática Moderna; Técnico Administração de Empresas; Auxiliar de Escritório e Caixa; Televisão Preto e Branco e a Cores; Corte e Costura; Eletricidade; Inglês; Bordado, Tricô e Crochê; Refrigeração e Ar Condicionado; Secretariado Moderno; Português e Desenho para Publicidade. A maioria dos cursos tinha duração de 03 e 04 meses.
Ainda de acordo com os autores acima (p. 107), Na década de 70 do século passado, o Instituto Universal Brasileiro mantinha um grande número de alunos que estudavam gratuitamente por comprovarem que não tinham condições de arcar com qualquer quantia para pagar seus estudos. Eram presidiários, deficientes físicos e enfermos em fase de recuperação, dentre outros. De 1941 (ano de sua fundação) até 1995, o Instituto Universal Brasileiro dedicou-se exclusivamente a oferecer cursos técnicos e profissionalizantes a distância para todo o território brasileiro, e no final de 1995 autorizado pelo Conselho de Educação do Estado de São Paulo (Parecer CEE- 11/95, Portaria publicada em 28/12/95), passou a oferecer também os cursos Supletivos de Ensino Fundamental e Ensino Médio a distância para pessoas maiores de 15 anos. Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394/96, de 20/12/96, o Instituto Universal Brasileiro foi legalmente reconhecido como instituição de ensino de 1º e 2º Graus a distância De acordo com Naso e, também com dados coletados na internet, já estudaram no Instituto Universal Brasileiro 3.600.000 pessoas, e a instituição conta atualmente com: sete Unidades de Atendimento aos alunos (locais onde os alunos podem tirar suas dúvidas diretamente com os professores e realizar as avaliações presenciais); duas Unidades Administrativas; uma na Capital e outra no interior do Estado, além de um parque gráfico localizado no interior do Estado (com área total de 30.000m2 e área construída de 6000 m2), onde é processada toda a impressão do material utilizado pelos seus alunos. A instituição conta ainda com um corpo docente especializado para atender aos alunos, salas de avaliações para provas presenciais, salas de vídeo, salas individuais e coletivas com professor, além de outros equipamentos didáticos empregados nos cursos; Departamento de Recebimento de Correspondência (DRC); Central de Processamento de Dados (CPD); Departamento de Atendimento ao Aluno (DAE); Departamento Didático (DD); Departamento de Conferência (DC) e Departamento de Expedição (DEX).
A sede do Instituto Universal Brasileiro está localizada na cidade de São Paulo/SP e os alunos contam com sete Unidades de Atendimento, sendo que cinco delas encontram-se na cidade de São Paulo/SP e duas no interior do Estado, assim distribuídas:
• Sede – localizada na região central da capital;
• Sub-sede 01-- Unidade Brooklim (Zona Sul da capital);
• Sub-sede 02-- Unidade Boituva (interior do Estado);
• Sub-sede 03-- Unidade Santo Amaro (Zona Sul da capital);
• Sub-sede 04-- Unidade Lapa (Zona Oeste da capital);
• Sub-sede 05-- Unidade Itaquera (Zona Leste da capital);
• Sub-sede 06-- Unidade São Mateus (Zona Leste da capital);
• Sub-sede 07-- Unidade Guarulhos (grande São Paulo).
Perfil do aluno do Instituto Universal Brasileiro:
• maioria oriunda das regiões Norte e Nordeste;
• renda mensal entre 02 e 06 salários mínimos
• desempregado, mão-de-obra não qualificada e sem profissão específica
• empregado que procura o curso para garantir o emprego ou para ascender na empresa e tem urgência na obtenção tanto do conhecimento quanto do certificado;
• desempregado que procura o curso porque necessita de escolaridade para candidatar- se a uma função e tem urgência na obtenção do conhecimento e do certificado porque acredita que com isso melhoram suas chances de conseguir uma boa colocação;
• procura cursos à distância para formação pessoal; por ser mais cômodo estudar sem obrigatoriedade de presença, horário, provas etc. ou porque não tem acesso a um ensino presencial;
São normas da instituição:
• cursos realizados por módulos; materiais enviados via correio; provas presenciais periódicas; locais de fácil acesso aos alunos; flexibilidade de dias e horários tanto para aulas de reforço quanto para as avaliações; plantões de dúvidas com professores gabaritados para atendimento individual ou em grupo; conclusões parciais das disciplinas curriculares e certificado (reconhecido) ao aluno que reunir as conclusões parciais de todas as disciplinas previstas na Base Nacional Comum da Lei 9394/96;
• as matrículas são feitas diretamente nas Unidades, pelo correio ou pela internet.;
• no ato da matrícula o aluno deve apresentar, além da documentação pessoal os comprovantes de escolaridade para que a mesma seja feita por disciplina ou série, de acordo com a análise do seu histórico escolar;
• o aluno que pretende ingressar na 5ª série do Ensino Fundamental passa por um Módulo Preparatório para verificar-se tem o conhecimento necessário para ingressar no curso (ler e interpretar textos e conhecimentos básicos de matemática);
• a instituição oferece material impresso auto-didático, material didático, sistema de aprendizagem específico, acompanhamento escolar com orientadores de aprendizagem por carta, telefone, internet e direto e sistema de avaliação presencial;
•
Atualmente o Instituto Universal Brasileiro utiliza além da correspondência, os mais modernos meios de comunicação (internet, vídeo, teleconferência etc.) e oferece além dos cursos Supletivos de Ensino Fundamental e Ensino Médio, um total de trinta e três cursos profissionalizantes: Agropecuária; Auxiliar de Administração de Empresas; Auxiliar de Contabilidade; Auxiliar de Escritório e Caixa; Beleza da Mulher; Bijouteria; Bordado e Crochê; Caligrafia; Corte e Costura; Datilografia e Digitação; Desenho Arquitetônico; Desenho Artístico e Publicitário; Desenho Mecânico; Eletricidade; Eletricidade de Automóveis; Eletrônica Digital; Eletrônica Rádio e TV 3 em 1; Espanhol Básico; Fotografia; Inglês; Jardinagem; Mecânica de Automóveis; Mecânica de Motos; Mecânica Diesel; Mecânica Geral; Mestre de Obras; Refrigeração e Ar Condicionado; Secretariado Moderno; Silk Screen; Técnicas de Vendas; Torneiro Mecânico; Tricô e Violão.
Tal como em relação ao Instituto Monitor, as únicas obras nas quais se encontram dados sobre o surgimento do Instituto Universal Brasileiro, foram as pesquisas já citadas anteriormente (MEC/UERJ, 1980, e Guaranyz e Castro, 1979), que complementaram os dados advindos do depoimento prestado por Luis Fernando Naso em Agosto de 2001 e os dados coletados na internet. Por serem as obras acima as únicas nas quais se encontrou dados sobre a história do Instituto Universal Brasileiro, faz-se constar as citações abaixo, respectivamente nos Anexos 06 e 07 deste trabalho.
Segundo a pesquisa MEC/UERJ (1980, p.105-107) O Instituto Universal Brasileiro Ltda., como entidade de ensino livre por correspondência, foi fundado em outubro de 1941, colocando-se entre os pioneiros desse sistema em nosso país.
Sediada em São Paulo – Capital, o Instituto Universal Brasileiro estendeu seu plano de ação através de todo o Território Nacional, e, ainda, de Portugal, Angola e Moçambique, conquistando uma clientela estimada em 15.000 (quinze mil) alunos.
Em 12 de janeiro de 1956, foi promulgada, pelo então governador do Estado de São Paulo, a Lei nº 3.344, que disciplinava o funcionamento de escolas de ensino livre no Estado. Essa Lei vinha regulamentar, também, os estabelecimentos de ensino por correspondência, enquadrando-os na
categoria de Núcleos de Ensino Profissional Livre”. Todas as providências foram tomadas para que a entidade se amoldasse aos termos da Lei em vigor e seu regulamento baixado pelo Decreto nº 26.570, de 12 de outubro de 1956.
O Instituto Universal foi registrado sob o nº 4, categoria “COR”, na Superintendência do Ensino Profissional, posteriormente transformada no Departamento de Ensino Técnico, na Rua Piratininga, nº 84, São Paulo. O enquadramento da entidade no sistema de ensino profissional veio implicar uma série de exigências que seriam atendidas rigorosamente:
• supervisão periódica das atividades pelos inspetores de ensino do Departamento de Ensino Técnico, fornecendo qualquer informação atinente ao trabalho educativo e permitidas as necessárias averiguações;
• apresentação anual de uma estatística completa das atividades, com o registro de todos os alunos que se matricularam no referido período;
• aprovação daquele órgão de todos os cursos a serem lançados pela Entidade;
• registro no departamento de Ensino de todos os professores, mediante exame de habilitação;
A instituição possui um grande parque gráfico onde são impressos todo o material de divulgação e as lições. Público-Alvo:
O EPC destina-se a alcançar uma clientela, a mais diversificada possível, uma vez que oferece cursos que requerem um mínimo de prérequisitos, incluindo vários outros cursos que podem ter egressos do 1º, 2º ou 3º Graus.
Segundo GUARANYZ e CASTRO (1979, p.18):
A maior é o Instituto Universal Brasileiro. Fundada em 1941, foi-se expandindo, contando agora com cerca de 120.000 alunos. Esta instituição praticamente duplicou o número de alunos de 1972 a 1976 (ver Tabela II 1). Possui prédio próprio, de três andares, gráfica, e uma agência de correio em sua sede para o envio da correspondência.
Assim como os dados sobre a trajetória histórica do Instituto Monitor, fornecidos pela sua Diretora-Vice Presidente, Elaine Guarisi, foram bastante coincidentes com os dados constantes na pesquisa MEC/UERJ (1980) e em Guaranyz e Castro (979), constatamos que os dados fornecidos pelo Diretor-Presidente do Instituto Universal Brasileiro, Luis Fernando Naso, sobre a trajetória histórica do mesmo, também são semelhantes aos dados encontrados nas referidas obras.
Ainda que o levantamento de dados tenha sido tarefa árdua, fragmentada e exaustiva, resultou nesse dimensionamento histórico dos primórdios da modalidade a distância, que foi de suma importância para os objetivos deste trabalho.
Texto 2 - O que é Mídia-Educação
Resumo
Belloni em seu texto procura por questões norteadoras para a sua análise, a seguir temos algumas dessas questões para a melhor compreensão de seus argumentos.
1. Da tecnologia à comunicação educacional.
Segundo a autora, a realidade vivida e a realidade virtual acabam, por serem percebidas como equivalentes. Assim, a tecnologia passa a ter um papel importante no conhecimento e convivência social, que poderá deixar de ser humana.
2. A sociedade digitalizada
O desenvolvimento acelerado das TIC, segundo Belloni, deve-se a miniaturização, a digitalização e a difusão das redes. A miniaturização levou a baixos preços e conseqüentemente a massificação das TIC. Com as digitalização aumentou a informação que esta sendo disseminada pelas redes, aumentando as possibilidades de comércio transformando a informação em nova moeda.
TICs são a fusão entre Informática, telecomunicações e as mídias eletrônicas.
As tecnologias devem ser vistas não como meras ferramentas de desenvolvimento técnico e sim com transformadores sociais.
3. Tecnologias e educação
Para Berlloni, sobreviver na sociedade e integra-se no mercado de trabalho, o indivíduo precisa adquirir habilidades de autogestão, resolução de problemas, adaptabilidade e flexibilidade, assumir responsabilidades, aprender por si e constantemente, trabalhar em grupo de modo cooperativo e pouco hierarquizado.
Os sistemas educacionais terão que atualizar currículos e métodos de ensino, enfatizar mais a aquisição de habilidades de aprendizagem e interdisciplinaridade, conseqüentemente diminuir conteúdos sem negligenciar a formação de espírito científico e manter a educação ao longo da vida. Sistema de ensino voltado tanto para o mercado de trabalho como para criação de novos processos de trabalho.
TICs como ferramenta pedagógica para formação de um indivíduo autônomo.
A integração das TICs na educação não deve ser vista com deslumbramento nem como apocalíptica. Não se deve pressionar o professor a utilizá-la a qualquer custo, como ela está no cotidiano e faz parte do universo dos jovens, sendo uma forte razão para o desenvolvimento de uma necessidade de integração TICs-educação.
4. Mediatização: da tecnologia à comunicação educacional
Definições apropriadas das mídias às educações estão diretamente relacionadas aos objetivos e características dos educandos.
Sua utilização com fins educativos exige mudanças radicais nos modos de compreender o ensino e a didática.
5. Novos professores, outros alunos.
Os professores podem ser os mesmos, mas os alunos não são. Abre-se campo de pesquisa a respeito dos “modos de aprendizagem mediatizadas”.
Avanço nas pesquisas sobre linguagens. Como incorporar novas imagens, telas, meios de informação a educação. Autodidaxia, alunos aprendendo autonomamente e professores sendo parceiros na construção do conhecimento.
Andragogia: conhecimento das especificidades de aprendizagem dos adultos. Uso da sociologia da infância e da adolescência, para que o aluno não tenha visão individualizada como receptor mais ou menos ativo.
6. Mídia-Educação, ética e estética.
• O papel da tv no processo de socialização.
Em geral os jovens aprendem algo pela tv. A TV tem papel importante na socialização das novas gerações. Fator de controle e reprodução social. O Objetivo é o consenso, difusão de valores e a normas consideradas comuns pela sociedade e divulgadas pela tv. Porem a tv tem uma forma unilateral, sendo o telespectador passivo. Ela não substitui a comunicação existente na relação da criança com outras pessoas que fazem parte do seu universo e que são fundamentais para criação de hábitos e comportamentos.
• Violência:
Mídias tv analisada pelo aspecto éticos (significados valorativos) e estéticos (composição técnica das narrativas). O fascínio dos jovens pelas imagens de violência. Ela é tema e linguagem (conteúdo e forma). Elas banalizam a violência tornando sua utilização normal e aceitável como forma de coibir o mal. Generalizam a violência como se ela estivesse o tempo todo a nossa porta, não importando nossa realidade e momento histórico.
Texto 3 - A RedeLET
Resumo
SANTOS em seu trabalho disserta sobre o Sistema de Disseminação de Informações Tecnológicas Emergentes (SDITE), que tem por objetivo captar, processar e disseminar informações científicas e tecnológicas pertinentes com relação à formação profissional de nível médio e manter um banco de dados permanentemente atualizado nas mais diversas áreas do conhecimento. Ele apresenta inicialmente o Sistema de Disseminação de Informações Tecnológicas Emergentes (SDITE), primeiro modelo a ser implantado e discutimos seu modo de funcionamento. Em seguida, apresenta o processo de evolução do SDITE à RedeLET e, igualmente, apresenta as características globais desta rede latino-americana em pleno processo de implantação.
Foi o embrião da atual Rede Latino-Americana de Comunicação de Dados para a Educação Tecnológica (redeLET).
Quanto à capacitação e à atualização científica e tecnológica do corpo docente destas instituições de ensino secundário profissionalizante, os avanços científicos e tecnológicos são mais acelerado, tentando romper a fronteira entre a teoria e a prática.
Cabe ao professor, enquanto responsável pela educação tecnológica, assegurar a capacitação do futuro técnico quanto aos principais objetivos atribuídos à formação técnica: desenvolver domínio e competência do saber técnico; resolver problemas de ordem técnica; desenvolver habilidades de concepção e de manutenção;. Favorecer o desenvolvimento de uma reflexão sobre sua formação técnica, seus objetivos e seu campo de ação e de uma estrutura conceptual de sua área de formação; preparar o aluno para enfrentar a evolução de sua área de formação com relação às modificações científicas e tecnológicas. A formação continuada do professor torna-se assim fundamental para cumprir esses objetivos.
Assim as dificuldades encontradas para essa formação levou a proposta de um mecanismo de formação a distância que não afetasse o cotidiano, desse autonomia e valorize-se o interesse do Professional. Optou-se para a formação assistida por computador e criação e divulgação de um banco de dados atualizado permanentemente de disseminação do conhecimento. (SDITE).
SDIT: banco de dados com um cadastro nacional de especialistas, cadastro de entidades e um cadastro de informações científicas e tecnológicas. Depois de captadas e processadas todas as informações de acordo com suas áreas seria divulgada a todos os profissionais através disquetes, de um jornal ou de um catálogo de informações.
Foi operacionalizado de modo experimental em 1988, envolvendo 140 especialistas, 40 instituições e mais de 600 informações tecnológicas coletadas e neste mesmo ano foi oficialmente apresentado a população alvo em Curitiba no CEFET PR.
Em 1990 por problemas de mudanças de dirigentes, o projeto ficou comprometido e foi pensada uma nova forma de operacionalizar criando uma rede de dados voltada para a comunicação de informações sobre a educação tecnológica no Brasil e em países Latino Americano.
A RedeLET tem como principais objetivos a integração em rede, a nível nacional, das instituições federais de educação tecnológica, a promoção da atualização dos professores destas instituições através de programas de formação, reciclagem, o intercâmbio e o apoio a países da América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Equador) na interconexão dos seus bancos de dados relativos à educação tecnológica e o fomento do intercâmbio entre os países da América do Sul no que diz respeito à formação para o trabalho.
Esse tipo de estratégia de formação através do interesse do professor, favorece em muito o seu desenvolvimento. Formação educativa inovadora, através da informática e da rede de informações.
Além de coletas informações o professor também poderia alimentar o sistema com suas informações. Essa é a idéia hoje do que chamamos Internet 2.0.
Assim, as aplicações da informática no campo educacional introduziram no plano social modificações de comportamento introduzidas pela utilização do computador no processo educativo, no plano pedagógico à necessária de adequação do computador aos objetivos da escola com instituição de comunicação de conhecimentos e no plano tecnológico modifica-se quanto a incorporação desta tecnologias no fazer pedagógico.
A utilização da RedeLET como mecanismo de formação continuada à distância de professores, instaura um processo interativo inédito. Dando acesso a informações atualizadas, permitindo integração entre professores e pesquisadores, diminuindo a distância entre a inovação tecnológica e a escola, favorece assim o crescimento do professor e de seus alunos.
Texto 4 - Como utilizar a Internet na educação.
Resumo
José Manuel Moran em seu trabalho procura tecer um relato e análise de experiências pessoais e institucionais que utilizam a Internet na educação presencial como pesquisa, apoio ao ensino e como comunicação. O autor avalia os avanços e problemas que estão acontecendo atualmente e mostra que a Internet é mais eficaz, quando está inserida em processos de ensino-aprendizagem e de comunicação que integram as dimensões pessoais, as comunitárias e as tecnológicas.
Texto 5 - Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo.
Resumo
MORAN, discutindo os fascínios pelas tecnologias desencadeados em nosso mundo moderno ressalta que as tecnologias de comunicação provocam profundas mudanças na sociedade. Contribuem para a expansão do capitalismo, fortalecendo o modelo urbano. Sua utilização busca o lucro, a expansão e internacionalização de tudo que tem valor econômico. Todas as vantagens tecnológicas visão exclusivamente a expansão capitalista na busca de novos mercados. A internet inicialmente só com objetivos militares, agora atende também a pesquisas e a um amplo segmento de negócios. Abriu-se uma enorme possibilidade de comunicação, boas e ruins. O re-encantamento da tecnologia esta na possibilidade de interação intensa entre o real e o virtual. Estamos numa fase de reorganização das dimensões da sociedade. Os valores são outros a economia é dinâmica, muda relação entre capital e trabalho.
• Mudanças que as tecnologias de comunicação favorecem:
Barateamento de comunicação, novas possibilidades de enviar e receber textos, mobilidade, personalização,, disponibilidade, desprendimento de espaço tempo, novos espaços de trabalho, cooperação a distância, novas possibilidades de atualização, acesso a informação.
Atualmente há uma necessidade de comunicação com multimídias (sons, imagens e textos).
O computador está se tornando um instrumento de trabalho, de comunicação e de lazer.
A realidade virtual exacerbará nossa relação de sentidos com a intuição.
O re-encantamento acontece apenas conosco que somos os únicos que podemos pensar, relacionar, sentir, intuir e surpreender. Temos que integrar nossos sentidos, emoções e razão. Devemos fazer um uso libertador dessas tecnologias e não um uso consumista, de fuga.
• Tecnologia na educação
As tecnologias não mudam necessariamente a relação pedagógica. Pode reforçar umas visões conservadoras, individualistas como uma visão progressista. As TI não substituem o professor, ele deve se transformar agora no estimulador da curiosidade, um problematizador, questionador, coordenador, contextualizador, ajudar a transformar informação em conhecimento. A tecnologia abre as paredes das escolas. As TI abrem um leque de possibilidades enormes que devem ser talhados de forma elaborada para contribuir com a construção do conhecimento. Não deixar a utilização na sua forma superficial, alienante ou autoritária. O re-encantamento, em grande parte, vai depender apenas de nós.
O que o autor pretende com este seu trabalho é apresentar os resultados de um estudo sobre as políticas públicas para o ensino superior à distância, tomando como ponto de partida a aprovação da Lei de Diretrizes da Educação Nacional (LDB) – Lei 9394/96, que desencadeou o processo de reconhecimento da educação à distância (EAD) no Brasil que, por sua vez, passou a exigir uma definição de políticas e estratégias para sua implementação e consolidação nas mais diversas Instituições de Ensino Superior (IES) do país.
Texto 6 - Ensino superior a distância no Brasil: Políticas públicas e estratégias de gestão
Resumo
Segundo COSTA, a Lei que reconhece oficialmente o ensino a distância é o da LDB – nº 9394/96. Seus objetivos era o de formação continuada de professores e a democratização do acesso ao ensino superior. Obrigatoriedade de programas de capacitação pelos Municípios, estado e união dos professores em exercício. A lei aumentou os pedidos de credenciamentos da EAD no MEC.
Desde da criação em 1996 da SEED foi vista como suprir demanda de estudantes excluídos do sistema regular. Seu objetivo era a incorporação, difusão das TICs e da EAD aos métodos didático-pedagógicos das escolas públicas, beneficiando alunos e professores no uso das novas tecnologias. Também incentiva criação de cursos superiores à distância, para isso deu suporte financeiro, possibilitando a abertura de cursos e oferta de vagas. As instituições públicas deveriam formar consórcios para solicitar recursos. Esta organização foi ponto de partida para a criação da Universidade Virtual Pública do Brasil (UniRede) com o objetivo de democratizar o acesso a educação. Promoveu programas de capacitação de professores das instituições conveniadas para uso das NTIC e gestão da EAD. A SEED tem definido políticas públicas para a ampliação da EAD para cursos seqüenciais de graduação, especialização, de mestrado e de doutorado. Atualmente cerca de 120 IES oferecem cursos de EAD. Dentre elas instituições particulares, comunitárias, estaduais e federais. O MEC tem investido esforços para criação e consolidação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que contribuirá decisivamente do aumento de vagas no ensino superior e contribuir para construção de um processo de educação permanente.
Muito se tem debatido entre os diversos segmentos da sociedade desde 1974 para analise e debate de questões estratégicas em relação aos problemas da educação e desenvolvimento sustentável do país. O sistema da UAB foi instituído pelo decreto 5800, de 8/7/2006, com a finalidade de expandir, interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior, fomentar o desenvolvimento de EAD e pesquisa em metodologias apoiadas em TICs.
Projeto-piloto de UAB em parceria do Banco do Brasil e demais bancos estatais com dezoito universidades federais iniciaram processo seletivo. Paralelo houve convocação de instituições federais de ensino superior para apresentação de propostas de CS a distancia para adequação de pólos, preparação de tutores, produção de material didático, etc. Atingindo todas as unidades da federação.
Deve-se preocupar com a qualidade do ensino, com esta expansão da oferta. Tipos de instituições de EAD, as especializadas em EAD, as integradas e as que oferecem várias formas. No Brasil a tendência de criação de espaços alternativos de formação. A EAD exige tempo e organização de trabalhos específicos. A EAD tem enfrentamentos políticos e ideológicos.
A implantação da EAD por departamentos exclusivos em algumas universidades, levou a problemas de relação. Casos isolados como o da USP que integra vários departamentos tem parecido o melhor caminho. A Análise critica das políticas de implantação e das estratégias de gestão pode contribuir para a consolidação de um sistema que rompa com o preconceito de uma educação que foge aos padrões do ensino presencial. Preconceito que vem de achar que a EAD é uma forma de barateamento e facilidades de abranger grandes populações, sem cuidados com a qualidade.
Cabe ao MEC garantir fiscalização para vencer este preconceito e garantir qualidade, para que as características da EAD que é a superação das distâncias geográficas e temporal do aprendiz e o educador por meio de recursos de comunicação e interação.
Texto 7 - Do SDITE à RedeLET
Resumo
SANTOS, com o objetivo de discutir as redeLET como instrumento de integração nacional das instituições federais de educação tecnológica, atualização de professores, interconexão de banco de dados, intercâmbio acadêmico-científico e apoio aos países membros do MERCOSUL no que diz respeito a formação do trabalho. Problema de baixos recursos deixa o projeto parado.
• As diferentes possibilidades de interação:
Dados descritivos sobre o número de escolas, alunos, professores e diversidade de cursos; Banco de dados de natureza científicas e tecnológicas de bibliotecas, centros de pesquisa, publicações científicas e revistas especializadas; catálogo de pesquisadores promovendo o contato entre professores e pesquisadores; listas de discussão aberta a toda comunidade de ensino tecnológico, possibilitam a constante atualização nesta sociedade da informação, através da formação continuada e participação ativa no processo de socialização do conhecimento, facilitando o acesso a informação. Processo de interação visto como um processo de ensino-aprendizagem dinâmico.
Educação a distância via telemática nos permite vislumbrar uma nova faceta da informática educativa, mecanismo de formação individualizado, autônomo e adaptada a interesses e necessidades de cada um.
Nesse sentido, uma rede com este porte e dimensão favorece uma enorme gama de possibilidades de interação no processo de ensino-aprendizagem.
• A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Esse enfoque na distância como separação geográfica entre aquele que ensina e aquele que aprende, deve-se ao fato de nos últimos anos, devido ao avanço nos sistemas de comunicação, as distâncias entre os seres humanos em todo o mundo terem diminuído significativamente. Há não muito tempo, os meios de comunicação para grandes distâncias eram ainda bastante incipientes, processando-se quase que unicamente por correspondência, levando às vezes dias, meses ou mesmo anos, enquanto hoje nos comunicamos com qualquer parte do mundo em apenas minutos, quando não segundos, via telefone, internet, satélites e tantos outros meios de comunicação advindos do avanço tecnológico característico do nosso tempo, como aponta NISKIER (1999, p. 13). Dentre as características fundamentais do mundo contemporâneo, destacam-se o volume de informações e a hipervelocidade com que são veiculadas, acarretando transformações profundas em todos os níveis do conhecimento humano. É a era da comunicação por satélites, dos computadores, da hipermídia, da derrubada de fronteiras e limites de espaço e tempo entre as nações e os homens.
Os conhecimentos transmitidos, pelos primeiros viajantes, historiadores e descobridores, e depois por exploradores e antropólogos, poderiam talvez ser considerados como os primórdios de uma certa educação à distância, embora não contassem com qualquer sistematização voltada ao ensino propriamente, o que apenas viria a acontecer séculos mais tarde.
Embora não exista entre os autores das obras pesquisadas para dar sustentação teórica a este trabalho um consenso quanto à definição do termo educação à distância, nem tampouco quanto ao momento preciso de seu surgimento histórico, a maioria deles aponta o século XVIII como marco das primeiras elaborações de tal modalidade.
Sem pretender reconstruir a história detalhada da educação à distância, mas oferecer elementos para um referenciamento mais amplo do assunto, apresenta-se a seguir um panorama, a partir da literatura pesquisada, dos caminhos percorridos por essa modalidade ao longo do tempo, dividindo sua trajetória em duas etapas distintas: a primeira, mostrando os primórdios da educação a distância, os dados mais genéricos sobre o seu surgimento, e a segunda, discorrendo sobre os principais momentos de seu desenvolvimento histórico.
Em quase todas as obras pesquisadas neste estudo, a educação a distância no Brasil nem sequer é mencionada, e mesmo naquelas que de alguma maneira a ela se referem, fazem-no apenas a partir da sua implantação oficial no país, na década de 70.
Essa ausência de referências à educação a distância no Brasil causa espanto, uma vez que já há muito tempo os estudos por correspondência oferecidos pelo Instituto Monitor e pelo Instituto Universal Brasileiro são um fato. A falta de menção a essas instituições, nas obras que fundamentaram teoricamente este trabalho, deixa uma lacuna não só quanto à real dimensão do trabalho por elas realizado, enquanto pioneiras da área, mas principalmente quanto ao próprio surgimento da educação à distância no Brasil.
Nas poucas obras que se referem à educação à distância no Brasil, constata-se que as instituições acima referidas foram, sem dúvida, as pioneiras da modalidade à distância no país, de modo sistematizado, através do ensino por correspondência, embora os primeiros passos dos cursos a distância no Brasil tenham sido dados já na primeira década do século XX, mais exatamente em 1904, com a chegada ao Rio de Janeiro de uma instituição de origem norte-americana que oferecia cursos de idiomas por correspondência, mas sobre a qual nenhum dado foi encontrado na literatura aqui pesquisada.
É preciso também mencionar que no início dos anos 20, mais precisamente entre 1922 e 1925, houve no Brasil um importante trabalho educativo através do rádio: o trabalho de radiodifusão realizado por Roquette Pinto, como mostram CHERMANN e BONINI (2000, p.19):
No Brasil a EAD nasceu já no século XX. Para Saraiva (1966), a EAD tem início no Brasil entre 1922 e 1925, com Roquete Pinto e a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a partir da inserção de trechos da programação dedicados à radiofusão da cultura, com a finalidade de ampliar o acesso à Educação. Em seguida, temos algumas experiências feitas pela Marinha e pelo Exército brasileiros, pelo Instituto Rádio Monitor, criado em 1939, assim como pelo Instituto Universal Brasileiro, fundado em 1941. Estes últimos existem até hoje. A estes seguiram-se outras alternativas, como o Projeto Minerva, na década de 70, as tevês educativas, como a Fundação padre Anchieta, em São Paulo, e a Fundação Educacional Pe. Landel de Moura. Vale citar aqui o Telecurso 2º grau, o Telecurso 1º grau e o Telecurso 2000, iniciativas da Rede Globo de Televisão que contam com o apoio das tevês educativas e, finalmente, o IOB – Informações Objetivas, órgão voltado para a área de serviços. Podemos lembrar, também, o consórcio das universidades do Centro-Oeste, firmado recentemente, a Universidade Virtual de Brasília e a experiência feita pela Universidade de Santa Catarina.
Na escassa literatura sobre a educação a distância no Brasil, o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro são sempre reconhecidos como os pioneiros da área, mas muito raramente alguns autores citam ainda o trabalho de radiodifusão de Roquette Pinto como o primeiro ensaio da educação a distância no Brasil, sendo que, de qualquer maneira, o que se encontra são tão somente referências a tais trabalhos, sem nenhum detalhamento com relação às suas reais contribuições, trajetórias históricas ou realizações.
Essa clara falta de interesse dos estudiosos da educação à distância no Brasil para com a sua própria história, afinal, serviu aqui de estímulo a este trabalho, que pode ser de alguma relevância na área da nossa educação a distância, sobretudo no que se refere ao desafio de conhecer, compreender e analisar o surgimento da educação a distância no Brasil no contexto sócio-político do final da década de 30 e inicio da década de 40, objetivo específico deste trabalho.
• A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Como visto, embora a maioria dos autores consultados demonstre grande preocupação com o surgimento da educação a distância no mundo, ignoram quase que por completo a existência da educação a distância no Brasil no período anterior ao da sua implantação oficial na década de 70. Esse fato leva à indagação sobre os caminhos percorridos pela “nossa” educação à distância desde o seu surgimento até sua oficialização.
A literatura a esse respeito é quase inexistente, com exceção de duas obras que resultaram de pesquisas sobre o ensino por correspondência no Brasil, realizadas por instituições governamentais: a primeira, realizada pelo Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA) em conjunto com o Instituto de Planejamento (IPLAN) no início da década de 70, e organizada e publicada por Lúcia Radler dos Guaranys e Cláudio de Moura Castro, em 1979 (GUARANYZ e CASTRO, 1979), e a segunda, realizada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro em convênio com o Ministério da Educação e Cultura, concluída em 1977, e publicada em 1980 (MEC/UERJ, 1980).
Verifica-se que enquanto que a literatura a respeito da educação a distância implantada e regulamentada pelo governo na década de 70 é até bem razoável, a educação a distância praticada no país antes desta data, foi totalmente relegada a um segundo plano e, quando muito, é apenas mencionada por alguns poucos autores, com exceção das obras citadas no parágrafo anterior.
Essa falta de interesse dos estudiosos da educação a distância, quer sobre a educação a distância de um modo geral, quer sobre a educação a distância no Brasil de modo mais específico, sugere que só é possível compreender o surgimento e a trajetória histórica da nossa educação a distância, a partir da articulação de dois enfoques distintos: a educação a distância “oficial”, isto é, aquela implantada e regulamenta pelo governo na década de 70, e a educação a distância “não-oficial”, aquela que, sem nenhum vínculo com as esferas governamentais, tem sido praticada legalmente no país desde bem antes da oficialização.
• A educação a distância oficial no Brasil
• Implantação da educação a distância oficial no Brasil
Dentre os autores dessa literatura, Niskier (1999), já tinha dado a conhecer que a modalidade a distância no Brasil teve sua origem no Movimento de Educação de Base (MEB), na década de setenta, com o objetivo de alfabetizar adultos através do Rádio, tendo sido implantada com o Programa Nacional de Tele-educação (Prontel) na gestão de Jarbas Passarinho como Ministro da Educação, como atesta o próprio:
“[...] na orientação competente do Professor Niskier ministrava o MEC a educação a distância, os meios de comunicação de massa atingindo crescentes regiões distantes dos centros principais, envolvendo número considerável de pessoas, com a utilização da teledidática. Entre seus objetivos figurava a educação permanente de adultos, principalmente na alfabetização e na educação continuada, que tinha a seu cargo o vitorioso Projeto Minerva, de veiculação de cursos supletivos pelos milhares de radiopostos instalados e funcionando pelo território nacional; a Televisão Educativa, com seus projetos de caráter informativo, cultural e de instrução; a assistência a diversas Fundações Educativas dos Estados, bem como um projeto pioneiro da Fundação Educacional Padre Landell de Moura, que proporcionava ensino supletivo no Rio Grande do Sul, aplicando teledidática”. (PASSARINHO, apud NISKIER,1999, p. 10).
Alguns autores acreditam que o surgimento da educação a distância no Brasil na década de 70, representou, na verdade, uma alternativa encontrada pelo Governo Federal para tentar diminuir o analfabetismo no país, enquanto outros, acreditam que o governo foi levado a legalizar e regulamentar a educação a distância pelo fato de os meios de comunicação, já naquela época, mostrarem-se favoráveis a prática de ensino.
• Regulamentação da educação a distância oficial no Brasil
Embora se considere que a oficialização e a regulamentação da educação à distância no Brasil ocorreram com a Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, Artigo 26, não se pode deixar de observar que na verdade essa lei era específica para o ensino supletivo a distância diferentemente da lei de dezembro de 1996, como mostra Niskier (1999, p.16): “O sistema de ensino brasileiro obteve enorme flexibilidade com a promulgação da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, cuja regulamentação propicia a criação de novas modalidades de cursos, de modo a poder incorporar novos conteúdos, práticas pedagógicas e procedimentos de avaliação.” NISKIER (1.999, p. 79-81), mostra ainda que a Constituição brasileira, pelo Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, regulamentou o Art. 80 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as normas e regras da educação à distância no Brasil, conforme a seguir:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV da Constituição, e de acordo com o disposto no art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. DECRETA:
Art. 1º --- Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Parágrafo Único --- Os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horários e duração , sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente.”
Art. 2º --- Os cursos a distância que conferem certificado ou diploma de conclusão do ensino fundamental para jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional, e de graduação serão oferecidos por instituições públicas ou privadas especificamente credenciadas para esse fim, nos termos deste Decreto e conforme exigências a serem estabelecidas em ato próprio, expedido pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 1º --- a oferta de programas de mestrado e doutorado na modalidade a distância será objeto de regulamentação específica.
§ 2º --- O credenciamento de instituições do sistema federal de ensino, a autorização e o reconhecimento de programas a distância de educação profissional e de graduação de qualquer sistema de ensino deverão observar, além do que estabelece este Decreto, o que dispõe as normas contidas em legislação específica e as regulamentações a serem fixadas pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 3º --- A autorização, o reconhecimento de cursos e o credenciamento de instituições do sistema federal de ensino que oferecem cursos de educação profissional a distância deverão observar, além do que estabelece este Decreto, o que dispõem as normas contidas em legislação específica.
§ 4º --- O credenciamento das instituições e a autorização dos cursos serão limitados a cinco anos, podendo ser renovados após avaliação.
§ 5º --- A avaliação de que trata o parágrafo anterior obedecerá a procedimentos, critérios e indicadores de qualidade definidos em ato próprio, a ser expedido pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 6º --- A falta de atendimento aos padrões de qualidade e a ocorrência de irregularidade de qualquer ordem serão objeto de diligência, sindicância e, se for o caso, de processo administrativo que vise a apura-los, sustando-se, de imediato, a tramitação de pleitos de interesse a instituição, podendo ainda acarretar-lhe o descredenciamento.
Art. 3º --- A matrícula nos cursos a distância de ensino fundamental para jovens e adultos, ensino médio e educação profissional será feita independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
Parágrafo único --- A matrícula nos cursos de graduação e pós-graduação será efetivada mediante comprovação dos requisitos estabelecidos na legislação que regula esses níveis.
Art. 4º --- Os cursos a distância poderão aceitar transferência e aproveitar créditos obtidos pelos alunos em cursos presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas em cursos à distância poderão ser aceitas em cursos presenciais.
Art. 5º --- Os certificados e diplomas de cursos a distância autorizados pelos sistemas de ensino, expedidos por instituições credenciadas e registradas na forma da lei, terão validade nacional.
Art. 6º --- Os certificados e diplomas de cursos a distância emitidos por instituições estrangeiras, mesmo quando realizados em cooperação com instituições sediadas no Brasil, deverão ser revalidados para gerarem efeitos legais, de acordo com as normas vigentes para o ensino presencial.
Art. 7º --- A avaliação do rendimento do aluno para fins de promoção, certificação ou diplomação realizar-se-á no processo por meio de exames presenciais, de responsabilidade da instituição credenciada para ministrar o curso segundo procedimentos e critérios definidos no projeto autorizado.
Parágrafo único --- Os exames deverão avaliar competências descritas nas diretrizes curriculares nacionais, quando for o caso, bem como conteúdos e habilidades que cada curso se propõe a desenvolver.
Art. 8º --- Nos níveis fundamental para jovens e adultos, médio e educação profissional, os sistemas de ensino poderão credenciar instituições exclusivamente para a realização de exames finais, atendidas as normas gerais da educação nacional.
§ 1º --- Será exigência para credenciamento dessas instituições a construção e manutenção de banco de itens que será objeto de avaliação periódica.
§ 2º --- Os exames dos cursos de educação profissional devem contemplar conhecimentos práticos, avaliados em ambientes apropriados.
§ 3º --- Para exame dos conhecimentos práticos a que se refere o parágrafo anterior, as instituições credenciadas poderão estabelecer parcerias, convênios ou consórcios com instituições especializadas no preparo profissional, escolas técnicas, empresas e outras adequadamente aparelhadas.
Art. 9º --- O Poder Público divulgará periodicamente, a relação das instituições credenciadas, recredenciadas e os cursos ou programas autorizados.
Art. 10º --- As instituições de ensino que já oferecem cursos a distância deverão, no prazo de um ano de vigência deste Decreto, atender às exigências nele estabelecidas.
Art. 11º --- Fica delegada competência ao Ministro de Estado da Educação e do Desporto, em conformidade a estabelecido nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, para promover os atos de credenciamento de que trato o § 1º do Art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, das instituições vinculadas ao sistema federal de ensino e das instituições de educação profissional e de ensino superior dos demais sistemas.
Art. 12º --- Fica delegada competência às autoridades integrantes dos demais sistemas de ensino de que trata o Art. 80 da Lei 9.394, de 1996, para promover os atos de credenciamento de instituições localizadas no âmbito de suas respectivas atribuições, para oferta de cursos a distância dirigidos à educação de jovens e adultos e ensino médio.
Art. 13º --- Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de fevereiro de 1998; 177ª da Independência de 110ª da república.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, Paulo Renato de Souza. A cópia de “A Regulamentação da EAD no Brasil” atual, disponível no site do Ministério da Educação - Secretaria de Educação à Distância – disponível na internet em 10/07/2003, encontra-se no Anexo 02 deste trabalho.
Observa-se que a implantação oficial da educação a distância no Brasil é um fato bastante recente, especialmente se comparado à existência do ensino por correspondência existente no país desde a primeira metade do século XX. Talvez uma das razões pelas quais exista um espaço de mais de meio século entre o surgimento e a oficialização da educação a distância no Brasil, sejam as dificuldades de aceitação da mesma em nosso meio acadêmico, que por muito tempo julgou o ensino a distância uma forma “inferior” de prática pedagógica e, em conseqüência disso, acabou por rejeitá-lo.
Para Niskier (1999), um dos problemas mais sérios da educação a distância é a capacitação de professores para essa modalidade de educação, o que, segundo ele, não um problema só da educação a distância, mas da educação brasileira como um todo, embora isso não impeça que inúmeras instituições ofereçam diversos cursos através do ensino a distância.
Não se pode deixar de reconhecer que no atual mundo globalizado, maior conhecimento e capacitação para o trabalho são necessidades reais; que a educação há muito deixou de ser algo que ocorre apenas durante algumas etapas específicas da vida humana, tornando-se um processo de formação contínua; e que a educação a distância, se acessível a todas as classes sociais, poderá constituir-se num valioso instrumento no combate às desigualdades sociais. Porém, como no Brasil a busca do conhecimento sempre foi muito dispendiosa e por isso privilégio dos poucos que de alguma maneira podiam arcar com os gastos de uma escola tradicional, abdicando de um trabalho que lhes assegurasse o sustento, para muitos só restava o ensino das instituições públicas, que até o início dos anos sessenta garantia, até certo ponto, uma educação capaz de satisfazer as necessidades do povo, mas que nos últimos quarenta anos, especialmente as de ensino básico, tornaram-se totalmente deficientes. Restaram, então, as instituições privadas que passaram a ter melhor qualidade de ensino, mas que devido a seus altos custos também acabaram por beneficiar apenas uma pequena parcela da população. Assim, o acesso ao conhecimento e à capacitação profissional continuou sendo um privilégio dos já privilegiados economicamente, fazendo com que a proliferação de instituições de ensino básico e superior da rede privada, por mais críticas que possam merecer, tornou-se a única alternativa para aqueles que, mesmo com uma educação básica e nível socioeconômico precários, não desistem de tentar obter conhecimento e qualificação profissional. Mas, por ser esta uma alternativa também bastante inacessível a uma grande parcela da nossa população devido a seus altos custos, a educação a distância pode significar para muitos a única alternativa, o que provavelmente tem sido o motivo de a mesma vir ganhando cada dia mais adeptos.
Nessa perspectiva, pode-se pensar que, do ponto de vista econômico, a educação a distância pode ser a solução para muitas pessoas que jamais teriam condições de obter conhecimento e capacitação profissional pelas vias tradicionais e, por decorrência, obter uma melhor qualidade de vida. Se assim for, a educação a distância pode ser considerada extremamente positiva tanto para quem a adota porque precisa de um bom desempenho profissional e objetiva uma melhor qualidade de vida, quanto para quem precisa de profissionais qualificados, objetivando alcançar maior lucratividade. Se essa for realmente a sua função, também dos pontos de vista pedagógico e sociológico, a educação a distância pode significar um novo método de educação que poderá favorecer tanto o indivíduo quanto a sociedade, porque poderá contribuir para diminuir as diferenças sociais, já que possibilita às pessoas de classes sócio-econômicas menos privilegiadas o acesso ao conhecimento e à capacitação profissional, melhorando os salários, aumentando o poder aquisitivo e, conseqüentemente, possibilitando uma melhor qualidade de vida.
Talvez a idéia de que um curso a distância possa significar uma melhor qualidade vida, seja uma das razões para que hoje se depare com um verdadeiro boom da modalidade a distância, com uma infinidade de ofertas de cursos especialmente por internet, o que também deve ser visto com muita atenção. Pelo fato de ser tão jovem, a educação a distância oficial no Brasil conta, ainda hoje, com algumas pessoas que participaram ativamente de sua implantação e regulamentação pelo governo, na década de 70, e que até hoje continuam realizando trabalhos nessa mesma área. Algumas dessas pessoas, embora não atuem mais na área da educação a distância, têm seus nomes definitivamente vinculados à história da educação a distância no Brasil e, dada a importância de suas atuações na história da nossa educação a distância, decidiu-se, neste trabalho, conhecer as suas contribuições, através do que aqui foi denominado de “história viva da educação a distância no Brasil”, e que é mostrado a seguir.
• As instituições pioneiras
• O Instituto Monitor
Segundo Guarisi, o Instituto Monitor foi fundado em 1939, buscando atender a mão-de-obra especializada de técnicos em eletrônica demandada na época. Fundado por Nicolas Goldberger, ex-funcionário da RCA Victor de Buenos Aires (Argentina), o Instituto Rádio Técnico Monitor iniciou suas atividades oferecendo cursos por correspondência. Esses cursos tinham por objetivo preparar técnicos em instalação, consertos e montagem de receptores de rádio, aparelho eletrônico que acabara de ser introduzido no país. Como na época ainda não existiam, portanto, pessoas especializadas no manejo de tais aparelhos, os cursos oferecidos pelo Instituto Monitor visavam preparar pessoas que moravam tanto nos grandes centros urbanos quanto em localidades cujo acesso era bastante difícil, fornecendo-lhes a capacitação necessária para “mexer” com rádio.
Vivendo o Brasil, a partir do início da década de 30, aquilo que Bresser Pereira (1985) denominou de “Revolução Industrial Brasileira”, que nas palavras do próprio autor significou a transição do domínio do capital mercantil, latifundiário e especulativo para o capital industrial, o rádio constituiu-se no principal veículo de comunicação do país, necessitando, portanto, de indivíduos capacitados para operá-lo. Ainda segundo Bresser Pereira, a política protecionista do governo brasileiro para com a indústria nacional na década de 30, impulsionando o processo de industrialização em vários setores da indústria nacional, resultou no desenvolvimento do setor eletrônico em todo o território nacional, emergindo daí a urgência em preparar profissionais com conhecimento para montar e consertar receptores de rádio. Aproveitando sua experiência e conhecimento na área, o fundador do Instituto Monitor passou a oferecer cursos voltados à preparação de técnicos para atender tal demanda e, como o rádio não era privilégio apenas de quem morava nos grandes centros urbanos, e sim o aparelho eletrônico que chegava também aos mais longínquos cantos do território nacional, o ensino por correspondência poderia atender as necessidades do país como um todo. Inicialmente, o Instituto Monitor oferecia apenas cursos voltados a formar técnicos em eletrônica, passando a ofertar outros cursos, a partir da constatação de que poderia abarcar também outras demandas da sociedade naquele momento. Segundo Guarisi, um fato bastante peculiar fez com que o fundador da instituição pensasse em oferecer outros cursos além dos cursos de eletrônica: os primeiros cursos tinham por objetivo formar técnicos para atender exclusivamente a indústria eletrônica, mas como o Instituto Monitor recebia um grande número de alunos de regiões muito distantes, que vinham para São Paulo para receber instruções mais diretas e aqui chegavam acompanhados de suas mulheres, o Senhor Nicolas teve a idéia de oferecer cursos de interesse feminino, começando por corte e costura e caligrafia. Conforme a demanda, novos cursos foram sendo oferecidos, como datilografia e taquigrafia, dentre outros. Assim, o Instituto Monitor iniciou suas atividades em 1939 com o nome de Instituto Rádio Técnico Monitor – com Inscrição nº 100.379.260 na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Inscrição nº 60.943.974/0001-30 no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda e com Registro nº 5, Categoria COR, na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo - Departamento de Ensino Técnico. Instalado no mesmo bairro de Santa Efigênia, região central da cidade de São Paulo/SP, desde sua fundação, em 1942 mudou apenas da Rua Aurora para a Timbiras, onde permanece até hoje. O bairro de Santa Efigênia que à época da fundação do Instituto Monitor caracterizava-se pelo comércio de vestuário - roupas, chapéus, tecidos finos etc - é hoje conhecida como a “zona eletrônica” da cidade de São Paulo, devido a ser o local de maior concentração do comércio de produtos eletrônicos da Capital, o que para algumas pessoas deve-se à existência do Instituto Monitor.
Acompanhando as mudanças ocorridas na sociedade brasileira a partir da época de sua fundação, o Instituto Monitor foi criando novos cursos, buscando atender algumas demandas que surgiam em cada momento como, por exemplo, quando na década de 50 criou cursos voltados ao ensino de como “mexer” com aparelho de televisão – primeiro a tv preto e branco e depois a tv a cores. Era uma nova máquina que surgira e exigia pessoas com conhecimento para manejá-la. Assim como a televisão, outras inovações tecnológicas foram surgindo e novos cursos foram sendo oferecidos pelo Instituto. Segundo GUARANYS e CASTRO (1979, p.112-114), Por volta de 1970 o Instituto Monitor contava com 18 cursos profissionalizantes e um curso de suplência de 1º grau (antigo Curso Madureza Ginasial), com um total de aproximadamente 25.000 alunos espalhados por todo o país aos quais eram oferecidos os seguintes cursos:
Rádio Transistores, TV (Preto e Branco) e Eletrônica Geral com Multímetro Importado; Rádio Transistores, TV (Preto e Branco e a Cores) e Eletrônica Geral; TV a Cores e Eletrônica; Eletrotécnica; Eletricista de Automóvel; Eletricista Enrolador; Eletricista Instalador; Transistores e Semicondutores; Desenho Artístico-Publicitário; Desenho Arquitetônico; Desenho Mecânico; Português por Correspondência; Inglês Comercial; Português/Inglês; Caligrafia; Corte e Costura; Madureza Ginasial e (em preparação) Auxiliar de Escritório e Secretariado Prático. A maioria dos cursos tinha duração de 05 e 10 meses e alguns poucos 15 meses. Tendo passado por quatro proprietários-dirigentes distintos ao longo de mais de sessenta anos de existência e de atuação ininterrupta na área da educação a distância, o Instituto Monitor encontra-se desde 1985 nas mãos dos atuais proprietários-dirigentes. Sobrevivendo a todas as intempéries da sua própria história e enfrentando as transformações pelas quais passou a sociedade brasileira nas seis últimas décadas, o Instituto Monitor continuou oferecendo cursos a distância buscando atender as necessidades de cada momento. Desse modo, se em 1939 o país precisava de pessoas com conhecimento para montar e desmontar aparelhos de rádio, era isso que o Instituto Monitor oferecia; se na década de 50 o país precisava de pessoas com conhecimento para manejar aparelhos de televisão, era isso que o Instituto Monitor buscava oferecer; se hoje o país precisa de pessoas com conhecimento para montar e desmontar computadores, é a essa demanda que o Instituto Monitor visa a atender. Mas, enquanto em 1939, a comunicação entre o Instituto e o aluno era feita apenas por correspondência, hoje conta, também, com a internet, o vídeo etc.
De acordo com dados fornecidos por Guarisi, em depoimento em outubro de 2002, - até 2002, 20% do aluno do Instituto Monitor eram de São Paulo (Capital e Interior) e 80% de outros Estados; - a partir de 2002 - 70% eram de São Paulo (Capital e Interior) e 30% de outros Estados; - até há poucos anos os cursos eram feitos por correspondência e hoje 30% dos cursos são realizados por internet, 50% por telefone e 20% por correspondência; - o aluno conta com professores para tirar dúvidas e/ou orientá-lo a qualquer hora que precisar; - os contatos entre o aluno e o professor são feitos por carta, telefone, fax, internet ou diretamente; - os professores são especialmente treinados para atender e acompanhar os alunos; - os textos que vão para o aluno estudar são desenvolvidos pelos professores; - os professores são mensalistas e não horistas; - toda correspondência recebida é metodicamente separada, contada, classificada e encaminhada aos diversos setores da instituição; - todo controle de matrículas, pagamentos, remessa de lições e materiais didáticos, de catálogos informativos, registros de notas e consultas técnicas com os professores, é feito pelo Centro de Processamento de Dados.
De acordo com dados fornecidos por Guarisi, em e-mail de Janeiro de 2006, atualmente o Instituto Monitor oferece os seguintes cursos:
• Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental – 2º Segmento e Ensino Médio;
• Educação Profissional - Habilitações Profissionais de Nível Técnico;
• Cursos Técnicos em Eletrônica (com CREA); Informática, Secretariado (com DRT);
• Contabilidade, Transações Imobiliárias (com CRECI) e, com planos de curso em andamento, os cursos de Técnico em Gestão de Negócios e Técnico em Telecomunicações;
• Cursos Profissionalizantes Livres de Eletrônica, Eletricista Enrolador, Montagem e Reparação de Aparelhos Eletrônicos, Letrista e Cartazista, Silk-Screen, Caligrafia, Chaveiro, Desenho Artístico e Publicitário, Eletricista, Chocolate, Corte e Costura, Bijouteria, Licores, Bolos Doces e Festas, Sorvetes, Fotografia e Manequins e Modelos dentre outros;
• Cursos de Formação Profissional e e-learning.
• Oferece, ainda, Cursos Presenciais de Eletrônica, Afiação e Noções de Informática.
Os Cursos Supletivos à Distância de Ensino Fundamental e Ensino Médio e de Habilitação Profissional-Técnico em Secretariado; Técnico em Contabilidade; Técnico em Processamento de Dados; Técnico em Eletrônica e Técnico em Transações Imobiliárias, receberam, em 1995, autorização da 12ª Delegacia de Ensino da Capital, nos termos do Decreto 39.902, de –1/01/95 e Deliberação CEE 33/72 (publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 16/01/1997).
A Instituição conta atualmente com 24.937 alunos matriculados e oferece aos mesmos:
Plantão Educacional Presencial, Plantão Educacional Eletrônico, Sistema de Recuperação, Guia do Aluno, Revista Monitor, Carteira de Estudante, Diplomas e Certificados de Conclusão dos cursos e, dispõe, ainda, de estrutura para: adotar nos cursos técnicos módulos de aprendizado; criar e produzir materiais gráficos; formar professores; adotar o sistema de avaliação por competências; ser credenciado para exames de EJA; criar o Guia do Aluno; ter um site restrito ao aluno; manter convênios com o CIEE, o FUNDAP e o NUBE; manter convênios com empresas e instituições para grupos de estudo; oferecer cursos profissionalizantes de nível básico livres; desenvolver projetos experimentais e-learning livres; desenvolver wokshops para exames do CRC; instalar um ponto fixo em Curitiba/PR; participar da ABED; participar de feiras, congressos e demais eventos, e planejar diversos outros cursos que serão implantados em 2006.
Os dados fornecidos por Guarisi em depoimento, em outubro de 2002, sobre a trajetória do Instituto Monitor no período que especialmente interessa neste trabalho – final da década de 30 e início da década de 40 – são semelhantes aos dados encontrados na literatura, resumindo-se esta às duas obras já citadas neste trabalho: MEC/UERJ ( 1980 ) e Guaranyz e Castro (1979 ). Por serem estas as únicas obras que mostram alguma preocupação com o surgimento da educação a distância no Brasil, destacam-se as citações abaixo, as quais constam tal como aparecem nas referidas obras, respectivamente nos Anexos 04 e 05 deste trabalho.
Segundo a pesquisa MEC/UERJ (1980, p.111-112), O Instituto Rádio-Técnico Monitor S.A., foi fundado em 1939 por Nicolas Goldberger que permaneceu à frente da instituição até 1967. Trazendo experiência de outros países, com conhecimentos profundos de metodologia e didática adequados ao ensino à distância, sentiu que era a ocasião de implantar no Brasil um curso por correspondência, atingindo a população que dispersa e distante estava dos centros de ensino profissional existentes. Sua opção foi para um ramo da eletrônica – Rádio Técnico - Surge, então, o primeiro curso de rádio por correspondência com o objetivo de preparar profissionais para instalação, reparo e montagem de receptores de rádio.
Registrado na Prefeitura do município de São Paulo como contribuinte de Imposto sobre serviços de qualquer natureza, inscrição nº 1044478-5; na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo – isento – regime especial – do Imposto de Circulação de Mercadorias – inscrição nº 100.379.260; Cadastro Geral do Contribuinte do Ministério da Fazenda – inscrição nº 60.943.974/0001-30 e da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo – Departamento do Ensino Técnico – Registro nº 5, categoria COR. Partindo para uma expansão gradativa, o Instituto Monitor ampliou seu local de trabalho, e, em 1951, já ocupava uma área construída de 900 m2. Em 1954 adquiriu a Tipografia Aurora S/A que até hoje trabalha, exclusivamente, para o Instituto Monitor. Atualmente ocupa área superior a 2000 m2 no centro da cidade de São Paulo, mantendo 18 cursos profissionais na modalidade suprimento e um na modalidade suplência de 1º grau (antigo Madureza Ginasial). O Instituto Monitor hoje está enquadrado na Lei como Núcleo de Ensino Supletivo Livre por Correspondência. Público-Alvo Há um atendimento em média de 25.000 alunos espalhados por todo o território nacional.
Segundo GUARANYZ e CASTRO (1979, p. 18), O EPC iniciou-se no Brasil em 1939 com a fundação do Instituto Rádio- Técnico Monitor, que optou por um ramo da eletrônica, a Radiotécnica, tendo por objetivo preparar profissionais para instalação, reparo e montagem de receptores de rádio. Mais tarde, tendo novos cursos sido implantados, o Instituto mudou-se da sala que ocupava para um casarão de 8 cômodos e, em 1951, para um prédio de três andares. Em 1954, adquiriu uma gráfica e alugou um depósito. Esse estabelecimento parece ter-se expandido gradativamente, sendo hoje em tamanho, a segunda mais importante escola brasileira por correspondência. Edita uma revista mensal sobre Rádio e Televisão desde 1947 que é vendida nas bancas de jornal. Tem uma média anual de 25.000 alunos.
• O Instituto Universal Brasileiro
A década de 40 despontou no negro cenário Segunda Guerra Mundial, com sérias conseqüências para todas as nações do mundo. E é neste cenário que, em 1941, surgiu o Instituto Universal Brasileiro, segunda instituição a oferecer cursos por correspondência no Brasil, num momento em que o país acabara de atravessar um dos mais turbulentos períodos da sua história, vivendo, ainda, os duros anos da Ditadura Vargas, e tentando se ajustar às profundas transformações ocorridas em todos os setores da sociedade devidas a assim chamada ‘Revolução Industrial Brasileira’.
Mais uma vez, diante da falta de uma literatura que fornecesse dados a respeito do surgimento do Instituto Universal Brasileiro, bem como sobre a trajetória histórica desta instituição pioneira do ensino por correspondência no Brasil, decidiu-se buscar informações diretamente com aqueles que a vivenciaram. Assim, os dados que seguem foram compilados do depoimento concedido, em agosto de 2001, pelo atual Diretor-Presidente e proprietário do Instituto Universal Brasileiro, Luis Fernando Naso.
De acordo com Naso, o Instituto Universal Brasileiro foi fundado por um ex-sócioproprietário do Instituto Monitor e registrado em cartório no dia 14 de Outubro de 1941. Nos primeiros anos de atuação na área do ensino por correspondência no Brasil, o Instituto Universal Brasileiro oferecia cursos de datilografia, taquigrafia e estenografia, visando atender às demandas da época. Utilizando como meios de divulgação do seu produto não apenas a mídia escrita - jornais e revistas - mas também o rádio, veículo de comunicação que tinha uma abrangência muito maior, os cursos do Instituo Universal chegavam aos mais longínquos cantos do país.
Acompanhando as demandas do mercado de trabalho que vinham surgindo no país, o
Instituto Universal Brasileiro foi criando e ofertando novos cursos, como auxiliar de escritório, caixa, correspondente, secretariado, português e inglês, como anunciava a revista O Cruzeiro de 30/01/1943. Assim, em 1944 o Instituto Universal Brasileiro criou o curso de contabilidade, em 1945 o curso de corte e costura e, em 1949, os cursos de desenho artístico e mecânica, como anunciava a revista O Cruzeiro de 09/06/1949. Aos poucos foi oferecendo novos cursos e adquirindo modernos equipamentos para impressão de material didático. Ainda na década de 40 o Instituto Universal Brasileiro tornou-se uma das mais fortes instituições do ensino a distância no país, como conta Naso: “Lançou novos cursos, adquiriu os mais modernos equipamentos impressores para a produção de apostilas didáticas e impressos e utilizou um método próprio de linguagem didática, jornalística e educacional, tornando-se a mais importante instituição de ensino a distância do país a partir nos anos 40.”
No início da década de 50, aproveitando a chegada da televisão ao Brasil, o Instituto Universal Brasileiro lançou o curso “Aprenda Rádio e Televisão”, divulgando-o de maneira massiva num dos veículos de comunicação de maior expressão na época: a revista O Cruzeiro, que na época tinha uma tiragem semanal de 60.000 exemplares.
Ainda na década de 50, com o ensino por correspondência impulsionado pelas propagandas do Instituto Universal Brasileiro, algumas outras instituições surgiram tentando partilhar das vantagens deste mercado que parecia bastante promissor. Já na década de 40, tinham surgido no Brasil “A Voz da Profecia” em 1943, e o SENAC, em 1946, que ofereciam cursos por correspondência. Na década de 50 surgiram o IBAM e a Escola de Ensino Técnico Paulista por Correspondência, conforme informou NASO: “Ainda na década de 50 do século XX, uma outra instituição de Ensino a Distância começou a funcionar no país – a Escola de Ensino Técnico Paulista por Correspondência, fundada pelo Sr. José Naso. Essa escola oferecia cursos de relojoeiro, rádio-técnico e televisão, perfumista, desenho e costura.”
De acordo NASO, em 1962, enquanto no Brasil se vivia o turbulento início dos anos sessenta, a Inglaterra abria sua primeira instituição de ensino à distância - a Open University. O ensino à distância começou a ganhar força e, em 1967, foi divulgado em diversas partes do mundo que o então Primeiro Secretário do Partido Comunista Russo, Mikhail Gorbachev, formara-se em Economia Agrícola Científica num curso por correspondência, no Instituto Agrícola de Stavropov, na Rússia. Nesse mesmo ano foi criado no Brasil, o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL.
Em 1975, já com inúmeras instituições oferecendo cursos por correspondência no Brasil, localizadas em sua grande maioria em São Paulo e Rio de Janeiro, os irmãos Naso (Luis Fernando, José Carlos e Paulo Roberto) fundaram, na cidade de São Paulo/SP, as Escolas Associadas de Cursos Livres Ltda e, em 1982, quatro anos após o falecimento do fundador do Instituto Universal Brasileiro, os irmãos Naso tornaram-se seus proprietários. Assim, explica NASO, que em 1977 o Projeto ‘Ensino por Correspondência’, de iniciativa do Ministério da Educação e Cultura, desenvolvido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro sob a coordenação do Professor Arnaldo Niskier e consultoria do Professor Newton Sucupira, contou com as participações do Instituto Universal Brasileiro, Instituto Rádio Técnico Monitor, Escolas Associadas de Cursos Livres e outras instituições. Em 1979 faleceu o fundador do Instituto Universal Brasileiro.
Segundo GUARANYS e CASTRO (1979, p.105-109), Por volta de 1970 o Instituto Universal Brasileiro sediado em São Paulo/SP, com uma filial no Rio de Janeiro/RJ e outra em Brasília/DF, contava com 22 cursos profissionalizantes, além dos cursos Supletivos de 1º e 2º Graus, com um total de aproximadamente 150.000 alunos espalhados por todo o território nacional, aos quais eram oferecidos os cursos: Rádio Transistores-TV e TV a Cores; Eletricidade de Automóveis; Mecânica de Automóveis; Torneiro Mecânico; Mecânica Geral; Contabilidade Prática; Desenho Mecânico; Desenho Arquitetônico; Desenho Artístico e Publicitário; Física e Química; Matemática Moderna; Técnico Administração de Empresas; Auxiliar de Escritório e Caixa; Televisão Preto e Branco e a Cores; Corte e Costura; Eletricidade; Inglês; Bordado, Tricô e Crochê; Refrigeração e Ar Condicionado; Secretariado Moderno; Português e Desenho para Publicidade. A maioria dos cursos tinha duração de 03 e 04 meses.
Ainda de acordo com os autores acima (p. 107), Na década de 70 do século passado, o Instituto Universal Brasileiro mantinha um grande número de alunos que estudavam gratuitamente por comprovarem que não tinham condições de arcar com qualquer quantia para pagar seus estudos. Eram presidiários, deficientes físicos e enfermos em fase de recuperação, dentre outros. De 1941 (ano de sua fundação) até 1995, o Instituto Universal Brasileiro dedicou-se exclusivamente a oferecer cursos técnicos e profissionalizantes a distância para todo o território brasileiro, e no final de 1995 autorizado pelo Conselho de Educação do Estado de São Paulo (Parecer CEE- 11/95, Portaria publicada em 28/12/95), passou a oferecer também os cursos Supletivos de Ensino Fundamental e Ensino Médio a distância para pessoas maiores de 15 anos. Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394/96, de 20/12/96, o Instituto Universal Brasileiro foi legalmente reconhecido como instituição de ensino de 1º e 2º Graus a distância De acordo com Naso e, também com dados coletados na internet, já estudaram no Instituto Universal Brasileiro 3.600.000 pessoas, e a instituição conta atualmente com: sete Unidades de Atendimento aos alunos (locais onde os alunos podem tirar suas dúvidas diretamente com os professores e realizar as avaliações presenciais); duas Unidades Administrativas; uma na Capital e outra no interior do Estado, além de um parque gráfico localizado no interior do Estado (com área total de 30.000m2 e área construída de 6000 m2), onde é processada toda a impressão do material utilizado pelos seus alunos. A instituição conta ainda com um corpo docente especializado para atender aos alunos, salas de avaliações para provas presenciais, salas de vídeo, salas individuais e coletivas com professor, além de outros equipamentos didáticos empregados nos cursos; Departamento de Recebimento de Correspondência (DRC); Central de Processamento de Dados (CPD); Departamento de Atendimento ao Aluno (DAE); Departamento Didático (DD); Departamento de Conferência (DC) e Departamento de Expedição (DEX).
A sede do Instituto Universal Brasileiro está localizada na cidade de São Paulo/SP e os alunos contam com sete Unidades de Atendimento, sendo que cinco delas encontram-se na cidade de São Paulo/SP e duas no interior do Estado, assim distribuídas:
• Sede – localizada na região central da capital;
• Sub-sede 01-- Unidade Brooklim (Zona Sul da capital);
• Sub-sede 02-- Unidade Boituva (interior do Estado);
• Sub-sede 03-- Unidade Santo Amaro (Zona Sul da capital);
• Sub-sede 04-- Unidade Lapa (Zona Oeste da capital);
• Sub-sede 05-- Unidade Itaquera (Zona Leste da capital);
• Sub-sede 06-- Unidade São Mateus (Zona Leste da capital);
• Sub-sede 07-- Unidade Guarulhos (grande São Paulo).
Perfil do aluno do Instituto Universal Brasileiro:
• maioria oriunda das regiões Norte e Nordeste;
• renda mensal entre 02 e 06 salários mínimos
• desempregado, mão-de-obra não qualificada e sem profissão específica
• empregado que procura o curso para garantir o emprego ou para ascender na empresa e tem urgência na obtenção tanto do conhecimento quanto do certificado;
• desempregado que procura o curso porque necessita de escolaridade para candidatar- se a uma função e tem urgência na obtenção do conhecimento e do certificado porque acredita que com isso melhoram suas chances de conseguir uma boa colocação;
• procura cursos à distância para formação pessoal; por ser mais cômodo estudar sem obrigatoriedade de presença, horário, provas etc. ou porque não tem acesso a um ensino presencial;
São normas da instituição:
• cursos realizados por módulos; materiais enviados via correio; provas presenciais periódicas; locais de fácil acesso aos alunos; flexibilidade de dias e horários tanto para aulas de reforço quanto para as avaliações; plantões de dúvidas com professores gabaritados para atendimento individual ou em grupo; conclusões parciais das disciplinas curriculares e certificado (reconhecido) ao aluno que reunir as conclusões parciais de todas as disciplinas previstas na Base Nacional Comum da Lei 9394/96;
• as matrículas são feitas diretamente nas Unidades, pelo correio ou pela internet.;
• no ato da matrícula o aluno deve apresentar, além da documentação pessoal os comprovantes de escolaridade para que a mesma seja feita por disciplina ou série, de acordo com a análise do seu histórico escolar;
• o aluno que pretende ingressar na 5ª série do Ensino Fundamental passa por um Módulo Preparatório para verificar-se tem o conhecimento necessário para ingressar no curso (ler e interpretar textos e conhecimentos básicos de matemática);
• a instituição oferece material impresso auto-didático, material didático, sistema de aprendizagem específico, acompanhamento escolar com orientadores de aprendizagem por carta, telefone, internet e direto e sistema de avaliação presencial;
•
Atualmente o Instituto Universal Brasileiro utiliza além da correspondência, os mais modernos meios de comunicação (internet, vídeo, teleconferência etc.) e oferece além dos cursos Supletivos de Ensino Fundamental e Ensino Médio, um total de trinta e três cursos profissionalizantes: Agropecuária; Auxiliar de Administração de Empresas; Auxiliar de Contabilidade; Auxiliar de Escritório e Caixa; Beleza da Mulher; Bijouteria; Bordado e Crochê; Caligrafia; Corte e Costura; Datilografia e Digitação; Desenho Arquitetônico; Desenho Artístico e Publicitário; Desenho Mecânico; Eletricidade; Eletricidade de Automóveis; Eletrônica Digital; Eletrônica Rádio e TV 3 em 1; Espanhol Básico; Fotografia; Inglês; Jardinagem; Mecânica de Automóveis; Mecânica de Motos; Mecânica Diesel; Mecânica Geral; Mestre de Obras; Refrigeração e Ar Condicionado; Secretariado Moderno; Silk Screen; Técnicas de Vendas; Torneiro Mecânico; Tricô e Violão.
Tal como em relação ao Instituto Monitor, as únicas obras nas quais se encontram dados sobre o surgimento do Instituto Universal Brasileiro, foram as pesquisas já citadas anteriormente (MEC/UERJ, 1980, e Guaranyz e Castro, 1979), que complementaram os dados advindos do depoimento prestado por Luis Fernando Naso em Agosto de 2001 e os dados coletados na internet. Por serem as obras acima as únicas nas quais se encontrou dados sobre a história do Instituto Universal Brasileiro, faz-se constar as citações abaixo, respectivamente nos Anexos 06 e 07 deste trabalho.
Segundo a pesquisa MEC/UERJ (1980, p.105-107) O Instituto Universal Brasileiro Ltda., como entidade de ensino livre por correspondência, foi fundado em outubro de 1941, colocando-se entre os pioneiros desse sistema em nosso país.
Sediada em São Paulo – Capital, o Instituto Universal Brasileiro estendeu seu plano de ação através de todo o Território Nacional, e, ainda, de Portugal, Angola e Moçambique, conquistando uma clientela estimada em 15.000 (quinze mil) alunos.
Em 12 de janeiro de 1956, foi promulgada, pelo então governador do Estado de São Paulo, a Lei nº 3.344, que disciplinava o funcionamento de escolas de ensino livre no Estado. Essa Lei vinha regulamentar, também, os estabelecimentos de ensino por correspondência, enquadrando-os na
categoria de Núcleos de Ensino Profissional Livre”. Todas as providências foram tomadas para que a entidade se amoldasse aos termos da Lei em vigor e seu regulamento baixado pelo Decreto nº 26.570, de 12 de outubro de 1956.
O Instituto Universal foi registrado sob o nº 4, categoria “COR”, na Superintendência do Ensino Profissional, posteriormente transformada no Departamento de Ensino Técnico, na Rua Piratininga, nº 84, São Paulo. O enquadramento da entidade no sistema de ensino profissional veio implicar uma série de exigências que seriam atendidas rigorosamente:
• supervisão periódica das atividades pelos inspetores de ensino do Departamento de Ensino Técnico, fornecendo qualquer informação atinente ao trabalho educativo e permitidas as necessárias averiguações;
• apresentação anual de uma estatística completa das atividades, com o registro de todos os alunos que se matricularam no referido período;
• aprovação daquele órgão de todos os cursos a serem lançados pela Entidade;
• registro no departamento de Ensino de todos os professores, mediante exame de habilitação;
A instituição possui um grande parque gráfico onde são impressos todo o material de divulgação e as lições. Público-Alvo:
O EPC destina-se a alcançar uma clientela, a mais diversificada possível, uma vez que oferece cursos que requerem um mínimo de prérequisitos, incluindo vários outros cursos que podem ter egressos do 1º, 2º ou 3º Graus.
Segundo GUARANYZ e CASTRO (1979, p.18):
A maior é o Instituto Universal Brasileiro. Fundada em 1941, foi-se expandindo, contando agora com cerca de 120.000 alunos. Esta instituição praticamente duplicou o número de alunos de 1972 a 1976 (ver Tabela II 1). Possui prédio próprio, de três andares, gráfica, e uma agência de correio em sua sede para o envio da correspondência.
Assim como os dados sobre a trajetória histórica do Instituto Monitor, fornecidos pela sua Diretora-Vice Presidente, Elaine Guarisi, foram bastante coincidentes com os dados constantes na pesquisa MEC/UERJ (1980) e em Guaranyz e Castro (979), constatamos que os dados fornecidos pelo Diretor-Presidente do Instituto Universal Brasileiro, Luis Fernando Naso, sobre a trajetória histórica do mesmo, também são semelhantes aos dados encontrados nas referidas obras.
Ainda que o levantamento de dados tenha sido tarefa árdua, fragmentada e exaustiva, resultou nesse dimensionamento histórico dos primórdios da modalidade a distância, que foi de suma importância para os objetivos deste trabalho.
Texto 2 - O que é Mídia-Educação
Resumo
Belloni em seu texto procura por questões norteadoras para a sua análise, a seguir temos algumas dessas questões para a melhor compreensão de seus argumentos.
1. Da tecnologia à comunicação educacional.
Segundo a autora, a realidade vivida e a realidade virtual acabam, por serem percebidas como equivalentes. Assim, a tecnologia passa a ter um papel importante no conhecimento e convivência social, que poderá deixar de ser humana.
2. A sociedade digitalizada
O desenvolvimento acelerado das TIC, segundo Belloni, deve-se a miniaturização, a digitalização e a difusão das redes. A miniaturização levou a baixos preços e conseqüentemente a massificação das TIC. Com as digitalização aumentou a informação que esta sendo disseminada pelas redes, aumentando as possibilidades de comércio transformando a informação em nova moeda.
TICs são a fusão entre Informática, telecomunicações e as mídias eletrônicas.
As tecnologias devem ser vistas não como meras ferramentas de desenvolvimento técnico e sim com transformadores sociais.
3. Tecnologias e educação
Para Berlloni, sobreviver na sociedade e integra-se no mercado de trabalho, o indivíduo precisa adquirir habilidades de autogestão, resolução de problemas, adaptabilidade e flexibilidade, assumir responsabilidades, aprender por si e constantemente, trabalhar em grupo de modo cooperativo e pouco hierarquizado.
Os sistemas educacionais terão que atualizar currículos e métodos de ensino, enfatizar mais a aquisição de habilidades de aprendizagem e interdisciplinaridade, conseqüentemente diminuir conteúdos sem negligenciar a formação de espírito científico e manter a educação ao longo da vida. Sistema de ensino voltado tanto para o mercado de trabalho como para criação de novos processos de trabalho.
TICs como ferramenta pedagógica para formação de um indivíduo autônomo.
A integração das TICs na educação não deve ser vista com deslumbramento nem como apocalíptica. Não se deve pressionar o professor a utilizá-la a qualquer custo, como ela está no cotidiano e faz parte do universo dos jovens, sendo uma forte razão para o desenvolvimento de uma necessidade de integração TICs-educação.
4. Mediatização: da tecnologia à comunicação educacional
Definições apropriadas das mídias às educações estão diretamente relacionadas aos objetivos e características dos educandos.
Sua utilização com fins educativos exige mudanças radicais nos modos de compreender o ensino e a didática.
5. Novos professores, outros alunos.
Os professores podem ser os mesmos, mas os alunos não são. Abre-se campo de pesquisa a respeito dos “modos de aprendizagem mediatizadas”.
Avanço nas pesquisas sobre linguagens. Como incorporar novas imagens, telas, meios de informação a educação. Autodidaxia, alunos aprendendo autonomamente e professores sendo parceiros na construção do conhecimento.
Andragogia: conhecimento das especificidades de aprendizagem dos adultos. Uso da sociologia da infância e da adolescência, para que o aluno não tenha visão individualizada como receptor mais ou menos ativo.
6. Mídia-Educação, ética e estética.
• O papel da tv no processo de socialização.
Em geral os jovens aprendem algo pela tv. A TV tem papel importante na socialização das novas gerações. Fator de controle e reprodução social. O Objetivo é o consenso, difusão de valores e a normas consideradas comuns pela sociedade e divulgadas pela tv. Porem a tv tem uma forma unilateral, sendo o telespectador passivo. Ela não substitui a comunicação existente na relação da criança com outras pessoas que fazem parte do seu universo e que são fundamentais para criação de hábitos e comportamentos.
• Violência:
Mídias tv analisada pelo aspecto éticos (significados valorativos) e estéticos (composição técnica das narrativas). O fascínio dos jovens pelas imagens de violência. Ela é tema e linguagem (conteúdo e forma). Elas banalizam a violência tornando sua utilização normal e aceitável como forma de coibir o mal. Generalizam a violência como se ela estivesse o tempo todo a nossa porta, não importando nossa realidade e momento histórico.
Texto 3 - A RedeLET
Resumo
SANTOS em seu trabalho disserta sobre o Sistema de Disseminação de Informações Tecnológicas Emergentes (SDITE), que tem por objetivo captar, processar e disseminar informações científicas e tecnológicas pertinentes com relação à formação profissional de nível médio e manter um banco de dados permanentemente atualizado nas mais diversas áreas do conhecimento. Ele apresenta inicialmente o Sistema de Disseminação de Informações Tecnológicas Emergentes (SDITE), primeiro modelo a ser implantado e discutimos seu modo de funcionamento. Em seguida, apresenta o processo de evolução do SDITE à RedeLET e, igualmente, apresenta as características globais desta rede latino-americana em pleno processo de implantação.
Foi o embrião da atual Rede Latino-Americana de Comunicação de Dados para a Educação Tecnológica (redeLET).
Quanto à capacitação e à atualização científica e tecnológica do corpo docente destas instituições de ensino secundário profissionalizante, os avanços científicos e tecnológicos são mais acelerado, tentando romper a fronteira entre a teoria e a prática.
Cabe ao professor, enquanto responsável pela educação tecnológica, assegurar a capacitação do futuro técnico quanto aos principais objetivos atribuídos à formação técnica: desenvolver domínio e competência do saber técnico; resolver problemas de ordem técnica; desenvolver habilidades de concepção e de manutenção;. Favorecer o desenvolvimento de uma reflexão sobre sua formação técnica, seus objetivos e seu campo de ação e de uma estrutura conceptual de sua área de formação; preparar o aluno para enfrentar a evolução de sua área de formação com relação às modificações científicas e tecnológicas. A formação continuada do professor torna-se assim fundamental para cumprir esses objetivos.
Assim as dificuldades encontradas para essa formação levou a proposta de um mecanismo de formação a distância que não afetasse o cotidiano, desse autonomia e valorize-se o interesse do Professional. Optou-se para a formação assistida por computador e criação e divulgação de um banco de dados atualizado permanentemente de disseminação do conhecimento. (SDITE).
SDIT: banco de dados com um cadastro nacional de especialistas, cadastro de entidades e um cadastro de informações científicas e tecnológicas. Depois de captadas e processadas todas as informações de acordo com suas áreas seria divulgada a todos os profissionais através disquetes, de um jornal ou de um catálogo de informações.
Foi operacionalizado de modo experimental em 1988, envolvendo 140 especialistas, 40 instituições e mais de 600 informações tecnológicas coletadas e neste mesmo ano foi oficialmente apresentado a população alvo em Curitiba no CEFET PR.
Em 1990 por problemas de mudanças de dirigentes, o projeto ficou comprometido e foi pensada uma nova forma de operacionalizar criando uma rede de dados voltada para a comunicação de informações sobre a educação tecnológica no Brasil e em países Latino Americano.
A RedeLET tem como principais objetivos a integração em rede, a nível nacional, das instituições federais de educação tecnológica, a promoção da atualização dos professores destas instituições através de programas de formação, reciclagem, o intercâmbio e o apoio a países da América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Equador) na interconexão dos seus bancos de dados relativos à educação tecnológica e o fomento do intercâmbio entre os países da América do Sul no que diz respeito à formação para o trabalho.
Esse tipo de estratégia de formação através do interesse do professor, favorece em muito o seu desenvolvimento. Formação educativa inovadora, através da informática e da rede de informações.
Além de coletas informações o professor também poderia alimentar o sistema com suas informações. Essa é a idéia hoje do que chamamos Internet 2.0.
Assim, as aplicações da informática no campo educacional introduziram no plano social modificações de comportamento introduzidas pela utilização do computador no processo educativo, no plano pedagógico à necessária de adequação do computador aos objetivos da escola com instituição de comunicação de conhecimentos e no plano tecnológico modifica-se quanto a incorporação desta tecnologias no fazer pedagógico.
A utilização da RedeLET como mecanismo de formação continuada à distância de professores, instaura um processo interativo inédito. Dando acesso a informações atualizadas, permitindo integração entre professores e pesquisadores, diminuindo a distância entre a inovação tecnológica e a escola, favorece assim o crescimento do professor e de seus alunos.
Texto 4 - Como utilizar a Internet na educação.
Resumo
José Manuel Moran em seu trabalho procura tecer um relato e análise de experiências pessoais e institucionais que utilizam a Internet na educação presencial como pesquisa, apoio ao ensino e como comunicação. O autor avalia os avanços e problemas que estão acontecendo atualmente e mostra que a Internet é mais eficaz, quando está inserida em processos de ensino-aprendizagem e de comunicação que integram as dimensões pessoais, as comunitárias e as tecnológicas.
Texto 5 - Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo.
Resumo
MORAN, discutindo os fascínios pelas tecnologias desencadeados em nosso mundo moderno ressalta que as tecnologias de comunicação provocam profundas mudanças na sociedade. Contribuem para a expansão do capitalismo, fortalecendo o modelo urbano. Sua utilização busca o lucro, a expansão e internacionalização de tudo que tem valor econômico. Todas as vantagens tecnológicas visão exclusivamente a expansão capitalista na busca de novos mercados. A internet inicialmente só com objetivos militares, agora atende também a pesquisas e a um amplo segmento de negócios. Abriu-se uma enorme possibilidade de comunicação, boas e ruins. O re-encantamento da tecnologia esta na possibilidade de interação intensa entre o real e o virtual. Estamos numa fase de reorganização das dimensões da sociedade. Os valores são outros a economia é dinâmica, muda relação entre capital e trabalho.
• Mudanças que as tecnologias de comunicação favorecem:
Barateamento de comunicação, novas possibilidades de enviar e receber textos, mobilidade, personalização,, disponibilidade, desprendimento de espaço tempo, novos espaços de trabalho, cooperação a distância, novas possibilidades de atualização, acesso a informação.
Atualmente há uma necessidade de comunicação com multimídias (sons, imagens e textos).
O computador está se tornando um instrumento de trabalho, de comunicação e de lazer.
A realidade virtual exacerbará nossa relação de sentidos com a intuição.
O re-encantamento acontece apenas conosco que somos os únicos que podemos pensar, relacionar, sentir, intuir e surpreender. Temos que integrar nossos sentidos, emoções e razão. Devemos fazer um uso libertador dessas tecnologias e não um uso consumista, de fuga.
• Tecnologia na educação
As tecnologias não mudam necessariamente a relação pedagógica. Pode reforçar umas visões conservadoras, individualistas como uma visão progressista. As TI não substituem o professor, ele deve se transformar agora no estimulador da curiosidade, um problematizador, questionador, coordenador, contextualizador, ajudar a transformar informação em conhecimento. A tecnologia abre as paredes das escolas. As TI abrem um leque de possibilidades enormes que devem ser talhados de forma elaborada para contribuir com a construção do conhecimento. Não deixar a utilização na sua forma superficial, alienante ou autoritária. O re-encantamento, em grande parte, vai depender apenas de nós.
O que o autor pretende com este seu trabalho é apresentar os resultados de um estudo sobre as políticas públicas para o ensino superior à distância, tomando como ponto de partida a aprovação da Lei de Diretrizes da Educação Nacional (LDB) – Lei 9394/96, que desencadeou o processo de reconhecimento da educação à distância (EAD) no Brasil que, por sua vez, passou a exigir uma definição de políticas e estratégias para sua implementação e consolidação nas mais diversas Instituições de Ensino Superior (IES) do país.
Texto 6 - Ensino superior a distância no Brasil: Políticas públicas e estratégias de gestão
Resumo
Segundo COSTA, a Lei que reconhece oficialmente o ensino a distância é o da LDB – nº 9394/96. Seus objetivos era o de formação continuada de professores e a democratização do acesso ao ensino superior. Obrigatoriedade de programas de capacitação pelos Municípios, estado e união dos professores em exercício. A lei aumentou os pedidos de credenciamentos da EAD no MEC.
Desde da criação em 1996 da SEED foi vista como suprir demanda de estudantes excluídos do sistema regular. Seu objetivo era a incorporação, difusão das TICs e da EAD aos métodos didático-pedagógicos das escolas públicas, beneficiando alunos e professores no uso das novas tecnologias. Também incentiva criação de cursos superiores à distância, para isso deu suporte financeiro, possibilitando a abertura de cursos e oferta de vagas. As instituições públicas deveriam formar consórcios para solicitar recursos. Esta organização foi ponto de partida para a criação da Universidade Virtual Pública do Brasil (UniRede) com o objetivo de democratizar o acesso a educação. Promoveu programas de capacitação de professores das instituições conveniadas para uso das NTIC e gestão da EAD. A SEED tem definido políticas públicas para a ampliação da EAD para cursos seqüenciais de graduação, especialização, de mestrado e de doutorado. Atualmente cerca de 120 IES oferecem cursos de EAD. Dentre elas instituições particulares, comunitárias, estaduais e federais. O MEC tem investido esforços para criação e consolidação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que contribuirá decisivamente do aumento de vagas no ensino superior e contribuir para construção de um processo de educação permanente.
Muito se tem debatido entre os diversos segmentos da sociedade desde 1974 para analise e debate de questões estratégicas em relação aos problemas da educação e desenvolvimento sustentável do país. O sistema da UAB foi instituído pelo decreto 5800, de 8/7/2006, com a finalidade de expandir, interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior, fomentar o desenvolvimento de EAD e pesquisa em metodologias apoiadas em TICs.
Projeto-piloto de UAB em parceria do Banco do Brasil e demais bancos estatais com dezoito universidades federais iniciaram processo seletivo. Paralelo houve convocação de instituições federais de ensino superior para apresentação de propostas de CS a distancia para adequação de pólos, preparação de tutores, produção de material didático, etc. Atingindo todas as unidades da federação.
Deve-se preocupar com a qualidade do ensino, com esta expansão da oferta. Tipos de instituições de EAD, as especializadas em EAD, as integradas e as que oferecem várias formas. No Brasil a tendência de criação de espaços alternativos de formação. A EAD exige tempo e organização de trabalhos específicos. A EAD tem enfrentamentos políticos e ideológicos.
A implantação da EAD por departamentos exclusivos em algumas universidades, levou a problemas de relação. Casos isolados como o da USP que integra vários departamentos tem parecido o melhor caminho. A Análise critica das políticas de implantação e das estratégias de gestão pode contribuir para a consolidação de um sistema que rompa com o preconceito de uma educação que foge aos padrões do ensino presencial. Preconceito que vem de achar que a EAD é uma forma de barateamento e facilidades de abranger grandes populações, sem cuidados com a qualidade.
Cabe ao MEC garantir fiscalização para vencer este preconceito e garantir qualidade, para que as características da EAD que é a superação das distâncias geográficas e temporal do aprendiz e o educador por meio de recursos de comunicação e interação.
Texto 7 - Do SDITE à RedeLET
Resumo
SANTOS, com o objetivo de discutir as redeLET como instrumento de integração nacional das instituições federais de educação tecnológica, atualização de professores, interconexão de banco de dados, intercâmbio acadêmico-científico e apoio aos países membros do MERCOSUL no que diz respeito a formação do trabalho. Problema de baixos recursos deixa o projeto parado.
• As diferentes possibilidades de interação:
Dados descritivos sobre o número de escolas, alunos, professores e diversidade de cursos; Banco de dados de natureza científicas e tecnológicas de bibliotecas, centros de pesquisa, publicações científicas e revistas especializadas; catálogo de pesquisadores promovendo o contato entre professores e pesquisadores; listas de discussão aberta a toda comunidade de ensino tecnológico, possibilitam a constante atualização nesta sociedade da informação, através da formação continuada e participação ativa no processo de socialização do conhecimento, facilitando o acesso a informação. Processo de interação visto como um processo de ensino-aprendizagem dinâmico.
Educação a distância via telemática nos permite vislumbrar uma nova faceta da informática educativa, mecanismo de formação individualizado, autônomo e adaptada a interesses e necessidades de cada um.
Nesse sentido, uma rede com este porte e dimensão favorece uma enorme gama de possibilidades de interação no processo de ensino-aprendizagem.
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